Como Eu Era Antes de Você é um filme baseado no best-seller
Me Before You, um romance emocionante e que não tem um título revelador, não
entregando toda a história de cara e que não promete algo que não condiz com a
trama, fazendo com que ganha um ponto quando essa raridade é levada em
consideração. No entanto, a história em si se desenvolve sem grandes surpresas
e com um enredo bem previsível, apesar a disso, o filme que conta com o roteiro
da própria autora do livro, Jojo Moyes, agrada.
Se fomos comparar Como Eu Era Antes de Você com outros
filmes do gênero, esse se destacaria por acabar sendo capaz de levar o público
às lágrimas em diversos momentos, sem melodramas desnecessários e que estraga a
trama. É como se você estivesse vendo uma junção de A Culpa é das Estrelas e
Diário de Uma Paixão. O filme também acerta nas locações e leva para lugares
que difere de outras histórias de romance, então nada de Londres ou Amsterdã,
nem mesmo nenhuma cidade da Dakota do Sul. O filme foi rodado no interior da
Inglaterra e contou com paisagens e cenários incríveis.
No filme, o depressivo Will faz planos para encerrar sua
vida, algo com o qual ninguém a sua volta concorda. Sua escolha é polemica e um
erro para algumas pessoas. Talvez isso tenha vindo pra se diferenciar de outros
filmes e se livrar de um clichê muito conhecido.
Famosa por Game of Thrones, a atriz Emilia Clarke teve uma
belíssima atuação, a forma como sua personagem se relaciona com a família e com
Will Traynor é intensa e doce, destoando da forma como lida com Patrick, seu
namorado idiota, que ao contrário da personagem de Emilia Clark nada acrescenta
a trama e torna-se um peso morto no filme.
Sam Claflin já é bem conhecido pelo papel de Finnick na saga
Jogos Vorazes e teve uma atuação ou um papel semelhante ao de Patrick, já que
ele não se destaca tanto, mesmo apresentando um homem depressivo e cínico após
dois anos numa cadeira de roda. O drama de Claflin é fraco e não vai nenhum
pouco além do que já era esperado, não convence o público. O que deixa o
espectador mais emocionado com o personagem Will Traynor é o fato de sua
história de amor estar fadada ao insucesso e não pelas limitações dele em si.
Thea Sharrock em sua estreia na direção, acabou abusando de estereótipos e deixou escapar algumas chances de explorar os interessantes contrastes do casal, o qual acaba caindo naquilo que chamamos de "clichê". Jovem rico x Garota Pobre, cara rude x menina meiga, homem intelectual x garota pop. Esse último aspecto é bem representado pela boa trilha sonora da produção, que tem Ed Sheeran com uma música bela.
O relacionamento dos dois é construtivo, mantendo o interesse do público na narrativa do começo ao fim. O rapaz, erudito, ao menos tem o papel de impulsionar Lou a sair de sua zona de conforto, enquanto ela traz a leveza necessária para a história. Independentemente do rumo do romance, uma coisa é obvia: Will é um jovem preso numa cadeira de rodas e é quem dá asas a Lou.
Para encerrar, vale mais a pena ver o filme pelas piadas e o "humor negro" do que ver Diário de Uma Paixão e A Culpa é das Estrelas num mesmo filme!
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