A Culpa é das Estrelas - "A dor tem que ser sentida" - Crítica

A Culpa é das Estrelas – “... A dor tem quer sentida...”

Por André Luis Silva

O cinema é invadido de forma saudável pelas adaptações literárias para a sétima arte, personagens ilustres como Jason Bourne, James Bond, Jack Ryan, Harry Potter. A indústria cinematográfica tem recorrido para estas obras, romances como  Diário de Uma Paixão, Para Sempre, Um Dia vêm ocupando espaço, nos últimos anos sagas como Jogos Vorazes, A Saga Crepúsculo, Percy Jackson, este ano foi a vez do autor John Green com seu drama/romance A Culpa é das Estrelas.

Um drama incrível nas páginas, que emociona os leitores a cada  capitulo. O longa conta a história de Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley )uma garota de 16/17 anos que está se enfrentando um câncer e Augustos Waters (Ansel Elgort)  um garoto da mesma faixa de idade, que devido a um câncer que enfrentou teve que amputar a perna. Ambos se conhecem no grupo de apoio de uma igreja em Indiana. Com ambições e sem muita esperança (no caso de Hazel), os dois se tornam grandes amigos, sendo claro que passará disso. Um livro une ambos, um livro que se torna um intermediário do amor entre os jovens moribundos.

O filme supera as expectativas, que por fim surpreende por também ser considerado um tema difícil que é o câncer, a direção de Josh Boone é de fato impressionante com a ajuda da produção e da equipe de roteirista, por que deixou o filme bem a cara daqueles que se apaixonaram pelo melodrama de John Green (inclusive a mim), como se trata de uma obra infanto-juvenil  é de grande obrigação dessa equipe faze-lo algo jovem, e não cometer o erro que houve com Questão de Tempo, um romance e um drama seco, intrigante mas sem graça. É claro que a equipe que trabalhou em A Culpa é das Estrelas é incrível, direção ótima, produção razoável, um roteiro adaptado mas com uma cara original de John Green, as atuações são perfeitas e nomes que acabam se consagrando entre os jovens e aos amantes do cinema.

Os talentos de Woodley são notáveis em longas como Os Descendentes e Divergente, mostrando sem dúvida que em A Culpa é das Estrelas ela tira a personagem de letra recorrendo a seu belo desempenho como atriz. A presença de Willem Dafoe pode ter sido rápida, mas foi amarga e essencial. Em Carrie – A Estranha e em outras produções também notamos o talento do jovem talento Ansel Elgort que agradou o público com sua capacidade de mostrar um personagem que conquistou os leitores, seu charme e seu carisma foi de longe a atuação perfeita para interpretar o personagem Gus que contém as mesmas características. 

É obvio que produzir um filme inspirado em um livro 100% fiel é quase que impossível, porém o que sem dúvida agrada aos amantes desta literatura e desta linda produção é as mesmas falas, o mesmo texto que contém nas páginas do livro de John Green, e sem spoiler, acreditem é uma coisa quem sem dúvida agrada. Porém a cena em que Gus e Hazel estão no balanço é equivocada, sendo que o personagem jamais sentou nele. A cena em que Peter (Willem) da um papel para Hazel não acontece, porém, tudo se trata de encurtar a melhor história de romance/drama deste ano sem dúvida.

 A dor tem que ser sentida – Bem, os leitores da obra conhece bem esta frase, que sai do livro fictício favorito de Hazel “Uma Aflição Imperial” escrito por Peter (Dafoe). Para os mesmos que leu sabe que o livro contém uma narrativa dramática e até hipocondríaca, e acredite se chorou entre as páginas não será diferente com este filme. Está-se com medo ou não está a fim de chorar e por isso não verá o filme, bem, como diz a frase a dor precisa ser sentida. Para encerrar, obra e filme merecem aplausos de pé e são dignos de suas lágrimas. A Culpa é das Estrelas. Você lê ou assisti a obra duas vezes ou mais, e mesmo assim não se cansa daquilo, não se enjoa, por que a história conquista você, ela mexe com suas paixões, ela provoca suas emoções e ganha seu coração.

“Nada da para escolher se você vai ou não se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito minhas escolhas.” Augustus – A Culpa é das Estrelas.

Aceitem a de vocês.



Por André Luis S..

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