Game of Thrones

"Quero que meus leitores tenham medo de virar a página”, diz autor de Game Of Thrones

O assunto desta semana na internet é o episódio “The Rains of Castamere” de Game of Thrones, o qual trouxe o Casamento Vermelho: o violento banho de sangue que matou alguns dos favoritos da série, incluindo Robb e Catelyn Stark no castelo do Lorde Frey.
George R. R. Martin, o autor dos livros que deram origem à série da HBO, compareceu ao programa de entrevistas de Conan O’Brien nesta última quarta, dia 5, e falou sobre os motivos de criar desoladoras e inesperadas cenas como aquela.
“O episódio no último domingo fez as mentes das pessoas derreterem”, brincou o apresentador do programa, ao começar sua conversa com o autor dos livros de Game of Thrones. “Você faz com que nos importemos com os personagens, com que os amemos e pensemos que eles são o centro de tudo. E então, você os mata! Seu filho da mãe pervertido!”, o entrevistador fala, enquanto o próprio Martin ri.
“Eu realmente fiz isso, é verdade”, responde o escritor. George explica seus motivos: “Acho que você escreve aquilo que gosta de ler. Como um leitor ou como um telespectador de TV e de cinema, eu sempre gosto de coisas inesperadas. E eu sempre gosto que o suspense seja real”.
O autor cita que se esforça para sair do senso comum do que sempre se vê: o herói cercado de vários inimigos, mas que todos sabem que vai vencer no final, porque ele é o herói. Realmente, isso não acontece em Game of Thrones.
“Eu quero que meus leitores ou meus telespectadores tenham medo quando meus personagens estão em perigo. Quero que eles tenham medo de virar a próxima página porque aquele personagem pode não sobreviver”, Martin declara.
Fonte da imagem: Reprodução/HBO
No restante da entrevista, o escritor fala sobre a constrangedora situação de conhecer alguns atores e saber que, em algum momento da série, eles morrerão: “[No evento da première da terceira temporada em Los Angeles,] eu estava conversando com três atores [...] e teve uma hora que percebi que eles estavam todos mortos”. Martin fala que um deles sabia que seu personagem morreria, mas os outros não: “Eles saberiam, se lessem os livros!”, George brinca.
“Eu me senti bastante culpado”, fala o autor sobre outra conversa que teve com uma atriz que implorou para sua personagem não morrer — mas o seu destino não era outro. “Uma coisa é matar os personagens no papel, mas, quando você conhece os atores que os interpretam e você sabe que faz as pessoas perderem o emprego, isso traz alguns sentimentos de culpa”, disse, com bom humor.

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