AIDS Liberdade para Todos

Por André L.


Ryan White

Infância e doença

Ryan White nasceu no Hospital St. Joseph Memorial em Kokomo, Indiana, filho de Jeanne Elaine (Hale) e Hubert Wayne White. Quando Ryan tinha seis dias, médicos diagnosticaram uma severa Hemofilia do tipo A, uma doença hereditária referente a desordens na coagulação do sangue, associada ao cromossomo X, que causa hemorragia severa mesmo em ferimentos pequenos. Para o tratamento, ele recebeu transfusões de Fator VIII, um produto sanguíneo criado do plasma de não hemofílicos, uma fonte comum e cada vez mais usada para o tratamento de hemofílicos na época.
Saudável durante a maior parte de sua infância, ele ficou extremamente doente, com pneumonia no final de 1984. Em 17 de dezembro de 1984, durante uma retirada parcial do pulmão, White foi diagnosticado com SIDA (ou AIDS, no Brasil). A comunidade científica pouco sabia sobre essa doença na época: cientistas apenas tinham percebido no início daquele ano que o HIV era a causa da doença. White tinha recebido um tratamento à base de Fator VIII contaminado com o HIV. Em função de o HIV ter sido identificado há pouquíssimo tempo como o causador da SIDA, muito do Fator VIII armazenado tinha sido contaminado em função de os médicos não saberem o que testar para a doença; logo, não sabiam o que estava infectado. Entre os hemofílicos tratados com fatores sanguíneos entre 1979 e 1984, aproximadamente 90% foram infectados com o vírus HIV. Na época do diagnóstico, sua contagem de Linfócito T auxiliar caiu para 25 (um indivíduo saudável sem o HIV tem uma contagem de aproximadamente 1.200). Os médicos predisseram que White teria apenas seis meses de vida.
Após o diagnóstico, White estava por demais doente para retornar à escola, mas na primavera começou a sentir-se melhor. Sua mãe pediu para que Ryan pudesse voltar à escola, mas os responsáveis pela escola disseram que não. Em 30 de junho de 1985, uma requisição forma para permitir a readmissão na escola foi negada pelo superintendente da Western School Corporation, James O. Smith, dando início a uma batalha legal que durou oito meses.

Batalha jurídica com a escola

Linha do tempo da batalha legal
Ano letivo de 1985–86
30 de junho de 1985O superintendente James O. Smith nega a White a admissão na escola.
26 de agostoPrimeiro dia de aula. White tem autorização para ouvir as aulas por telefone.
2 de outubroO diretor da escola mantém a decisão de proibir a presença de White na escola.
25 de novembroO Departamento de Educação do Estado de Indiana determina que White deve ser admitido.
17 de dezembroO conselho escola vota 7–0 para apelar da decisão.
6 de fevereiro de 1986O Departamento de Educação estadual determina novamente que White pode frequentar as aulas, após inspeção pelos médicos do Condado de Howard.
13 de fevereiroO médico do Condado de Howard avalia que White tem condições de frequentar a escola.
19 de fevereiroO juiz do Condado de Howard recusa o ajuizamento de uma injunção contra White.
21 de fevereiroWhite retorna à escola. Um outro juiz baixa uma ordem restritiva na tarde desse dia contra a presença de Ryan na escola.
2 de marçoOs oponentes de White reúnem-se no ginásio da escola para levantar fundos para manter White fora da escola.
9 de abrilO caso de White é apresentado à Justiça.
10 de abrilO juiz Jack R. O'Neill anula a ordem restritiva. Ryan retorna à escola.
18 de julhoO tribunal estadual recusa novas apelações.
A escola na qual White estudava, Western School Corporation in Russiaville, Indiana, enfrentou enorme pressão de muitos pais e do corpo docente para impedir a entrada de Ryan após a ampla divulgação do diagnóstico. 117 pais (de um total de 360) e 50 professores fizeram um abaixo-assinado encorajando as autoridades escolares a expulsarem White. Em função do grande medo e ignorância sobre a doença, o diretor e mais tarde o conselho escolar concordaram. A família White promoveu uma ação no sentido de revogar a proibição. Os Whites inicialmente promoveram a ação na Corte distrital da capital do estado, Indianápolis, que no entanto se recusou a apreciar o caso antes do esgotamento das vias administrativas.
As maneiras pelas quais o VIH se espalhou pelo mundo ainda não estavam totalmente compreendidas na década de 1980. Os cientistas sabiam que a doença se espalhava pelo sangue e que não era transmitida por eventuais contactos, mas ainda em 1983, a Associação Médica Americana acreditava que a doença pudesse se espalhar no contacto doméstico. Crianças com SIDA ainda eram poucas: no tempo da rejeição de White, os centros de controle de doenças atestavam a existência de apenas 148 casos pediátricos da doença nos Estados Unidos. Muitas famílias em Kokomo acreditavam que sua presença fosse um risco inaceitável. Quando White teve a permissão de ir à escola por um dia em fevereiro de 1986, 151 de 360 estudantes ficaram em casa. Ele também trabalhava como ardina português europeu ou entregador de jornais português brasileiro e muitas das pessoas na região na qual ele fazia as entregas cancelaram as assinaturas, acreditando que o vírus pudesse ser transmitido através do papel.
O comissário estadual de saúde de Indiana, Dr. Woodrow Myers, que teve grande experiência no tratamento de pacientes soropositivos em San Francisco, e o Centro de Controle de Doenças federal declararam que White não oferecia risco a outros estudantes, mas o conselho escolar e muitos pais ignoraram tais declarações. Em fevereiro de 1986, o New England Journal of Medicine publicou um estudo no qual 101 pessoas que haviam tido contacto estreito mas não sexual com pessoas doentes. O estudo concluiu que o risco de infecção era "mínimo a inexistente", mesmo quando o contacto incluía o compartilhamento de escovas de dentes, barbeadores, pentes e copos; dormir na mesma cama e abraços e beijos.
Quando White foi finalmente readmitido em abril, um grupo de famílias retirou suas crianças, colocando-as em outra escola. Ameaças de violência e de processos persistiram. De acordo com a mãe de White, as pessoas na rua gritavam "nós sabemos que você é gay" para Ryan. Os editores e colunistas do jornal Kokomo Tribune, que apoiaram White tanto editorialmente como financeiramente, também foram chamados de homossexuais e ameaçados de morte por suas ações.
White frequentou a Western Middle School na oitava série pelo ano letivo de 1986–87 inteiro, mas estava profundamente infeliz e tinha poucos amigos. Era-lhe pedido que comesse em utensílios descartáveis e que usasse banheiros separados. As ameaças continuaram. Quando uma bala trespassou a sala de estar da casa dos White, a família decidiu deixar a cidade de Kokomo. Após terminar o ano letivo, a família mudou-se para Cicero, Indiana, onde White matriculou-se na Hamilton Heights School Corporation. Em 31 de agosto de 1987, um "muito nervoso" White foi cumprimentado pelo diretor da escola, Tony Cook, pelo superintendente escolar Bob G. Carnal e muitos estudantes que, bem-educados sobre a natureza da doença, estavam sem qualquer medo de tocar na mão de White.


O fato da doença se torna conhecida, quando na pesquisa, e na descoberta do virus nos EUA, Cinco Homossexuais, tinham soro positivo. Ainda hoje a AIDS é desculpa, não motivo, desculpas para a discriminação e exclusão social. Em que mundo todos vivem? No Paraiso? Se aconteceu com Ryan White ou com Matthew Wayne Shepard (Que adquiriu após amolestamento sexual no Marrocos em 1995) pode acontecer comigo ou com qualquer um, seja gay, seja um homem perante a Deus. Como já disse. Quem é Deus? Se todos sabem a resposta, Porque insistem tomar as decisões que não são suas? Eu acredito que uma luta assim, pode se repetir em alguns lugares, o medo de perder um filho (a) afasta e te leva para longe. Se todos conhecem a história de Jesus.
Aquele que nunca pecou, atire a primeira pedra.

A todos Aqueles, que mantém um sonho, de um mundo sem estigma, sem preconceito. Sabemos que assim como pode haver uma cura, pode não haver também. Em relação, tanto a AIDS, ou outros casos com Crime de Ódio, é necessario, muita compaixão e força para continuar. É por isso que muitos hoje prefere esconder se é ou não soro positivo, a sociedade não esta, preparada, e se não aprender que se põe no Mundo, mas não se tira dele sua história. Então a sociedade nunca estará preparada, aquele que discrimina, será discriminado. Ás vezes é preciso vendar os olhos, para aprender a enxergar.


Em dedicação a família e todos aqueles que apoiaram os Whites nessa luta pela liberdade, assim como a carta da ONU.

'Todos tem direito a liberdade, independente de cor, sexo, orientação politica, religiosa, ou sexual, todos tem direito a liberdade, até mesmo os criminosos, tem direito a vida.

Na única foto, o símbolo da luta contra quem pratica a discriminação, usando como desculpa a AIDS (SIDA) ou HIV. Ryan White.

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