Enquanto adultos são geralmente abordados por desconhecidos a caminho do trabalho, crianças e adolescentes são abordados e violentados, em ambientes familiar, e geralmente próximos.
Por André Luis
Ainda é comum, assistir a
televisão, ouvir o rádio, ler um jornal ou as noticias pela internet, e ver um
caso novo de abuso sexual, pedofilia e estupro, isso pelo menos ao mês, não
necessariamente que possa estar acontecendo com sua filha ou filho, e você nem
se quer sabe, você é inocente, e confiar é tudo, afinal, é um bom garoto, um
bom homem, um senhor de idade educado... Mas cuidado, maior parte das vítimas
de abuso sexual, tem dificuldades de denunciar agressor, geralmente próximos,
dentre os medo, a chantagem psicológica e até perigosa.
Numa matéria especial, publicada
no caderno Folhateen, da Folha de S. Paulo, na segunda-feira de 24 de Setembro
de 2012 a psicóloga Daniela Pedrosa, diretora do núcleo do Pérola Byington,
conta a Renata D'Elia, do Jornal "Muitas vezes, elas mantêm um temor
reverencial pelo agressor e por isso não relevam o que passa", ou seja, é
como que haja algo além da vergonha daquilo ter acontecido, e o outro sentimento
seria culpa indevida.
Geralmente, o agressor é um amigo
da família, o tio da vítima, o primo, e até casos, o próprio pai e padrasto da
vítima, isso faz com que pelo medo, a vítima tenha mudanças de comportamento,
as notas na escola caem, problemas com na vida amorosa e relacionamento com
outras pessoas, até o mesmo, buscar refúgio em usos de drogas; Pode até ser
outro assunto, mas podendo ser usado como alerta, o filme 'Confiar ' com Clive Owen,
conta a história de uma filha forte, com ensinamentos corretos, em outras
palavras, perfeita, sua filha mais nova fazia aniversário e ganhou um
computador, o filho mais velho ia para faculdade logo, a menina começou a usar
o computador para novos relacionamentos, onde conhece Charlie, atlético, que ao
decorrer do filme vai pedindo desculpas por ter mentindo a idade, de 17 a 26, e
no encontro, quase 40, envergonhada de contar aos pais, a própria garota marca
um encontro com Charlie, e acaba sendo molestada sexualmente, dentre os
sintomas, a depressão, a vergonha, a solidão, a rebeldia, o que ela diria aos
pais? Isso sempre se torna em um dos momentos que levara para sempre, e que
perseguirá as vitimas.
Geralmente, quando os abusos
ocorrem, e uma gravidez é diagnosticada, a maior parte das vítimas optam por
aborto, entregar para adoção, dificilmente resolvem ter o filho, a capacidade
cometer suicídio e de se sentir nojo de si mesmo, é uma das grandes tendências.
"Não conte para mamãe" Isso fica preso, na mente de uma criança,
alvos fáceis, joguinhos, bonecos famosos feitos Batman ou Coisa, carrinhos,
tênis bonito, totalmente inocentes, totalmente em silêncio e completo medo.
Afinal o que você faria? Repense em sua resposta, dizer que seria forte e
contaria, é só uma opção descartada em quase todas as vítimas, o medo? A
vergonha? Você não acha que te impediria?
Abusos contra garotos são mais
raros, mas seguem não impossível de estar acontecendo agora mesmo, enquanto
você lê este artigo, a mãe dele deve estar trabalhando, o pai também, a irmã na
escola, e ter ficado com vizinho, primo, ou por alguém contratado, eles sempre é
vítimas de pessoas próximas.
“Ele me imobiliza, fazia
chantagens e ameaças. Uma vez, gritei no meio da noite, mas minha mãe não
percebeu ou fingiu que não ouvi, mas tarde descobri que ela também sofreu o
mesmo no passado. Eu sou filho de um estupro ou abuso."
Antes fosse medo de escuro.
André Luis
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