Por André Luis e Felipe Butslof

André Luis - Aquela Garota

Click no Link abaixo.....

http://www.andreluisspace.blogspot.com.br/#!http://andreluisspace.blogspot.com/2012/10/aviso-importante.html


www.aseudia.blogspot.com 


Amigos, antes de estar colocando em linhas, em algum momento, Aquela Garota, eu gostaria de estar agradecendo a muitas e muitas pessoas. Em primeiro, essa história é em dedicação e memória à amiga e aliada Julie Renata Heckman, e ao meu amigo e também aliado Gustavvo Vieira. Queria também estar agradecendo aos meus amigos Valter Vásques, Andreia M. Vitor A. Aos meus irmãos, Alan, Fernando, Alex, Leandro, Alessandra, aos meus sobrinhos e sobrinhas. E ainda, mais, muito mais. Aos meus amigos, lembrando que antes de tomar essa decisão eu comentei com alguns amigos, e amigas, sobre essa possibilidade, eu acredito que não seria fácil tomar essa baita decisão sozinho, lembrando somente, que nem todos aqui citado foram consultados, mas eles são dignos de minha amizade. Obrigado Reginaldo José, Felipe Butslof, Táina Jacinto, Bruno Correa, Nínive Loriani, Bianca Silva, Cintia Ribeiro, Fabiula da Silva, Alexandre De Maio, Raquel Alvez, Dayane Esteves, Lucas Pereira, Rubenns HadskaviRayanne MagdaMilena ViegasJosué Alves,  Karine AlvesFernanda MouraVinícius MartinsIzakiel NunesFabio RubsonMarcio AbayomiTiago Lopez, Lucas, Sylvio Ayala. Priscila Esteves, Regis (Coletivo).

Jovens Alconscientes

https://www.facebook.com/groups/478315965532906/
http://jovensalconscientes.wordpress.com/


Comente essa história!!! Envie um e-mail para amordeumaguerra@gmail.com - andreluissolivera@live.com

Aquela Garota - André L.











Para toda a minha família e amigos.

Minhas razões da vida.





Agradecimento



Tenho uma divida de agradecimento, a todos aquele que compreenderam, o quanto essa obra era importante, se não fosse o apoio daqueles, essa obra não passaria de um rabisco num caderno preso dentro de uma gaveta. Agradeço aos meus amigos Valter, Andreia, a minha família, foi preciso paciência para ter um cara na frente de um computador durante horas. Com o apoio de todos que estiveram ali e que me davam incentivo para que as madrugadas valessem apena.



Prólogo


 Aquele sentimento era estranho, ele não pensava em ninguém, sua arrogância, era tão
grande quanto sua egocêntrica. Era engraçado, por que ele estava se importando com
alguém além dele. De alguma forma, de mais lenta possível, algo envolvia o
arrependimento, não era fácil, explicar ou entender. Ele buscava entender, ele tentava.
Ao mesmo tempo, ele fica surpreso. Por amar. Por ser ela. O impossível tinha um
sentido.


Não tinha mais.

Capitulo Um


 A juventude, uma parte da vida, uma das mais cheias de energia, onde começa as noitadas, a vontade da perda da virgindade, onde o primeiro sonho da infância começa. Deixar a escola. Acima de tudo, num jogo de futebol, ou num rebatimento do beisebol, numa luta, ou dar uma de chefão, nos faz pensar que seremos jovens e lindos para sempre, o desrespeito de hoje pode ser a educação que queira no futuro. Nas mentes juvenis, veem de primeiro. Forever Young, para sempre jovem, sexo, carro, moto, dinheiro, mulheres, mansões, violência. De segundo. Nada importa. Nem todos são assim, mas a maioria talvez, o tempo finge parar, mas ele nunca para, cedo ou tarde perceberemos isso, dentre gozações e filipetas, seremos velhos, teremos doenças, quem vai cuidar quando tiver sessenta anos, acompanha-lo ao médico, aos exames semanais. Ou dias ou horas antes de sua morte.  Renata Heckman – Janeiro – 2009
 São Paulo passava da meia noite, enquanto alguns estavam debaixo de um cobertor, com a cabeça sobre um travesseiro, descansando após um dia frustrante, de um caótico transito. Por tanto a capital paulista não precisava de um despertador, enquanto uns dormiam, outros mantinham a cidade atenta. Acordada. A – a
 Uns trabalhavam, boates, taxi, radialista, cientistas, técnicos, apresentadores, médicos, policiais, passavam a noite acordados, evitando que a cidade parasse. Outros se divertiam, baladas, boates. Para eles virar a noite era Divertir, para outros, vadiagem.Henrik Levon era um deles. Um garoto de família rica. Junto a ele, mais cincos amigos, sendo três garotas, uma companhia para cada. Todos tinham em mãos uma garrafa de whisky ou pelo menos um copo cheio.
 – Sabe, essa é uma noite linda, veja a lua... Dizia Henrik grogue
 Em fim, após certo tempo, o sexteto estava reunido, a rua estava movimentada, era quase o mesmo que assistir um filme erótico, dançarinas e prostitutas. Logo o Sedan prata foi alargado pelos jovens. O Sedan seria conduzido por Lino, e prometia um destino cheio de promessas de muita sacanagem. No GPS o destino.

NÃO SEI

 Logo o carro da partida, com seus seis passageiros, e o espirito de irresponsabilidade. Beto ficava catando sua namorada, Grazi. Nenhum ali estava sóbrio. As declarações vinha junto com o bafo de whisky, misturado com outras bebidas. Enquanto o motorista, não dava toda a sua atenção precisa na direção. Batia papo com a linda Larissa.
 – Hoje, é fim de semana, longe daquelas aulas chatas, estou perto da minha namorada, da minha mina. Disse também grogue, Lino.

Capitulo Dois


 Longe dali, num condomínio de luxo, a mãe de Henrik estava acordada. Ela sabia que era do feitinho do filho, mas já tinha chegado o outro dia, e ele não havia chegado. A aflição ficava maior a cada minuto que passava. Natalie tinha perto das mãos o telefone, discou o numero do celular do filho. Não levou uma eternidade.
 – Henrik, onde você está? Pergunta a mãe preocupada
 Do outro da linha, uma voz mole, quase sem estrutura algum, mostrava que o filho ou estaria bêbado ou dopado. 
 – Minha mãe, mãe? Eu já estou indo para casa. Disse o rapaz
 A mãe percebe o estado do filho pela voz, falava mole, de um jeito de como estaria bêbado, ela ficou sem sono, preocupada. Ao tentar falar com o filho, não consegue, pois ele já tinha desligado. Ela ligou para o pai de Henrik, que apesar de tarde da noite da atende:
 – Alô, Natalie, o que ouve? Pergunta o homem, caindo de sono.
 – Eu estou preocupada, ele ainda não chegou, e esta bêbado, eu estou com medo. Disse a mãe
 De retorno ao carro, sem resposta, Henrik, Ligia, Grazi, Beto, Larissa e Lino namoravam despreocupados, não estariam interessados em que pode acontecer, nada disso importava para seis jovens, todos no último ano do colegial.
 Henrik e Ligia começam ir além, um beijo safado aqui, um roubado ali, não ligavam que outros viam, eles como Beto e Grazi, resolveram fazer o mesmo. Lino continuou dirigindo e Larissa, fazia carinho com a boca, no pescoço, um beijo roubado, a famosa 'chupada'.
 Enquanto todos estavam despreocupados, Natalie e Richard, pai de Henrik, estavam reunidos na sala, esperavam respostas, estavam nervosos e preocupados, esperavam pela chegada do filho, já que no dia seguinte, teria aula. Natalie olhou para Richard, aflita.
 – Ele... Ele chega sempre antes da meia noite. Disse a mãe
 Richard estava sentado no sofá, não demorou muito para que se levante. No dia seguinte ele teria muito trabalho, e uma noite de sono perdida.
 – Eu lhe disse, para não mima-lo, você passou as mãos na cabeça dele, cobrindo tudo que ele fazia, e me criticando, dizendo que eu nunca fui um bom pai... Dizia quando interrompido
 –... Eu tentei dar educação ao meu filho, mas o seu jeito de tirar tudo dele, o tornou o assim, o jeito ignorante e radical! Disse Natalie
 O pai estava nervoso, Henrik era irresponsável, Richard estava cansado de passar noites acordadas e dormir no dia seguinte, em cima de uma pilha de papel.
 – Olha, ele sempre faz isso, eu vou para minha casa, e descansarei, não passarei a noite em clara por causa de rebeldia repetente. Disse o pai
 Richard foi embora, achava e estaria certo que o filho sempre faz isso aos finais de semana, sair com os amigos e chegar tarde a casa, o pai, tinha o pensamento que o que o filho fazia, era para chamar a atenção. Mãe tinha seu pensamento, que o filho se tornou assim, por assistir brigas constantes e pelo os pais se separarem, o que fazia Richard pensar que ela não aceitou o fim do matrimonio.
 Natalie, foi até a cozinha, caminhou em direção a pia, tomou um copo d'agua, tentava se acalmar, Richard voltou e caminhou em direção a Natalie, percebia o nervosismo da ex-esposa.
 – Me desculpa, é que...
 – Vá para casa e tente descansar. Interrompeu Natalie
 – Olha, eu tentei ser um bom pai... Dizia o homem
 – Tentou? Sério? Você não conseguiu certo? Desistiu do seu filho, ele precisa de um pai, seja um. Disse a mulher
 A ligação de Richard com o filho, nunca foi boa, sempre um tratamento de ignorância, certa vez quando pequeno, Henrik ouviu do pai enquanto ele estava bêbado. Você foi um acidente, que me restringiu de uma vida boemia. Henrik então buscava o amor de um pai, mas a única coisa que conseguia, era ouvir coisas feias, coisas que o fez desapegar do pai, e passar a querer vê-lo longe.
 Richard e Natalie ficaram ali, discutindo, como que se algo fosse acontecer, como se que Henrik estaria preocupado, foi tempo, quando ele ficava triste, mas não ligava mais.

Capitulo Três


 A galera de seis, estavam chegando a um destino, passaram por uma placa 'Não Entre', derrubaram o portão, e entraram. Num clube particular, ali ficaram por algum tempo, nadaram, e namorou, Lino passou além das contas, subia e mergulhavam, achavam que podia fazer tudo, quaisquer coisas, todos entraram na piscina, e se banharam, mesmo clandestinamente.
 Já passavam da uma da manhã, e ali eles ficaram debaixo d'agua por tempo, enquanto nadavam, Lino e Larissa se beijavam, Lino achava que podia ser a hora, quando Beto teria tido uma ideia.
 – Pessoal, vamos apostar uma corrida na piscina... Dizia o homem
 – É elas são as animadoras... Completou Henrik
 – Estão esperando o que? Perguntou Lino
 Todos foram para suas posições, enquanto as garotas, ficavam gritando e gritando, correndo o risco de chamar a atenção. E dão inicio, os três apostavam uma corrida, quem chegasse primeiro, não teria prêmio, era só mais uma brincadeira. A noite seria comprida, larga, e prometedora para os Três rapazes, e para as três garotas, mesmo com seus consumos, e suas ações irresponsáveis.
 Coisa de jovem, era para eles só mais um desafio ganho, pensavam que isso não podia parar, o céu era o limite, e eles ainda estavam na água.
 A noite passa, e a folia continua, sem responsabilidade, estava naquela piscina, o som dos gritos, eram auto, e a qualquer minuto podia chamar a atenção. Após o fim da corrida, Henrik e Beto se igualam na frente, Beto foi até Henrik a fim de definir.
– Estamos empatados, agora vamos decidi, só nos dois.
 – Mostrarei que ganho, eu sou bom. Disse Henrik
 Lígia foi fazendo charme, com um caminhar sexy até o namorado, seu andar eram lentos, seus passos chamavam a atenção, abraçou o namorado, Henrik, e disse:
 – Vamos, vence por mim. Disse a garota
 Lígia deu mais um beijo em Henrik, que ficou louco, muito louco, ela ainda fez pose, e após isso, se encostou toda no seu garoto, Grazi olhava atenciosamente e disse:
 – Lígia, larga de ser galinha.
 – Galinha é você! Retribuiu a garota do jovem Henrik
 – Pode deixar minha gata, irei vencer por você... Dizia Henrik
 –... Vai nada. Eu venço, mais um desafio, sem premio ou consequência para o perdedor, é chato. Disse Beto
 – O perdedor, terá que beber uma garrafa, lotada... (todos acharam pouco)... Calma aí, de uma vez só, sem tira-la da boca. Completou Lino
 – É, e mais, terá que andar, sem cair, dar uma volta na piscina. Idealizou o jovem Henrik
 – Então esta certo... E o vencedor? ... O que ganha? Pergunta Beto
 O jovem Levon foi até o seu sedã, debruçando sobre o vidro aberto, ele alcançou a chave do veiculo, pegando, levou até Lino, suas atenções voltaram para seu adversário. Era tudo ou nada. A confiança era alta, assim como a aposta.
 – Ficará com o meu carro? Disse aos meios de risos
 – Combinado! Disse Beto
 – Espera aí gente, eu preciso urinar... Quero ver essa disputa, pena que eu já perdi. Disse Lino
 Até então, nada e ninguém foi prejudicado, eram brincadeiras, e mesmo sendo arruaceira, não teria ferido ninguém.
 A mania de que achar que possa ser imortal, que possa fazer tudo, e que isso dure, para sempre, e que você não envelhece, que irás continuar o mesmo bonitão, a mesma gata, aquela gostosa de sempre, para sempre, já dito, não é bem Forever Young, É diferente. Na pratica é diferente, tudo tem seu preço.
 Natalie e Richard já tinham se acalmado, ele pegou o telefone e ligou para o filho. O telefone de Henrik toca. Nada dele atender. Somente depois de muita insistência, alguém atende, era Lígia.
 – Alô?... Senhor Richard?
 – Oi Lígia, posso falar com o Henrik? Tenta ser cauteloso o pai
 – Lamento senhor Richard, mas ele não pode falar, não agora, digamos que esteja ocupado. Disse Lígia
 – Sei, e onde vocês estão? Pergunta Richard
 – Em um lugar, que não conheço, quer dizer, não deu para ver, estava escuro. Explica Lígia
 – Vocês beberam? Pergunta Richard preocupado
 – Sim. Responde a jovem
 – E quem esta no volante? Pergunta o pai de Henrik
 – O Beto. Responde a garota
 – Ele não bebeu? Bebeu?
 – É... Não. Responde Lígia despertando certa desconfiança.
 – Sei, então diga ao Henrik, que passou do horário dele estar em casa, e que o quero aqui, em meia hora... Disse o pai
 Richard desligou o telefone, Natalie foi à busca de resposta, ele coloca o telefone sobre a mesa com cuidado.
 – E então?
 – Estão todos bêbados. Henrik saiu com o carro dele? Responde e pergunta Richard
 – Acho que sim. Responde Lígia
 Preocupados, ainda mais pela desconfiança de Richard, que percebia que todos estavam bêbados, mesmo assim, eles só podiam esperar e torcer que todos estejam em segurança.
 No clube, Beto e Henrik apostavam sua corrida na piscina, Lígia, Grazi e Larissa gritavam, Lino assistia, mas não torcia, segurava em suas mãos a chave do carro, e a garrafa, ainda fechada, outra aberta, era a que ele bebia enquanto não chegava o fim.
 Henrik e Beto estavam empatados, estavam ao menos de três metros do fim, e tinham a chance, Lino gritava vai, vai, Henrik toma a frente, e fica na liderança, ao chegar o fim, Henrik é declarado campeão, pegou a chave do carro, Lígia correu para seus braços. Beto recebeu a garrafa, sua namorada, Grazi tenta consola-lo, e ele a empurra, caindo dentro da piscina. Henrik foi até o amigo cobrando.
 – E agora, bora, beba... Disse o jovem
 Beto começa a bebe, todos assistiam e ficavam gritando, riam e até torciam, Beto não consegue beber tudo, e joga a garrafa na piscina, todos fizeram um sinal negativo e mais, zoaram com o rapaz. Em meios às vaias, a defesa.
 – Esta legal, ainda tem a volta pela piscina.
 – Espero que você não caía. Brincou Henrik
 – Qual é você só venceu por sorte. Recorreu Beto
 Antes de tentar caminhar, os gritos já tinha chamado à atenção, uma guarda andava, e percebeu a invasão, avisou a patrulha que estava perto dali, rapidamente, Henrik, Lígia, Larissa e Lino, entrou no carro, no banco de passageiro, Beto foi para o volante, e Grazi ao seu lado. Os passageiros forçavam e pressionava Beto, Henrik "Vai cara, vai", Lino "Até uma tartaruga é mais de pressa, de pressa meu irmão". Beto acelera o carro, cantando pneu. Ao sair do clube, avistam a viatura, Lígia sorri, Lino começa a joga as garrafas fora, e Beto atencioso.
 Davam fuga, e logo a fuga, foram noticiadas para outras unidades, viaturas que podiam estar patrulhando próximo dali. Beto vira o carro, e logo, todos sente o efeito da forçada virada, Lígia bateu a cabeça em Henrik, que bateu no vidro, estilhaços de vidros após a batida. Ao tentar pegar um atalho, Beto acaba perdendo o controle, e tenta retornar a liderança, sem frear, retorna ao asfalto, mas é surpreendido por um carro pouco maior, envolvendo-se em um grave e perigoso acidente, o carro saiu para fora de novo, e batendo em uma placa, o outro veiculo derrapou e parou, o carro, a policia logo chega.
 O carro acabou sendo cercado por viatura, bombeiro, e ambulância, grave e consequente, seria provável que o motorista, não teria chance de sobrevier, já que estava sem cinto, ao seu lado, Grazi, poderia ter sequelas, pois bateu a cabeça, quase ilesos, os que estariam atrás, mas todos estavam inconscientes.
...

Capitulo Quatro


 Após o acidente, os seis jovens foram urgentemente levados ao hospital mais próximo, que por sinal, era longe. Após uma noite de bebedeira, de falta de responsabilidade, a noite que prometia muita sacanagem, mentiu. Foi marcada por uma tragédia. Registrado, seis entradas no hospital municipal. O que podia acontecer? Um dos jovens estava na extrema urgência, seus ferimentos era fatal. E podia lhe causar a morte.

 No condomínio de luxo, Natalie e Richard ainda estavam juntos na sala, Richard foi até a cozinha, Natalie tentava controlar o seu nervosismo e sua preocupação, mas era Coração de mãe, assim que chegou na cozinha, em questão de segundos, o telefone toca, era o que deixava Natalie e Richard aflitos, esperava a algumas horas, o som do telefone.
 – Alô... ?
 Natalie esperava resposta, e ao mesmo tempo em que ela venho, o espanto, o medo, recebia uma péssima notícia.
 – Estamos indo para aí, obrigado. Completou a mulher
 Natalie ficou pálida, seus olhos foram tomados por um mar de lágrimas. Richard voltou, viu o estado da mulher, antes que ela desmaiasse ele foi correndo, até Natalie, aconselhou que ela sentasse. Meu Deus. Pensava.
 – O que foi que ouve? Alguma coisa? Richard pergunta desesperadamente
 A senhora Levon não se conformava com o que acabara de ouvir, não tinha palavras, não tinha chão, só lhe restava o pranto. Em meio aos soluços ele compartilha o assunto.
 – O Henrik e os amigos se envolveram em um acidente. Disse a Natalie
 Podia até parecer insensível, mas não. Richard não estava em choque, sabia que cedo ou tarde, alguém ia se machucar, e que podia ser, a qualquer minuto, em qualquer lugar.
 No ano passado, Henrik teria saído, ninguém sabia para onde ele teria ido, ou com quem, mas nenhum amigo daquela noite estaria com ele. O telefone celular dele na Caixa Postal, logo a policia foi acionada, e enquanto passeava com a mãe, no supermercado, Lino, viu o amigo, dormindo na rua. Rapidamente ele avisou os pais de Henrik. O jovem Levon teria bebido, e após cair na rua, roubado. Podia ser pior, ele poderia ter sido agredido, ou morto. Ao invés disso, sua carteira de documentos e pouco mais de R$500 teria sido levado. Ninguém imaginava que ele se tornaria assim. Uma criança que corria pela sala, com um sorriso maior que sua casa, um menino carinhoso, alegre, inteligente, Serei advogado. Dizia com uma maleta na mão. O tempo passa, as pessoas muda, e as coisas não são mais as mesmas que a infância de um garoto sapeca.
...
 Richard e Natalie estavam no hospital, ambos, e os pais dos outros envolvidos, lotavam a sala de espera. Ao avistaria um homem alto, forte, com um roupão branco, e uma camisa azul por baixo, que tinha nas mãos uma prancheta, se levantaram, e ficaram olhando para esse homem. O médico;
 – Os filhos dos senhores, se envolveram, em um acidente mais que grave, não sabemos o que, e muito menos o por que, mas foi muito grave. Disse o médico
 Todos queriam saber como seus filhos e filhas estavam, se correriam algum risco, ou ser viveria mais um dia.
 – O meu filho como está? Pergunta Richard
 – O seu filho não corre risco, encontramos os documentos de Larissa, Nilo, Henrik, Lídia, estão todos fora de risco, o quadro médico de Graziela é estável, mas pode melhorar. Disse o médico
 Havia um nome que o médico não teria informado, ele não podia esquecer, eles não podem esquecer. Ao perceber que não teve noticia, o senhor Sullivan, pai de Bato, foi para perto do médico. Queria saber.
 – Doutor, e o meu filho? Como ele está? Perguntou o pai ofegante e quase chorando
 O médico percebe o estado daquele pai. Mas ele ficaria pior se fosse enganado, sobre tudo, o médico não queria despejar tudo de uma vez.
 – Senhor Sullivan, o seu filho está em coma, o quadro dele é pior dentre todos, ainda não podemos fazer nada e falar nada. Disse o médico
 O desespero desse pai, e a preocupação, deste homem foram além do que se esperava, a sinceridade, muita pessoas, como este homem, lembrara-se de Deus e nele teria fé.
 Natalie foi até o doutor, que acompanhava o sofrimento do senhor Sullivan, e perguntou ao médico:
 – Podemos vê-lo doutor? Pergunta Natalie
 – Poder? Agora não, mas o seu filho não se machucou muito, e pode esta consciente, amanhã pode vê-lo. Disse o médico.
 Irresponsabilidade. Naquela noite, algo ruim acontece, o medo, o pânico, a dor, dominava a sala do hospital. Ela seria longa, e fria, para aqueles que ali esperavam uma boa noticia, triste para aquele notificado de que seu filho não sobreviveria.

Capitulo Cinco


 A madrugada teria sido fria, ainda mais dentro de um hospital, estar dentro de uma geladeira e estar ali, tinha apenas uma diferença. Não seremos comidos, nem bebidos. Nenhum cobertor, dormir em sua cama de luxo, com colchão box, era sem dúvida mais aconchegante que ali. Deitar sobre a grama também, mas você pode escolher o melhor, quando se tem escolha.
 O sol brilhava lá fora, havia amanhecido o dia, todos passaram a noite no hospital, acordados, ou deitado sobre um banco de couro. Sonharam. Teremos uma boa noticia. Seus sonhos podia ser reais, ou uma ilusão, quando, o médico se aproximava.
 Para a tristeza de alguns o médico não trazia noticia, foi somente informar algo, aos Levon.
 – Vocês podem vê-lo agora. Disse o médico
 O médico virou-se, e foi para perto do elevador. Era seguido pelos Levon, entraram no elevador. E torcia só para ir logo. Natalie olhava todos aqueles botões, seu destino estava nas mãos daquele cubico de tecnológico. Ela dependia dele, ou das escadas para ver o filho. Em questão de poucos segundos, Natalie, Richard e o doutor entraram num corredor, os passos do médico era lento, Natalie tinha pressa. Richard olhava para os outros quarto, era de dar arrepios, pessoas de todas as idades, que vivia por causa de um aparelho.
 Num dos últimos quartos, era o destino dos pais de Levon, o médico parou na porta, antes de autorizar a entrada, ele afirma.
 – Ele foi o que menos sofreu, dentre todos, só alguns arranhões. Irá necessitar do auxilio de uma muleta, e irá mancar, as pernas iram doer com frequência. É normal.
 – Obrigado doutor. Os pais disseram ao mesmo tempo.
 O médico autorizou a entrada, Natalie não via a hora. Henrik Levon estava deitado sobre um leito, todo reto, estava acordado, mas olhando para o outro lado, ele não viu a presença dos pais. Com um lençol jogado sobre o seu corpo. O tempo que Henrik não sabia da presença de seus pais durou pouco desde a entrada de sua mãe. Que foi perguntando de uma vez.
 – O que foi que ouve? Pergunta Natalie
 Aquela voz era familiar, Levon virou a cabeça, e estava certo.
 – Eu não sei, não me lembro. Justifica o jovem
 – Espero que não seja nada demais, mas com certeza, foi mais uma noite de muitas zoações, não? Disse o pai
 – Pai, por favor. Disse Henrik
 – Richard agora não... Disse Natalie
 Richard ficou nervoso, quando viu a ação de Natalie, não importava o que Henrik fazia, ele sempre seria um garoto mimado.
 – Está vendo, passa a mão na cabeça dele, sempre que comete alguma coisa, mesmo sem saber o que é. Disse o pai
 – É isso, não sabemos o que aconteceu ainda... Disse a senhora Levon
 – Você sempre me critica. Disse Henrik
 – Não acredito que seja simplesmente um acidente... Tenho minhas desconfianças.
 Após ser contentado, Richard deixa o quarto do hospital, a expressão em seu rosto era de indignação, mal saiu do quarto, foi só o tempo, de ir até um bebedouro, que era pouco distante Richard foi parado pelo médico.
 – Senhor, Richard?
 – Sim? Atendeu o pai
 – Pai de Bastian Henrik Vieira, não é? Pergunta o doutor
 Richard não sabia por que foi abordado pelo médico que trará de seu filho.
 – Sou eu sim, por quê? Pergunta o pai
 – O policial Kaio, esta aqui e gostaria de falar com o senhor. Disse o médico
 Richard viu um homem mais adiante, com a farda policial, ele estava certo que suas desconfianças, eram certas.
 – Obrigado, doutor. Agradece o homem
 Richard foi até o oficial da lei, o homem o encarava, mesmo quando conversava com uma outra pessoa, Kaio disse algo a enfermeira, que deixou o sozinho. Richard chegou bem perto, queria matar suas desconfianças;
 – Richard Levon Vieira, pai de Henrik Levon, quer falar comigo certo? Apresentou-se o homem
 – Sim, gostaria de falar sobre o ocorrido com o seu filho. Disse o oficial
 – Esteja a vontade. Disse Richard
 O oficial respirou fundo, e o silencio foi embora em seguida.
 – O seu filho, e os acompanhantes, invadiram um clube particular, fechado, um crime, depois de sermos notificados pela segurança, perseguimos o carro do seu filho, eles fugiram, outro crime, estavam todos bêbados, outro crime, senhor Levon. Disse o oficial
 Pein! Richard atirou no escuro, assim como podia estar certo, podia estar errado também, mas ele tinha uma boa mira, e uma lanterna biológica. Suas suspeitas foram confirmadas.
 – Isso foi o que aconteceu? Responde Richard
 – Sim, e... Esperamos que faça o que tem que fazer. Puni-lo. Disse o homem da lei
 Entre punição teria, cumprir em Regime Fechado, por três meses a um ano e meio, ou Responder em Regime aberto, e trabalhos sociais por satisfação, o que deveria ser notificado em uma carta. Após avisar ao juiz, que por sorte, era amigo de Richard, e desistiu de puni-lo, e fazer que o pai, desse o trabalho. Três crimes. Richard sabia, tinha a certeza. Agora o que ele podia fazer, era tirar Natalie de Cena, e punir o filho, ou enfrentar quase dois anos ou até mais numa cadeira ou clínica fechada. Era o de menos, que podia acontecer.

Capitulo Seis


 A noite cai, e todos ainda estava ali no hospital, o que aconteceu foi grave, e mesmo com uma boa equipe médica, não podia assim, jogar apenas uma chance. O senhor Sullivan estava aflito, com os nervos a flor da pele, pronto para explodir, como uma banana de dinamite, com o fogo, na pontinha. A presença do médico, ficava perto;
 – Senhores pais, pedirei para que sejam forte, o jovem Lino, e Lídia, e Bastian terão sua retirada do hospital amanhã, e enquanto o estado de Bernardo, o quadro piorou, e fizemos o possível, lamento senhor Sullivan, mas ele não resistiu. Disse o médico
O senhor Sullivan não aguentou, o desespero e a aflição, abriam caminho, para o mais sofrimento que possível, Bernardo Sullivan era filho único e começaria no ano seguinte, sua faculdade de Direito, mas o tempo não foi tão justo com ele, talvez por que ele foi justo também, e o tempo para ele veio mais cedo, sua vida foi curta, e enquanto a do seu velho continua, em um só desespero.
 A morte de Bernardo Sullivan, marca aquele terrivel noite, era só uma balada e umas bebidas, que mal tem? Seis, em um carro, cujo todos os motoristas, se afogavam no fundo de um copo de whisky, sem saber para onde ir, o que fazer. O que podia acontecer? Era o esperado, eles tiveram escolha, e por diversão, escolheu a que deixou Sullivan, naquela sala de espera, do hospital, aos prantos, ele perdeu o seu amado único filho. A quem dedicou 17 anos.

Capitulo Sete


 Até agora, este jogo de imortais falsos, terminou em fatalidades, em crimes sociais, e em uma morte. Um pai chorava, por que ficaria só, por que perdera a quem mais amava nesse mundo. Seu filho. Todos estavam tristes pelo o que acabará de ser informado, mas é claro, Bernardo Sullivan era um jovem simpático e educado, mas tinha um certo problema, não sabia agir, não sabia dizer não. Era simples se lembrar, no natal, quando ele tinha seus dez anos, por causa da chuva, a festa entre amigos tinha sido levado pela chuva, mas ninguém teria ficado triste, Bernardo começou a cantar uma canção, animando todos ali. Sullivan era amado por muitos, e não gostava de ver uma expressão triste consumindo um lugar. Quem iria divertir os velórios? Quem iria rir em seu velório?
 Natalie e Richard foram ver o filho, estaria feliz, mas o que souberam a pouco, não era uma bom noticia, e não dava espaço para um sorriso.
 – O que aconteceu?
 Não seria fácil dizer ou dar uma noticia daquelas, uma pessoa, cuja personalidade e lembranças são e serão especiais.
 – O Beto, ele faleceu ontem a noite, uma tristeza ao senhor Sullivan. Um homem bom. Respondi Natalie
 Como sempre, Richard não deu espaço para o filho explicar, dizer, nem uma gota de suspiro eram mais rápidos.
 – Foram longe demais, todos os seis estavam bêbados, e resolveram invadir um clube e depois fugir da polícia, você é mais velho que todos, eles ainda iriam fazer dezoito anos, onde você estava com a cabeça. Disse o pai
 – Ele quis dirigir. Disse Henrik
 – Talvez se fosse com você, saberia que nessas condição, não se ande em linha reta. Disse o pai
 – Se fosse comigo? E não foi? Foi com você? Questiona o jovem
 – Você não morreu, está vivo, não andara de cadeira de rodas, mesmo que por pouco tempo, andará mancando, como se tivesse apenas se machucado em uma partida de futebol. Disse o pai
 – É, vai ver tenho sorte, pensei que não tivesse, por ter um pai como você. Fez questão o jovem
 – Você saiu ileso, Esta falando o que? Disse o pai
 – Sentiria minha falta, se eu morresse? Por que tenho dúvida. Disse o jovem
 O quarto de hospital parecia mais um quilometro quadrado na Guerra no Iraque, ou um debate, de dois candidatos a eleição. Natalie ficava quieta, via aquela discursão, não era o momento certo, tudo tem seu tempo, mas a irá, odiava as horas. Ao ver que a situação saia do controle, Natalie assumiu o controle.
 – Parem, filho você vai para casa. Disse Natalie
 Revolta, Henrik teria revolta do pai, por ele sempre critica-lo e por tê-lo abandonado quando tinha oito anos, e voltado em três anos. Mesmo assim, o senhor Levon estaria certo, foram todos, mas nenhum se importou. Nenhum cumpriu o que deveriam. O dever de casa.
 Além disso, Henrik iria deixar o hospital, aquela noite ali, pareceu mais uma noite num deserto, sem água. Desde que acordou, o que ele mais queria era ir embora daquele lugar, hospital era algo que o deixava nervoso, e com medo.
...
 Todo arrumado, com uma calça jeans colada, uma camisa de manga curta, o cheiro do perfume, deixava a secretaria desatenta. Um deus grego. Para ela. Em algum minuto seria chamado, e teria um bate papo com o seu pai. Parecia mais que iria visitar a namorada. Ao olhar para o lado, ele percebe que estava sendo olhada pela secretaria. Ele saiu de onde estava, e foi até o balcão. Se escorou com todo o seu charme. A secretaria ficou toda acesa, sorria sem ao menos ter graça.
 – Olá.
Um simples ‘Olá’ deixou a moça feliz, para ela era como se o um príncipe tivesse chegado a ele e convidando-a para passear em seu cavalo, e depois conhecer o castelo.
 – Oi.
 Quando Henrik ia dizer algo, sem perceber seu pai abre a porta, viu o papo, até sua secretario não teria percebido sua presença, ele estava com uns papeis nas mãos, foi até a secretaria, e ainda no meio do caminho, jogou aquele príncipe de cima do cavalo.
 – Se eu fosse você, Márcia, não perdia seu tempo, esse príncipe não irá mostrar sua espada tão cedo. Márcia ficou sem graça ao ouvir a voz do patrão, não tanto quanto Henrik, ele jogou os papeis no balcão – Não perca seu tempo... Olhou para Henrik – Não é principe decadente?
 Henrik ficou sério, sem graça, Richard entrou na sua sala, e Henrik foi logo atrás. Sem a espada, e o cavalo.
 Richard foi para trás de sua mesa, onde tinha um envelope, ele deu uma olhada no envelope, em seguida deu para Henrik, ele não deu tempo para que o filho lesse o que tinha lá. Olhou para Henrik, e salvou seu precioso tempo.
 – Saiba que por ser maior, podia ir para cadeia, por ser responsável por todos eles. Mas eu recorri, e achei fazer melhor. Disse o pai
 – E o que é? Me expulsar? Questiona o garoto
 – Então sejamos justos, prefere ir para prisão e cumprir até um ano e não sei quantos?
 – Não! O jovem volta a trás – Diga aí. Responde o garoto
 Richard sentou-se na sua cadeira, não tinha pressa.
 – Como está em seu último ano, e olhei o seu anuário, e não tem nada, nem uma participação extracurricular. Por tanto, três meses de serviço social, limpar escolar, voluntario a... As aulas de reforço terá que se esforçar, é um trabalho de recuperação. Sugeriu o senhor Levon
 Você terá que se humilhar! É o que Henrik teria ouvido, e descrito.
 – O que? Manifestou-se indignado – Nem morto... Disse o garoto revoltado
 – Escuta. Ao menos tente, sei que foi um garotinho com tudo nas mãos, mas agora, rebaixe seu nível, não é sacrifício. Disse o pai
 – Farei isso, mas por que não tenho alternativa e não por satisfação. Disse o garoto
 – Isso é um castigo social, mas ainda terei que cortar o carro, andara a pé. Disse o pai
 – Como se humilhar não fosse o bastante. Disse o jovem rebelde
 Um castigo, e mesmo assim, parecia não ser o suficiente, Henrik, iria começar a fazer os trabalhos sociais, decidido. Um garoto para um carrão de frente da porta da escola, com roupas caras, perfumes cara, e com aparência de um pecado para as mulheres, cheio da grana. O príncipe perdera seu cavalo.

Capitulo Oito


 Já perto do condomínio onde morava, Henrik encontra com o pai de Ligia, esse ao vê-lo ficou insatisfeito, e de mal gosto. Com sua educação atrás da beleza, um boa tarde simples e magro. Que não foi correspondido. O pai de Ligia o culpava do que aconteceu.
 Punido e justo, sim, pessoas foram prejudicadas, morte aconteceu, e já dito. Foram faltas de cuidado. Apesar de tudo, Henrik era o mais velho dentre todos, por isso o tornaria mais responsável, e prejudica o jovem.
 O calor estava forte, e andar foi um sacrifício para Henrik, ao chegar em casa, seu destino foi cozinha, um pouco de água gelada ajudaria. Foi até a geladeira, pegou a água, outra coisa que batia era a fome, uma bandeja de bolo de chocolate foi retirada da geladeira. Ao fechar a geladeira, uma presença assustadora. Natalie. Henrik não sabia que a mãe estava ali. Como sempre curiosa.
 – Como é que foi? Pergunta a mãe
 – Chato, além de ele ser idiota, ele quer que eu faça serviço comunitário, na escola. Disse o jovem
 – É o mínimo que você pode fazer. Disse Natalie
 – O mínimo, isso é uma humilhação... Ele acha que eu sou o que?
 – O filho dele... E foi o melhor que ele pode fazer, reconsidere. Explica a mãe
 Desumano, Henrik seria um garoto criado por dinheiro, mimado, rico, cercado, ele tinha tudo que tinha, e simplesmente ajudar o próximo, seria considerado por esse jovem, uma humilhação, o que poderia ser pior? Mas foi assim que ele foi criado, como dito o pai, a culpa seria da mãe, que sempre apoiou o que o jovem fez.

Capitulo Nove


 A rua estava vazia, a noite estava linda, Lino também já teria deixado o hospital. Henrik iria visita-lo. A casa ficava uns minutos dali, andando a pé. Tinha praticamente ele somente na rua, já passava das vinte e uma hora. Muitos já teriam se recolhido.
 Ao chegar na casa do amigo, Henrik bate na porta, enquanto ninguém vinha, ele via Julie passar por ali. Julie Hanson, passava por ali, com uma pilha de livro nas mãos, ele ficou observando-a e nem para ir ajudar. Não levou muito tempo, e a senhora Carter abre a porta.
 – Boa Noite, senhora Carter, estou visitando o Leandro. Disse o jovem
 Ao ver que era Henrik, a senhora Carter queria logo fechar a porta, mas ela tinha um coração e o usava, mas não sedia muita coisa.
 – Que bom, mas não atrapalhe as coisas. Disse a mãe de Leandro
Só um cego e surdo perceberia que sua presença ali, não seria aceita, que a pessoa lhe abriu a porta, mas está afim mesmo é de sair te chutando.
 – Pode deixar. Disse o jovem
 Henrik entrou e é levado até o quarto do amigo, Lino, estava deitado assistindo a um filme chato que passava na teve a cabo, e ao perceber a entrada do amigo e de longe mesmo mostra um sorriso.
 – Fala cara!
 – E aí, soube o que aconteceu com o Beto? Disse Henrik
 – Foi triste cara, você vai se despedir dele amanhã? Pergunta Lino
 – Acho que sim. Disse Henrik
 – Bem, e aí como anda? Pergunta Lino
 – O meu pai quer que eu faça serviço comunitário. Disse o jovem em risos
 – O que? Aquela baboseira de caridade, cara que nojo, tenho muita dó de você, não queria estar na sua pele. Disse Lino
 – Achei melhor do que ficar na prisão, por meses, e o pior eu ainda não te contei.
 – Fala então. Pediu Lino
 – Ele me tirou o carro. Disse Henrik
 – Meu Deus, cara, eu não consigo andar muito a pé, muito menos agora. Disse o jovem
 Dizem que Pau que nasce torto morre torto. Seria só um papo furado, ou não? Os amigos não sentiram o efeito da pressão, as coisas poderiam ser mais graves, “Dê tempo ao tempo” era o que Richard teria ouvido, é o inicio de uma aula, onde o mestre é o tempo, e suas lições às consequências.

Capitulo Dez


 Não se pode ver o tempo, mas senti-lo talvez, com as mudanças que ele apresente durante o dia, quando você vê, já esta de noite. Mas já? Muitos perguntam. Na medida em que essas alterações acontecem, se aproxima o fim do ano, mesmo assim, haveria muita coisa para fazer.
 Henrik Levon estava no último ano, suas notas não era lá muito boa, e sua reputação na escola era de dar medo, um jovem arrogante, quase egocêntrico, preconceituoso, e metido. Depois do acidente, já estava preste para voltar para escola. Iria exigir muito esforço dele. O jovem ainda estava dormindo. O relógio tinha pressa, já estava perto das seis e meia, seria impossível chega à escola em meia hora, a pé. Já que ficou sem o carro.
 Os sonhos magnata de Henrik estava ameaçado, quando Natalie entra no quarto, ainda com o jovem dormindo, ela observou um quadro grande, quando Henrik ainda teria seus seis anos, com um boné e uniforme da marinha, com uma das mãos levantada e tocando no chapéu. Uma lágrima caia sobre o rosto de Natalie. Tudo era tão bom, ele era um menino doce e meigo, hoje todos querem vê-lo pelas costas. Antes de acordar Henrik, Natalie teve que se acordar daquelas lembranças, ela foi até a cama do filho. Chacoalhou.
 – Henrik, acorda esta na hora...
 Henrik virou-se de lado, até parecia um anjo. Parecia. Virou-se enquanto a mãe o chacoalhava, e ainda dormindo tentou despistar.
 – Só mais cinco minutos. Recorreu o jovem
 – Mais cinco minutos terá que sair correndo, e sabe que não tem essa vantagem agora. Explica a mãe
 Tentar pedir mais uma vez, seria como pedir para um Promotor Publico com o caso ganho. Desista! Ele se levantou, não daria muito tempo para aceitar seus luxos, em alguns minutos estaria pronto, claro, mais atraso que antes. Olhou para o relógio Missão Impossível é com Tom Cruise. Gracejou. Ele desceu as escadas, indo para a cozinha, parecia que ele teria ainda horas para chegar, estava calmo e confiante de que daria certo, ele tentava comer alguma coisa, e enquanto balbuciava um copo de suco busca uma carona.
 – Pode me levar até a escola? Pergunta o jovem
 Natalie sabia que ele iria pedir uma carona, sem dúvida. Ela esperava que ele descesse, comesse algo, e te pedisse, e sabia também que teria de repreendê-lo.
 – Filho, por favor, se esforce mais, o seu pa-i... Dizia a mãe
 – O meu pai me odeia. E irei tentar. Pela senhora, Responde o jovem.
 – Certo eu te levo até a porta, já que é caminho. Aceita a mãe
 – Obrigado, mãe. Agradece Bastian
 Para mãe, seria questão de tempo, e mesmo com os erros do filho, aquela punição, não seria justa, para ela, o mesmo para o jovem, mas assim como ele, ela teria que esforça, e dar motivação ao filho. Por que educação vem de casa, e o resto se aprende na rua com os outros. É assim que dizem.
 Por você! Deixa muita gente louca e perder o bom senso, ás pessoas manipula, e usa o amor que se sente por ela, para conseguir o que quer. Era como uma fã apaixonada por um músico, já falido, ele pede uma água e ela faz mágica. Um irresistível Por favor! Ou Só por você. Muita gente diria que seria falsidade, outros diriam Tática de Sobrevivência. Aproveitador.
 Natalie não sabia dizer Não! Ao filho, o amor que ela tinha por ele, era muito maior que sua inteligência e capacidade de pensar nas coisas. Assim como o filho, ela também foi mimada, achava ser o centro de tudo e de todos.

Capitulo Onze


 Faltavam poucos minutos para as sete, e mesmo de carro, Henrik chegaria atrasado por um ou cinco minutos, durante o tempo que estava no carro, conduzido por sua mãe, ele ficará calado, nem uma conversa, só se sentia o som da respiração comum de ambos, e o ronco daquela máquina.
 Pouco antes de estarem chegando na escola, Natalie via que se dependesse de Henrik uma palavra não seria solta e o silencio seria o único som dentro daquele carro. Calado ele entrou, calado ele ficou e calado sairia. Não se dependesse dela.
 – Vai se despedir do Beto, hoje? Pergunta a mãe
 Estava demorando. Pensou. Sem se virar, e ainda olhando pela janela.
 – Não sei. Responde amargamente
 – É lamentável que isso acontecesse. Disse a mãe
 – É, uns tem sorte outros, não podem contar com isso. Disse o jovem
 Ao ouvir aquelas palavras, e com o tom amargo, dava até para entender Estou um pouco me importando. Natalie ficou com ar de espanto, pensava que o filho tinha se tornado num monstro. E aquela criança que se importava com tudo e todos existiriam somente em lembranças.
 – Não fale assim, ele era o seu amigo. Explica Natalie
 – Mãe, aconteceu isso, eu ficar me lamentando a cada minuto que passa, não vai trazê-lo de volta, ou vai, e eu não sabia. Friamente responde
 – Desculpa. Chateada ficou Natalie
 Abismada, Natalie ficou chateada com a maneira que o filho a respondeu, mas nem deveria dizer nada, ela o apoiou algumas vezes, e fez descaso quando era com o pai ou alguém da família. Agora era com ela, e teria de ser muda.
 – Que bom. Responde o jovem
 Ignorante, muitos o chamariam, Henrik assim, certo? Mas não é só isso, um tremendo de um idiota, sínico e tantos outros nomes, relacionadas para um tipo de cara como esse. Não só ignorante, e estúpido, e mal caráter. Mas infelizmente o mundo é assim. Não existe compaixão, sem sofrimento.
 Ao chegar na escola, Henrik se despede da mãe, e a agradece, foi em direção a entrada, é barrado pelo diretor. Era o último a chegar.
 – Esta atrasado, senhor Bastian.
 – Eu lamento diretor. Considere. Disse o jovem
 – Entre, vai, antes que eu desista. Disse o diretor
 Henrik passou pelo diretor, o corredor era movimentados por pouco, as ordens ali era severa, os que havia ali, eram os estudiosos ou os nerds. No fim do corredor, a sala de aula de Henrik. Seus passos só não eram rápidos, por que suas pernas doíam, seu sono era grande. Talvez os cincos minutos pedido, não valeriam.
 Na sala, Henrik viu todos ainda de pé. A mesa do professor estava vazia, o que diria que ele nem tinha chegado ainda. Muitos ficaram olhando para Henrik, a noticia do acidente e da morte de Bernardo Sullivan era mais rápido que suas pernas. Como costume, ele sentava na última fila de cadeiras, contando desde a porta, no fundo. Leandro já estava lá, ele sentou-se ao lado do amigo, não tinha cara de estar feliz por estar ali. Um cara difícil de agradar. Ele colocou a bolsa ao seu lado, numa mesa vazia, pegou os materiais, e quando colocava os sobre a mesa, puxava assunto.
 – E aí? Complementam-se ambos
 – Eu vou melhor que o Beto. Disse Lino rindo
 Muitas pessoas já ouviram de pais, ou parentes, até de gente de fora, que com mortos não se brinca. Madrugada dos Mortos e aquela história de que o homem debaixo do solo, com uma foice, te puxaria por debaixo da cama. Já Leandro ouviria outra historia. Não tenha medo dos que estão mortos, tenha medo do que estão vivos.
 – Não brinque, com essas coisas. Opinou Henrik
 Mesmo com a falação dentro do recinto educacional, a conversa entre os dois amigos provocou um eco, uma garota ouviu a brincadeira de mal gosto, ela saiu de sua mesa, que ficava na frente, essa garota era a nerds e alvo de muitas gozações na escola, desde a quarta série. Ela foi até a mesa dos amigos, uma advertência de respeito.
 – Se eu fosse você, respeitaria a alma de seu amigo, Disse Julie
 – Nossa... Lá vê ela, por que se não ele vai aparecer de noite e puxar-me pelas pernas. Escarniou a jovem
 Os outros que ouvia a brincadeira riram, Julie olhou para todos eles, Henrik também ria, o sarcasmo era grande, e ela era visto como Minoria. Ficar calada, não era do tipo.
 – Talvez, mas só se você for muito burro, para acreditar nisso... A esquece, você já o bastante. Responde a garota
 Todos começaram rir de Lino, o jovem ficou sério, nervoso e sem graça, Julie saiu andando, voltando para sua mesa, Lino se levantou e antes de Julie se sentar, não ficou calado.
 – Sua intrometida.
 Percebendo o estado do amigo, Henrik ficou rindo, mas seria o advogado de Lino.
 – Calma cara, foi uma piada, ria, apesar que ela já é uma. Disse Henrik
 No momento da graça, e que todos riam ou comentavam, o professor entra na sala, percebe a falação e os risos, West era alto, e não aturava brincadeiras e más educações, firme, um dos professores mais temidos, para os outros o mais chato. Sério e cômico ficou.
 – Seria melhor seu eu soubesse a piada, assim poderia rir junto também, me contem.
 – Professor, Julie, Julie Henson. Responde Henrik
 Henrik caiu na ideia de West, e respondeu. Ainda sério, West percebe que o nome dito pelo aluno, era de uma das alunas, e desviou os olhos, que corria pela sala, a procura dessa aluna, viu que ela estava presente.
 – Senhor Levon, já temos problemas demais com você, não complica mais sua situação. Disse o professor
 Todos ficaram quietos, olharam para Henrik, é o que acontece quando o Palhaço perde a graça ou quando suas piadas se tornam ruins, quando o seu nariz vermelho falso, e sua peruca caiu, ele recorreu para o livro. Sem dúvida, escondendo a cara.
 O Jovem Henrik perde a graça, fica sério, e acabou recorrendo ao livro e a atenção ao que o mestre ali dizia.
 Julie Hanson, era de classe humilde, morava a uns quinze minutos dali. Uma das mentes da escola, sábia, inteligente, e filantropa, como não podia fazer muitas doações, ela ajudava as pessoas, como podia, pessoas que tem uma situação muito pior, muito mais baixa que a sua. Seus cabelos eram longos, batiam nos ombros, castanhos, seus olhos eram lindos. O fato de ser gozação era por ser muito apegada aos livros. Uma menina linda, com o sonho de atuar em Hollywood.

Capitulo Doze


 Chega o enterro, era as últimas despedidas para Bernardo Sullivan. Henrik ainda estava em sua casa, mais pronto, todo de preto. Se dependesse dele, ele não iria. Sua mãe estava ali por perto.
 O espelho refletia a beleza de Henrik, algo não se podia negar, aquele cabelo curto, preto, a estrutura de um garoto que não sai da academia. Seus olhos brilhavam e encantavam, não era atoa que Henrik era um cara muito desejado. Outra figura apareceu.
– Filho, esta é um péssimo momento para senhor Sullivan, por favor, tenha compaixão. Pede a mãe
 Após o ocorrido na manhã daquele dia, Natalie temia que o filho se demostrasse insensível no momento mais triste da vida de Sullivan.
 – Por mim, eu nem iria a esse lugar. Responde o jovem
 Nem um segundo a mais, nem um menos, no momento em que Henrik responde a mãe, um homem de terno surpreende com sua chegada, era Richard, que ouviu a resposta e não se agradou nenhum pouco.
 – Para esse não, mas boate, e bares, talvez?
 – É. Sabe-se por que pergunta. Responde Henrik
 – Por que você e ele estavam juntos, você o arrastou para esses lugares assim.  Disse o pai
 – Ele não foi obrigado, não o forçamos. Explica o jovem
 – Mas ele se sentiu sobre pressão. Como todos que tentam entrar nesse seu grupo de jovens populares. Disse o pai
 – A culpa não é minha, e se venho só para me dizer isso, novamente perdeu o seu precioso tempo. Responde o jovem
...
 Assim que saiu, Natalie olhou para Richard. Henrik teria ido para rua, sua saída foi tão rápida quanto à chegada de seu pai. Na rua, Henrik andava, o pai colocava a culpa no filho, e ficava dividido. A tarde estava linda, nem muito sol, nem muito frio. As folhas já cansada das árvores caiam. Estava só. Com as mãos no bolso da calça, fazia com que parecesse apertado demais, o vento refrescava sua mente, ele podia até ser ignorante, mas ninguém sabia o que se passava na mente daquele rapaz atordoado. O silêncio da tarde foi interrompido, quando alguém se aproximou. Ainda não se sabia quem.
 – A culpa não é sua. Disse essa pessoa
 Henrik se assustou com a voz, olhou para trás. Viu logo quem era, imaginava que seu dia podia ficar pior.
 – Me deixe em paz. Responde o jovem
 – Não por isso deixará de ir, ou vai? Pergunta a jovem Julie
 – Não é da sua conta. Disse o jovem
 – Tenha fé, e tente... Dizia a jovem
 Henrik parou. Olhou para Julie, a presença de seu pai sempre o deixava nervoso e irritado. Ele não media suas palavras e nem seus sentimentos.
 – É assim que você puxa assunto, forçando a outra pessoa? Se for, nem tente de novo. Disse o jovem
 Julie ficou calma, tranquila, ficou parada. Henrik focava muito bem seus olhos, que demostrava muita irritação, chegava a ficar vermelho. Ela compreendia. Ao cair em sí. Henrik virou-se e continuou a andar. Julie ficou parada.
 Mais tarde, ainda naquele mesmo dia, familiares, amigos, condolências para o senhor Sullivan, o último adeus para Bernardo. Perder o filho seria a maior de todas as tristezas para aquele velho coração, de um homem que passou dezoito anos dedicado ao filho, após o fatal câncer levar a mulher da sua vida.
 O rosto, os olhos caído, avermelhados, a pele seca, o silencio demostrava que aquele homem sofreu muito na vida. Estaria cansado, após uma semana longa, marcante e trágica, que ficaria marcada para sempre, na vida de Sullivan.
 Com as mãos uma sobre a outra, pouco abaixo do tórax. O terno preto, uma camisa branca, as flores cobriam seus braços, seus olhos que tanto demostraram confiança e compaixão, fechados. O lábio molhado, a pele lisa, sem nenhuma maquiagem, os cabelos lisos, como se tivesse afagado com muita força e carinho. Até parecia um anjo. Seria a última vez que Sullivan viria seu filho. Em terra, sem vida. Com todas as suas vaidades, que rapidamente seria manchada pelo barro molhado, após uma chuva forte. Enquanto todos te desejam só uma coisa. Simplesmente uma.

Descanse em Paz.

Capitulo Treze


Quando Bernardo Sullivan nasceu, seu pai, ficou muito feliz, e bobo. Era o dia mais feliz de sua vida, desde que tinha se casado, ao segurar o pequeno, dizia que jamais teria um amor tão grande, por alguém tão pequeno. Com muito carinho e delicadeza , com se tivesse segurando um pedaço de isopor trincado. A sua maior felicidade era passar a confiança de que ele estava ali, e sempre estaria.
 Seguir a vida não seria fácil para aquele homem que acabou sozinho, suas alegrias e lembranças, eram os primeiros passos para o pranto. Passou um dia, após o enterro de Beto, o outro dia estava apenas começando, Sullivan estava sentado no sofá, olhava algumas fotos de uns álbuns. Era só ele, as lembranças e o silencio. O último foi embora quando alguém batia na porta. Sullivan, levantou-se. Chegando na porta, ele a abre, ao ver a senhora Natalie Levon, uma surpresa.
 – Bom Dia, senhora Vieira. Complementa o senhor
 – Um lindo dia para o senhor também, senhor Sullivan. Disse Natalie
 Nas mãos de Natalie, uma cesta reforçada de palha, dentro dela, o que muitas crianças desejaria, frutas e doces, coberta somente por um plástico transparente, ela deu-a ao senhor Sullivan.
 – São para o senhor.
Ao pegar a cesta de presente, ele era um homem rápido, logo percebeu a sua falta de educação.
– Ah, obrigado, desculpe-me, entre. Retribuiu o homem
 – Obrigada.
 Natalie entrou, após estar lá dentro, Sullivan fechou a porta. Ele foi para a cozinha, com a companhia de Natalie. Ele colocou a cesta em cima da mesa, em seguida, foi até o bule de chá, e serviu Natalie. A senhor Levon teria ido até lá lamentar sobre o que tinha acontecido. Entre uma xícara de chá e outro, a conversa os envolvia.
 Não faltava muito tempo para Henrik chegar a carente escola, na qual ajudaria alunos que tinha mais problemas que ele, menos recursos também. A fisionomia do jovem se repetia como se fosse à única expressão facial que ele tinha. Como uma máscara. Insatisfação. Ao ver Julie e outros reunidos em um pátio, a fadiga, bem antes de começar. Ele virou-se, sem dúvida não queria estar ali. Pouco antes de sair. Uma voz o impede.
 – Não faria isso, se estivesse em suas condição.
 – Sou o homem que sabe de mais, já que vocês não param de me alertar. Disse o jovem
 – Talvez seja por que queremos o seu bem. Disse a professora
 – Não acredito. Responde o jovem
 Por mais que tentasse, não conseguiria. Henrik virou-se de volta, um sorriso sem vergonha. Mais adiante um garoto sentado, sozinho, o lápis era o seu único Passa-Tempo. A professora apontou para o mesmo, o jovem olhou. Aquele era seu ponto de abordagem.
 Passado alguns minutos, e a abordagem de Henrik era um fiasco, o garoto assim como ele, nem tentava se esforçar, ambos estavam ali, por que era uma opção única. Um pouco lá atrás, Julie observava o jovem, nele via o desmotivo. Ao mesmo tempo percebe onde o jovem não queria estar. Ali.
 Após um intervalo, todos voltam aos seus sujeitos. O relógio no canto da parede mostra que já estava chegando às doze horas, só mais uma hora, e todos podiam ir embora. Assim como um gráfico indeciso, subia e descia, estava o motiva mento de Henrik. Ele não tinha paciência de ensinar, sua testa estava semiúmida, o cansaço aumentava. A professora observavaComo o carro vai andar se esta pisando no freio. Ela gritou pelo nome de Henrik, assustado ele virou-se, com os olhos arregalados. Ela fez sinal, chamando-o. Com toda preguiça adquirida, ele levanta, e foi até a professora, que não estava muito longe.
 – Henrik, se esforce um pouco, o Paulo tem forte dificuldade de aprender, e os pais deles estão se separando. Disse a professora
 – Os meu se separaram também. Compartilhou o jovem
 – Então vocês não são muitos diferentes. Disse a professora
 A professora saiu, Henrik, não gostou muito, mas achou que isso poderia ajuda-lo, e ele não pensou duas vezes, sentou-se ao lado do garoto e disse:
 – Sabe, quando meus pais se separaram, eu fiquei muito triste, nervoso, e achei um jeito de provoca-los, ir mal na escola... Dizia o jovem
 – Lamento por você. Disse Paulo sem ligar muito
 – Não lamentaria se fosse você. Mas depois de um tempo percebi, que nada podia fazer, e eles separados, podiam me ajudar, 'quando estivesse jogando videogame um só iria brigar', meu pai me deu muito presente, parece ruim, mas você arranja o jeito de levar esta situação... Dizia o jovem Henrik
 A cada palavra do jovem Henrik, chamava a atenção do garoto Paulo, que aos poucos, foi percebendo que ir mal aos estudos não iria ajuda-lo e sim prejudica-lo no futuro e ali também. Mas a atenção de Paulo, não era a única.
 Preguiça ajuda. Se o homem não fosse tão preguiçoso, jamais inventariam a roda. Tentar e tentar, ele conseguiu se acertar para quem só perdia ou desistia empatar era uma glória, uma vitória. Abriria caminho para o sonho de ainda ser campeão.
 Henrik teria em fim, tentado com firmeza, chegou a sua esperada hora de ir embora. Estava distante de casa e sem carro para ir embora, levaria uma hora para chegar em casa. Uma caminha não mataria ninguém, mataria? A resposta para essa pergunta é... Um homem que morreria por andar meia hora de casa para a escola, por que andar uma hora não seria ‘sim, morreria’?
 Julie logo deixou a escola, enquanto ia até o carro, percebe que o jovem estaria a pé. Para ela, uma ajuda não mataria ninguém, para ele ser ajudado significa morte instantânea.
 – Não iria matar você, se tentasse.
 – Eu sei, tenho medo que possa estar errado. Sou jovem para morrer. Brincou o jovem
 – É mesmo, essa brincadeira são melhores do que as das escolas. Você não acha? Pergunta a jovem
 – Não, as das escolas são melhores, você não gosta? Brinca o jovem
 – Nem um pouco. Responde Julie
 – Que pena, o show não pode parar. Disse Henrik
 – Será difícil, mas entre no carro, te levo para casa. Disse Julie
 – Prefiro esperar o ônibus. Recusa Henrik
 – Faria o mesmo, se aqui passasse um. Explica Julie
 Henrik não aceitaria a carona, Julie deu meia volta, caminhando para o seu carro, ela girou-a chave, de repente o som do trovão, Henrik percebe que ia chover, Julie puxou o sinto de segurança, e uma sombra. Ela se surpreende.
 – Ainda esta de pé a ajuda?
 – Entra no carro. Responde a jovem
 Ainda quando garoto, Henrik corria pelos corredores da casa, até cair, um primo que depois para se ver era raro ofereceu a ajuda, e ficou indignado com a resposta. Esse mesmo primo disse Não é por que você aceitou a ajuda, que quer dizer que você entregou os pontos, mas é a única maneira de continuar. Ele entrou no carro com esse pensamento. E se dependesse dele, o silencio nunca seria morto.
 – Conseguiu, ninguém conseguiu ajudar o Paulo. Disse a jovem
 – Vai ver ninguém teve vontade, eu sou bom. Responde Henrik
 – Eu não cheguei a tentar. Explica Julie
 – Que pena, uma concorrente.
 – Bastian, não... Dizia Julie
 Ele a interrompe, como se ela tivesse algo forte. Mas só tinha dito o nome que ele não gostava. Parecia que ele ia matar Julie por causa disso.
 – Por favor, Henrik. Pede o jovem
 – Me desculpa. Henrik, não se trata de uma competição, pelo menos não para mim.
 – Mas é uma vitória se consegui? Pergunta Henrik
 – Uma grande vitória, onde o prêmio é a satisfação e a alegria, mas, não concorro, seria egoísmo meu. Disse Julie
 – Que bom para você. Vem cá, você não faz nada, só estuda, não trabalha? Pergunta Henrik
 – Não, vivo da pensão deixada pela minha mãe, que faleceu... Não é muito mais consigo. Responde Julie
 – Pessoas morrem todos os dia, é lei natural das coisas. Disse Henrik
 – Esta sendo por que quer? Ou só para dizer que é o durão, o homem de aço?
 – Não, mas sou assim. Responde Bastian
 – Bem, pode ser isso que afastou você de seu pai.
 Ele teria provocado a moça, e quando uma ferida se abriu em seu ego, ele não gostou. Aqui está bom. Disse de pressa, tão quanto o carro foi parado. Ele não se importava, estava a alguns minutos de casa. Para ele, quando água e óleo não se junta, para que continuar tentando?
 Recuar, um Me desculpa. Era o que ele esperava dela, pois morreria a espera, assim como um recém-chegado na fila de transplante de órgão, que só tem um mês de vida, esperaria por sua vez, mesmo morto. Mas aquele dia apresentou muitas surpresas, ela, e ele no mesmo carro. Algo raro na vida? Ou só mais um dia que a vida nos oferece?

 Capitulo Quatorze


 Chega ,aos uma segunda feira, ainda não parecia aquele sol forte e quente. Ainda estava um pouco frio e o brilho fraco do sol dava apenas Bom Dia para a cidade de São Paulo. Muitos já estariam em seus serviços ou estava chegando, outros despediam da lua, e diria OI ao sol. Existia algo de bom em acordar cedo. Da de cara com o nascer do sol. Ainda bem que Galileu estava certo, o sol era o centro, não a Terra, imagine estar sempre escuro lá fora.
 Ainda em sua cama, enrolado no edredom estava Henrik, estava cedo e os Cinco Minutos podiam ser desfrutados. Ver Henrik dormindo e mais tarde vê-lo acordado, era de se arrepiar, por tamanhas diferenças. Feito um vulcão adormecido e mais tarde em erupção. O apito aflito e desesperado do despertador tirou a tranquilidade de Henrik, acordou, estava e não precisa se desesperar como o aparelho. Ele logo se levantou, e foi para o banheiro, onde começaria o banho de vaidade.
...
 Passado alguns minutos, Levon estava pronto, ele pegou sua bolsa, apagou a luz do quarto no interruptor próximo a porta, e deixou o quarto. Ele seguiu pelo corredor, até as escadas. Chegando lá embaixo foi até a cozinha, onde estava a mãe feliz.
 – Bom dia
 – Bom Dia Corresponde ela
 Ele pegou algo e colocou na boca e mais nas mãos e foi ara a escola. Ao abrir a porta, o espanto e o susto, se bateram. Richard acabava de chegar, mas Henrik passou direto, como se não tivesse visto ninguém.
 As feridas foram marcadas feito uma tatuagem psicológica, não iria desaparecer tão facilmente. Henrik deixou o condomínio de casas de luxos. E ia andando para a escola. Assim como seus passos, seus pensamentos também eram lentos. Foi interrompido quando alguém para o carro quase ao lado do jovem. Era Lino em seu carro.
– E aí?
 – Fala Henrik, prontos para ir a escola? Pergunta Lino
 – É um desafio, posso ir com você? Pergunta Henrik
 – Vamos, entre.
 Henrik entrou no carro e em segundos os pés de Lino voltou a acionar o acelerador. A tranquilidade muda foi expulso do carro, na última parada.
 – Pensei em passar na casa do Sullivan. Disse Lino
 – Bom para você.
 – Cara, pensei que fosse lá falar com ele. Explicou Lino
 – Então pensou errado, eu não vão falar com senhor Sullivan, sabendo que ele pode me sair chutando. Responde Henrik
 – Pensa direito, o senhor Sullivan não é dessas. Disse Lino
 Seria dessas, mais uma grosseria ditas pelo Henrik? Seria isso, do feitinho dele? Mesmo não sendo adequado em momentos como esse. Todavia, muitos sabiam que o jovem Bastian Henrik Vieira, era assim. Entre divertimentos e outros, se vive o dia.
...
 O carro de Lino vinha chegando ao seu destino, o carro foi parado, fora do estacionamento. Ambos deixaram o veiculo em seguida. Ao entrar no pátio, os amigos caminharam ate onde sempre ficavam. Próxima a entrada. Era onde estava Larissa e Grazi, todos se saudaram, como sempre.
 – Como é estar voltando as aulas?
 – Como se as férias teriam acabados. Responde Grazi
 Henrik procurava alguém, não era Hanson, ele não via aquela pessoa ali, enquanto seus olhos corria ao redor, ele tenta saber com os amigos.
 – Alguém viu a Lígia? Pergunta Henrik
 – Ela, não venho. Responde Larissa
 – Por que? O que ouve? Pergunta Henrik
 – A Lígia foi ontem no enterro do Beto, e ela não se sentiu muito bem, ir a escola. Responde Larissa
 Henrik entra direto na escola, sem nada dizer, o comportamento era pertubado; o trio ficou olhando, achavam estranho; Assim que entra, Lígia aparece, avistando os três amigos, ela foi até eles, e cumprimentou-os. Logo fica sabendo.
 – O Henrik esta a sua procura, e pelo jeito amiga, o que ele quer com você, não é nada bom. Avisa Larissa
 – No fim, eu falo com ele, obrigada. Agradece Lígia
 Era visível e fácil perceber que Lígia não estava muito para papo, e não era de menos, o acidente, pudera ter trazido trauma, e poderia mudar algum comportamento.
 Assim como alguns outros, Julie esta na sala, nunca esperava o sinal, sentada em sua mesa, ela lia um livro, uma peça que ela mesmo escreveu e atuava, West entrou na sala, avistou a jovem. Ele foi até ela, um tremendo de um cavalheiro. Puxou uma cadeira e ao dela se sentou. E desviou a tão atenta e apreciada atenção da moça.
 – Como você está? Pergunta o professor
 – Professor West, eu já me acostumei. Responde a jovem
 – Sim, bem, soube que você esta na peça da escola. Disse West
 – É estou, atuar e escrever é interessante. Concorda a jovem
 – Que bom. Se precisar, conte comigo. Disse o professor
 – Sim, sem problema, o mesmo. Responde a jovem
 Nesse mesmo momento, Henrik entra na sala de aula, avistou Julie, e se afastando um pouco o professor, que cumprimentou Henrik e disse:
 – Que bom, chegando cedo.
 – Melhor do que nunca. Responde o jovem
 Ele passou por ela, calado e nem olhou para ela, que por sua vez não fazia questão de dar o primeiro passo. Ele foi para onde sempre se sentava. Fez o que fazia sempre, a bolsa na mesa vazia ao lado. Lá ficou sem nada fazer.
...

 As horas se passaram, Henrik estava na porta da escola, onde esperava sua mãe, já que teria avisado que ia pega-lo. O morto movimento no horizonte fez Levon acreditar que ele não iria. Ele estava distraído, não percebeu quando Lino parou o carro, até que ele buzinasse. Ele levantou a cabeça depressa, pensando que era sua mãe. Ao erguer a cabeça. Era Lino. Ele foi até o carro se queixando.
 – Ela está demorando.
 – Entra aí, vamos dar uma volta. Chamou Lino
 – É melhor. Disse Henrik
 O jovem caminhou em direção ao carro, abriu a porta, e entrou, logo se cumprimentam com as mãos, e logo Lino da partida.

...

 Não levou uma eternidade ou muito tempo para que que o carro parasse de frente a um bar. Levon percebeu o lugar. Não era uma boa ideia.
 – Não iremos para no clube dessa vez, eu prometo. Disse Lino
 – Acho melhor a gente não fazer isso. Tenta o jovem
 – Pode deixar, chamamos um taxi. Brinca o jovem
 – Menos mau.

Capitulo Quinze


 Natalie tinha chegado em fim, na escola, atrasada, procurava o filho, seus olhos rodava. Nada do filho. Seu telefone celular toca uma música clássica, de Jan A.P Keczkmareke, desviando sua concentração. Era do trabalho. 
 – Alô... Não, eu deixei sobre a mesa. Eu rei pedir a ela amanhã assim que eu chegar...
Pode deixar. Tchau Phil
 O cansaço consumia Natalie, imaginava que o filho tinha ido para casa andando, já que estava motivado. Ele queria logo ir para casa, onde iria se jogar na cama e repor suas energias. Ela pensava...
 Seus pensamentos estava errado. Deixava-a inocente.


Capitulo Dezesseis


 Duas garrafas sobre a mesa, o copo de Leandro Carter estava semivazio, Henrik bebericava o seu copo, recém abastecido. Mal tinha chegado, e já estavam na segunda. Enquanto conversavam.
 – Sentiria minha falta, se eu subisse.
 – Cara, cara como a gente não sobe, ele caiem mais. Brinca o jovem com piadas para bêbedos
 – É, aquela noite foi terrível. Disse Henrik
 – Era melhor esperar ele ter tirado a carta, primeiro. Brinca novamente Lino
 – Nada, mas a noite foi boa também.
 – E muito. Concorda Lino
 Ainda naquele ano, em Janeiro, Henrik teria discutido com o pai. Ele saiu de casa e foi para um distante lugar, um bar. Duas garrafas era o mínimo naquela noite, e Henrik nem sabia mais onde estava e nem por que. Antes passava a noite em baladas, mas sua garganta morreria seca se dependesse de uma gota de álcool. Era por isso que Natalie criticava o marido, foi quando Henrik começou a ser dependente.
 Ambos não perceberam quando uma linda moça de roupa colante se aproximou ambos só sentiram a presença quando ela apoiou seus braços, um em cada. Ao verem, uma loira linda, magnifica e de um corpo desejado, que oferecia seus serviços eróticos.
 – Em busca de companhia?
 Lino olhou para a jovem, Henrik também, perceberam a gata que era, e logo Henrik rejeita.
 – Eu estou bem.
 Ao mesmo tempo de fala, Lino também rejeita.
 – Não.
 A moça percebeu a falta de interesse, Que tipo de homem não ficaria comigo? Todos ficariam aos meus pés, querendo que eu os toque.  Pensou ela. E imaginou coisas.
 – Entendi, são gays.
 A moça se afastou. Ambos ficaram sem graça, e buscaram explicar. Mas era tarde demais, aquele lindo corpo já estava longe.
 Caindo a noite, passado as horas, o que não foram visto pelos amigos, bebiam, talvez com moderação, nada confirmado, mas prometiam, sair de taxi. Após mais uma noite inesquecíveis, dois homens legítimos confundido com gay.  

Capitulo Dezessete


 Aquele comportamento se repetia, não sabia quando parar seria necessário mais uma morte? Não se importavam por nada, se a Terra fosse redonda ou não, nenhuma preocupação, as lições não era lá muito atrativas, mas não era o bastante. Consumos exorbitantes e irresponsáveis. Acredite ambos passaram a tarde, a noite, já estava amanhecendo o dia e cujos amigos se afogavam no fundo de um copo de vodka.
 A bebedeira deixou o tempo insignificante, em um bar na cidade de São Paulo, dois jovens estariam jogados em uma mesa, exagero, vodka e cerveja, Levon e Carter estavam acordados, passaram a noite falando coisas sem sentidos. Chegava à terça feira.
 O telefone de Levon toca, ele leva um susto, imaginando que fosse sua mãe, tirou o aparelho do bolso, por sorte, era o despertador. Avisava ao jovem que o outro dia já tinha chegado e que já passou de uma certa hora.

5h A.m

 – Meu, já é terça. Espanta Carter
 – É, e a gente nem viu a noite passar. Completa Henrik
 – Meu Deus, imagine quando nossos pais perceberem que não estamos em casa. Lembrou Lino
 – Tenho que ir, ainda são cinco horas. Disse Henrik
 Lino foi até a atendente do bar, chegava a cambalear, não aguentava nem o próprio peso, mesmo que a última garrafa tinha sido esvaziada a mais de três horas.
 – Minha linda? Chame dois taxi para gente. Pediu o homem
 – Farei isso senhor, mais alguma coisa? Perguntou a atendente
 – Sim. Seu numero, ha ha ha. Brincou o jovem
 Lino foi até o amigo e disse:
 – Você tem dinheiro para o taxi?
 – Já me viu sem dinheiro? Lembrou o garoto
 A pressa era quase maior que o medo de perder a aula, do que adiantava se ambos iriam dormir e roncar quando o professor começar explicar?
 Lino teria dito que pegariam um taxi, mesmo sabendo que em sua carteira tinha só documentos e santinhos de igreja. Nem uma moeda consumia o espaço. O dinheiro sairia daquele que nunca estava sem dinheiro. Levon.
 Por sorte o dia estava ainda começando, não seria um bicho de sete cabeça encontrar um taxi vazio Um estava rodeando após deixar um passageiro. Enquanto Henrik iria naquele, Lino ia em outro, que já estava para chegar.
 Henrik estava a espera de chegar antes de sua mãe acordar, ser pego bêbado mais uma vez iria prejudica-lo Muito. Muito mais do que estava. Após a noite de bebedeira, Henrik estaria cansado, ele não se demostrava um cara resistente, não seria daqueles que cumpria o que prometia.

...

 Pouco de antes de Henrik chegar em casa. Natalie ainda dormia, a cama era grande demais, mesmo para dois, era para mais. Dormia desde o que chegou em casa, na tarde do dia anterior, até parecia dopada. Seu sono foi interrompido, novamente por o som de Jan A.P Keczmareke. A música era triste, mas linda, o tema Goodbye fazia os sonhos de Natalie dizer Adeus. Ela levantou-se e continuou a procurar o aparelho. Ao encontra-lo em cima de sua cama, envolvido com o lençol de seda.
 – Oi?
 – Estava dormindo?
 – Sim, até você me acordar. Responde Natalie
 – Esteve pensando, Lígia e, cheguei a uma conclusão, eu vou me mudar. Disse Richard
 – O que? Mas por que? Pergunta Lígia
 – Acho que estou atrapalhando a vida de Bastian, eu irei sair do país, mas irei manter contato. Explica o homem
 – Não vai desistir agora, vai?
 – Não sei. Responde Richard
 Richard desligou o telefone, Natalie não ficou feliz com o que acabou de ouvir. Até parecia ter levado um soco. Se Keczmareke não a acordou, Richard a acordou. Aproveitando que já estava acordada, desceu, indo para a cozinha. A geladeira seria o alvo, uma jarra de suco de limão suíço foi atacado. Aos poucos encheu o copo, em seguida indo para a mesa. Onde balbuciava o saboroso suco suíço.
 Após saborear o suco, Natalie deixaria o andar debaixo, iria volta para o quarto. Quando colocou os pés no primeiro degrau, ouviu um som, ela se assustou. Alguém mexia na porta. Ela rapidamente pegou o celular e enquanto discava, outro susto. Ouvia a voz do filho, ele pensou... Não queria acreditar. Ela pegou a chave e foi abrir a porta. Era um espanto atrás do outro. Henrik estava bêbado e assustado. Maldita Chave. Praguejou ele.
 Em alguns minutos, Natalie ia subindo quando ouve um barulho na porta, percebia que nela alguém mexia. Caminhou depressa até a cozinha, pegou o celular, ia digitando, quando ouve a voz do filho, ela foi até a porta e abriu, ao avistar o estado do filho, deixou o rapaz entrar e disse:
 – De novo?
 – Dessa vez vim de taxi. Responde o jovem
 – Henrik você não aprende, as pessoas estão cansando de você, aos pouco.
 – Eu vim de taxi, bebi só algumas, nada de mais. Explica Bastian
 – Eu lamento filho, mas quantas pessoas terão que morrer para você criar juízo nessa cabeça?
 – Não sei, algumas? Respondi o jovem
 – O seu pai vai embora. Disse a mãe
 – Graças a Deus! Celebrou o garoto
 – Não diria isso se estivesse sozinho no mundo. Disse a mãe
 – Como? Ele sempre me pois para baixo, me desmotivou, me tratou muito mal, ele não foi um pai, isso. Disse o jovem
 – Vai dizer que o seu pai é culpado de tudo agora? De tudo que você fez? Da morte do Bernardo? Questiona a mulher
 – Não, estou julgando pelos seus erros, que talvez se ele fosse mais presente, isso não aconteceria. Disse o jovem
 – As coisas vão mudar aqui. Teremos regras. Disse a mãe
 Henrik passou pela mãe, o dito dessa figura, teria sido apenas uma falação para o jovem rebelde. Como se tivesse entrado pelo ouvido e saído pela outra orelha. Mas, algo podia mudar. E quando estivesse sóbrio, as diferenças podiam ter mais pesos. Um jovem rebelde, ele não queria saber de sermões, a vida era dele, ele cuidava dela, a menos se estive caído sobre uma cama, quase perdendo o rim, na fila de um transplante. Em seu leito de morte.
 Levon foi para o quarto, já que estaria indo para a escola em seguida. Mesmo assim queria dormir um pouco, ainda estava cedo. E acordaria com tempo.

Capitulo Dezoito


Ao acordar, por volta de uma hora e meia depois, Henrik já estava pronto, desceu a escada, ia a comer alguma coisa. Ao ser surpreendido, com a presença da mãe, do pai, e da senhora Ana Carter, mãe de Lino.  Ele não se sentiu bem com a presença daqueles dois.
 – Henrik, o seu pai veio se despedir. Disse a mãe
 – Bom dia, senhora Carter. Disse o jovem
 – Bom dia, Henrik. Retribui a mulher
 – Seu pai quer falar com você. Disse a mãe
 – Pode ser em outro lugar? Perguntou o jovem
 – Sim, pode, vamos até seu quarto. Idealizou o pai
 Henrik e Richard subiram, caminharam até o quarto, Henrik abriu a porta, e entrou em seguida Richard, Henrik foi até a sua cama, onde sentou-se, e o pai, se escorou em uma cômoda, não parecia ser agradável aquele momento. Foi colocar um nazista na frente de um judeu. Queria guerra.
 – Eu irei para Espanha.
 – Bom para você. Boa viagem. Responde ignorantemente o jovem
 – Eu sei, que tem ressentimentos de mim, mas isso não pode durar para sempre, eu só queria lhe dizer algo. Tentou Richard
 Nunca alguém podia chegar para Henrik, e dizer a ele. Você é um duas caras. Por que o que ele pensava, ele falava.
 – Já esta falando de mais. Novamente o garoto
 – O juiz ficará de olho em você, por favor, não se meta em confusão. Será melhor para você. Pediu o pai
 – Já disse, tchau.
 – Só posso te pedir uma coisa? O pai foi para perto do filho – Me da um abraço e tenta não ser ignorante. Pediu o pai
 – Vai sonhando. Respondeu o jovem
 Logo Henrik se levantou, pegou a bolsa, e deixou quase que instantaneamente o quarto. Passando pelo pai, e nada dizer. Richard não impediu. A tristeza bateu, ele queria mudar com o filho. Mas não dependia só de um. Richard ficou observando o quarto, e lembrava de muitas coisas. Foi ali que Henrik cresceu, onde deu o primeiro passo, uma das únicas mudanças foi que ele cresceu, e não podia dormir num berço com dezoito anos. Ele foi até o guarda roupa, ele abriu uma parte, havia uma folha, colada a mão. O melhor pai do mundo. E uma foto de Richard segurando o filho, ambos tinha colado aquela foto ali, quando Henrik tinha cinco anos. Ele chorou. Mas lembrou de algo.
 Aquilo ainda estava ali, mesmo depois de muito tempo, de muita baixaria, de muito desespero, sofrimento. Ainda estava ali, ele não tirado.
 Além de rebeldia, Henrik ignorava o pai e o que muitas vezes pensava, o que dificultaria em uma socialização entre pai e filho, no mês de agosto, Henrik não tinha em quem dar um abraço nos dias dos pais, e Richard também lamentava, pois era o seu único filho. Tempos melhores, dias melhores, requer tempos difíceis. Mas nada eterno e nem impossível. Dias melhores surpreenderam.



Capitulo Dezenove


Sábado

 Mais um fim de semana, aquela tarde demostrava a beleza do dia, o brilho do sol que iluminava a capital. A rua estava vazia, os carros parados, alguns jovens perdendo seu tempo, um homem caminhava tranquilamente, pela calma oferecida, estava garantido, seus pensamentos não seriam interrompidos, em breve o verão viria com força e uma chuva refrescaria o fim da tarde. Estava tão perto, quanto um homem e suas renas voadoras.
 Henrik andava pela rua, assim como um cigano, sem um destino certo. Seus olhos não tinha um ponto fixo, seu rosto carregava uma tristeza pura. Apesar de tanta curtição, ele não era um jovem feliz. Cheio de problemas, ele também não aceitava a separação dos pais, mas sentia que algo seria bom. O silencio era tão visível, quanto a satisfação do dia.
 Ao caminhar por alguns minutos, enquanto tocava a suave canção dos pássaros, todas as respostas do que acontecia, ele vinha de casa, e caminhava tão sozinho, numa tarde linda, enquanto pensava, por muito tempo, houve um instante de silêncio, em que ele desviava os olhares para algo que por si, chamava sua atenção desviada aos pensamentos, parecia ao mesmo tempo, querer e não querer olhar para esta tal coisa, Continuou a olhar. Ele sentou-se em um banco, e ficou ainda calado, e atento esperando, o que? Nem ele mesmo sabia. Pela sua expressão de olhar, enquanto via essa tal coisa, via que nada do que havia ali, ao redor, não existia para ele no momento, e muito menos seria de seu feitinho. Nem mesmo ele que via. Só existia curiosidade, nos olhares tristes de Henrik. O jovem pensativo.
 Acabou a tensão, Henrik viu uma linda moça entrando naquele local, que seria um teatro, curioso e sem identificar a moça, ele levantou daquele banco e pensou em outra coisa, caminhou com passos indecisos, e ao mesmo tempo, interessante e ansioso, tanto quanto ele estava curioso. A transformação que nele se operou aquele dia foi tão grande e dedicado, que o jovem Henrik parecia ter virado outra pessoa. Mas essa outra pessoa, percebia, é que realmente ele, que ninguém conhecia tão bem.
 Ao entrar, o jovem Henrik desceu as escadas com cuidado, estava escuro, o palco iluminado, mesmo assim, não dava para identificar ainda, aquela garota, ele sentou-se na primeira fila, e enquanto. A garota fazia uma ótima interpretação, ao virar-se, Henrik avistou a jovem Julie Henson. Uma surpresa, o espanto conseguiu uma vaga no rosto de Henrik. A jovem ainda não tinha visto ainda Henrik, de tão atenta que estava. Ele não olhava nada tão atento assim, desde que conheceu a solução de todos seus problemas. A bebida.
 E era essa moça também que o fez abandonar, não definitivo, a vida rebelde, sem discursão e sem protesto e profecias.
 Ele assistiam tão atento, era visível sua atenção, em um ângulo espetacular. E então passou a ligar mais nessa. Algumas pessoas diriam que seria impossível, esse ato, mas estaria errados, Outras diriam isso, descreveria como Milagre, talvez, mesmo assim, poderia se saber que isso ia acontecer. Em cinco minutos o salão teatral e cultural, é como se estivesse vazio. Henrik na plateia. Se pensava, que surgiria um choro, ou um grau de satisfação.
 Ao fim da uma cena, Henrik levantou-se, se preparando para ir embora. O silencio ali, dizia muita coisa. Quando ia dando os primeiros passos, sua presença fora notada, como a de um invasor.
 – O que achou? Perguntou Julie surpreendendo o garoto
 Henrik virou-se lentamente, e não deu o braço a torce:
 – Inexperiente? Sugeriu Henrik
 Julie já conhecia Levon, um homem que nunca ia se debruçar a uma dama, ou rir para vê-la sorrir.
 – Talvez o nosso premiado ator, pudesse torna parte dessa peça. Sugeriu também a jovem
 – Sou melhor como plateia. Replicou o jovem
 – Então sente-se e assiste mais. Rogou a jovem
 – Um pouco já me deixou com tédio. Responde o jovem
 – Não será o fim do mundo, se for bom, pelo menos hoje. Disse Julie
 – Tenho medo que o mundo não acabe. Disse Henrik
 – Certo, a expressão em seu olhar, me diz que 'foi ótimo' e que estaria agora em aplausos. Tentou a jovem
 Henrik sorriu, como se queria dizer Nossa, virou o rosto e saberia que não seria fácil mentir, e logo responde:
 – Esta legal. Estavam todos ótimos.
 Ele olhou para os lados, alguma coisa dizia Vai! Enquanto ele não queria.
 – Que bom, gostaria de vir comigo? Convidou a jovem
 – Tá. Respondeu após cena
 Henrik seguiu a jovem e linda Julie, ela o levava para atrás das cortinas, atrás do palco, onde estavam os outros que estrelavam a peça, a responsável por ela, e algumas outras pessoas. Todos foram ensaiar, e Julie e Henrik ficaram sozinhos, ela pegou o texto e disse:
 – Veja se estou bem, é a minha parte favorita. "... Vivo sobre seu olhar, até o último dia de minha vida ou enquanto enxergar, que me deixa a cada dia feliz e disposta a viver do seu lado, seu lábios me deixam louca, e sem ritmo de dança nos pés, o seu amor, me fará viver eternamente, em seu coração. E todos que saberem de nós dois..." Recitou e interpretou Julie
 Ele ouviu cada palavra, seria uma recitação linda, Quem seria o autor? Ele se perguntava. Do que importava, se ele não conhecia.
 – Quem escreveu esse texto? Pergunta o jovem
 – Eu. Replicou Julie
 – Nossa, mas é inexperiente.
 – Tá sei, terminarei em alguns minutos, gostaria de ir a algum lugar? Pergunta a jovem
 – Com você? Acho que não entendeu. Não significa que somos amigos. Responde Henrik
 – Sei, não seria amigo de alguém pobre. Opinou a linda Julie
 – É inteligente, quanto parece. Disse Henrik
 Corpo duro, e preconceituoso. Mas nada que não foi dito, as palavras de Henrik chatearam Julie, mas faria continuar, com seu instinto lutador e de ser capaz.
 Mais um dia, que nos serviu mais surpresas, um cara sem cultura queria ser poeta. Quem diria, mais um encontro, uma estrela queria brilhar durante a luz do dia. O tempo tem suas cartas na manga. Encontro ao acaso.

   Capitulo Vinte


 Aquele fim de semana, era único, a muito tempo aquilo não acontecia. Muito tempo. O primeiro fim de semana, em dois anos, que Henrik dormia antes das vinte e uma hora. Natalie estava preocupada. Ele poderia estar doente.
 Ele estava na escola, todos estavam atento ao que o professor West explicava, e anunciava que haveria uma prova.
 Ao final da aula, Lígia encarava Henrik, esse não prestava a atenção, por tanto, Larissa, Lino e Grazi ficavam de olhos. Eles se levantam.
 – Pois é. Acho que vocês querem ficar sós.
 Disse referindo a Lígia e Henrik, os outros saíram, Lígia olhou para Henrik, e estampado em seu olhar, a palavraindignado. Ficaram ambos ali sozinhos.
 – Queria falar comigo, não é?
 Por ser um cara de poucas palavras e de muita sinceridade, ele não agradava.
 – Lígia, Nós dois, não irá dar mais certo... Dizia o jovem
 – Espera aí, você esta terminando tudo? Pergunta Lígia
 – Acabou tudo entre nós. Explica o jovem
 Lígia gostava muito de Henrik, ele era apaixonada por ele. Seus olhos transbordaram de lágrimas. Muitas garotas desejavam ficar com Henrik, ele era apelidado de Pedaço do Pecado. Mas Lígia era diferente. Ela se levantou e deixou a sala, quase que simultaneamente. Ele nada fez.
 Henrik ficou triste, mas tinha de fazer aquilo. Ele abaixou a cabeça, e pensou. Julie entrou na sala. Percebeu o estado de Bastian, e assustando o jovem que sua presença.
 – Está tudo bem?
 Ele ergueu a cabeça. E via que era Julie.
 – Nada que te interesse. Disse o jovem
 – Desculpa. Até amanhã. Disse a jovem
 Algo Henrik não compreendia, por que as noitadas, não o faria feliz? Ele teria terminado com Lígia, por que não estava feliz. Será que o fato de Richard ir embora, deixava Henrik chateado? Para quem guarda uma foto e um desenho desde a infância, chorar não seria novidade.
 Julie estava preocupada com  o estado de Henrik, o que deixava aquele desobediente jovem, abismado, na maneira que Lígia saiu, quase simultaneamente, Julie entrou, ele não ficou feliz, mas saber que alguém lá fora pergunta se estava tudo bem, era ao mesmo tempo de ouvir, quando não se poderia.

Capitulo Vinte e Um


A notícia do fim de namoro de Ligia com Henrik se espalhou rapidamente, a maneira de que se alastrou, fazia parecer que a escola tinha um mural especial ou uma emissora de TV. Não foi um casal recém-vencedor do Academy Alwards que tinha se separado. Eram só, dois jovens, no fim do ensino médio.
 Henrik ao acordar, ninguém, o vazio em seu quarto, tocando a musica do silencio. Não adiantava olhar para os lados, estava só. O que fizera? Por que o sentimento mais lindo, é também o mais doloroso? Ele sabe o que fez, mas não compreendia o erro cometido, era tão grande, quanto o seu medo de perdê-la.
 Seus nervos aflitos, suas noites vazia, tudo o que tinha era só sonho.
 De estar ao lado dela.
 Dela quem?

 Henrik desceu para cozinha, onde encontra algo lindo, uma mesa bela. Será que o melhor chef do mundo trabalhava na casa de Henrik? Não. Natalie podia ser metida, fresca, passar um pano no chão quebraria sua bem feita unha, mas ela tinha uma relação espetacular com a cozinha. Tinha um dos melhores Buffet, mais bem falado do estado; Henrik sentia algo, era os vestígios deixado pela madrugada. Se fartava com um pão e manteiga. Era fome.
 Enquanto limpava as pistas deixada pela madrugada, Henrik cometia um crime... Matava a fome. Quando Natalie apareceu, nada de susto ou espanto. Ele se ajuntou ao filho, estava curiosa, ficou sabendo de algo, e queria saber mais.
 – Soube que terminou o namoro. Puxa assunto
 – Sim. Por que o interesse? Pergunta o filho
 – Nenhum, só estou assunto. Explica a mãe
 O jovem riu, nada que acordar de bom humor, e expressa-lo também, seria uma vitória para aquele dia, que tinha aparecido com uma leve chuva, São Paulo era a terra da garoa.
 – Não estava dando certo.
 – Por que ela era um vadía? Interage a mãe
 Novamente o jovem riu, mesmo que não seja um piada, mas o jovem concordava, e por que sua mãe interagia de um outros jeito, diferente e até um pouco assustador.
 – Quer que eu te leve para escola? Pergunta a mãe
 – Não será necessário, a perna já esta boa. Replicou o jovem
 Um susto para Natalie, ele iria andando, caso não tivesse uma outra opção ele iria, mas ele tinha. O tempo agredia Natalie.
 – Vai andando? Assustou-se a mãe
 – Inacreditável. Disse o jovem
 – É, mesmo, estranho. Brinca a mãe
 O dito do jovem, é surpreendente, apesar que uma caminhada é sempre bom para a saúde, mesmo sendo um beneficio, Henrik nunca tinha ido a escola a pé, nunca. Por isso o espanto da mãe. Não seria a toa.
 Henrik levantou-se e pegou a bolsa, e partiu para a escola, a pé, andava um pouco mais rápido, em relação ao último sábado, a chuva o refrescava, e fazia o cansaço correr, a motivação cresce, e pelo jeito que as coisas ia, chegaria a escola, mais cedo, talvez o primeiro aluno.
 Ainda distante da escola, enquanto os pés de Henrik não parava, seus olhos avistavam Julie. Ele não estava muito longe e nem o teria visto, ele foi até ela.
 – Bom dia.
 Ao vira-se, Julie parecia ter visto o seu maior ídolo, ficou como se ele tivesse chegado e lhe oferecendo um dia inteiro com ele, mas não era. Ela ficou espantada, abismada, ao ver e ouvir aquele jovem.
 Alguns chamariam de milagre, aquele momento, outros diriam que o gelo derrete, pela primeira vez ele tinha sido educado, com a Julie, vítimas de suas brincadeiras. Um simples Bom Dia.
 A jovem após a surpresa, olhou para o jovem e disse:
 – Bom dia. Estou surpresa. Explica ela
 – Sério, fiquei também. Concorda o jovem
 Julie riu um pouco, até Henrik teria rido com aquilo, foi para ele uma surpresa, a maior surpresa foi que ele não morreu.
 As coisas pareciam ir bem, mesmo devagar, quem disse que uma tartaruga nunca chegaria a um destino? De ir tão lento, já era o começo, já que ficava parado, sempre no mesmo lugar, um passo, seriam os primeiro caminhos.
 Um Bom Dia deu espaço para caminharem. Juntos, na fria garoa que cobria a linda cidade de São Paulo, até pareciam, amigos.
 – Estudando para a prova?
 – Ainda não, podíamos estudar juntos? Sugeriu o jovem Bastian
 – Talvez. Mas tem que se esforçar. Replicou a jovem
 – Desde que você pegue no meu pé. Concorda o jovem
 – Na minha casa. Aceita Julie
 – Na sua casa? Indignado disse o jovem
 – Disse que teria que se esforçar. Explica a jovem
 Passados os minutos que restavam, logo chegam a escola, não teria demorado muito. Julie foi direto para dentro, Henrik ficou do lado de fora conversando com os amigos, a sua presença foi a 'Gota d'agua' para Lígia, que se despediu dos amigos, e saiu do recinto, Henrik percebe o ato, e nem liga.
 Ficarem um perto do outro naquela situação, era como estar querendo voltar ou pedir desculpa e ambas tinha um ego maior que eles, e fazer alguma daquelas coisas, ou dar o primeiro passo, seria humilhante.
 – Agora sou rejeitado.
 – Não é para tanto e nem exagero. Disse Lino
 Aquela manhã chuvosa, e quente também, sem muitas horas para mostrar tudo, mas ao pouco, a cada dia mostrando sua beleza, foi nesses dias assim, que, aliás, foi esse dia agradável, que agradou Julie e Natalie. Que presenciar, em alguns minutos, o que muitos chamaria de milagre e outros diriam impossível, e que outros parasse o colega e dizia: Eu te avisei. E foi nesse dia que isso aconteceu, talvez o sol deveria voltar ao turno e iluminar a tarde, após a presença da chuva, refrescar e lavar as almas de muitos.
 Na sala, o professor West explicava, os assuntos da prova, Henrik se esforçava, buscava motivação, queria mostrar algo, mas o que? Que milagres existe? Talvez, mas isso todos sabem, pelo menos a maioria.
 O intervalo era os quinze ou trinta minutos em que você via aquela pessoa, que não a via desde que entrou na escola, era a reunião de melhores amigos, dos caras mais esquisitos da escola, e dos mais temidos, e bagunceiros.
 Passando pelo corredor, Henrik avista Nilo, já tinha com quem conversar. Seu caminhar dizia estar com preguiça, e pedia a Henrik comprar um Skate. Chegando perto de Lino, ambos novamente se saúdam. E saberiam de algo.
 – Sua mãe disse alguma coisa, sobre aquela noite?
 – Não, por que? Responde o jovem
 – Assim que acordei, ela estava lá em casa. Responde Henrik
 – Não deve ser nada de mais. Disse Lino
 – Não sei. Tenho desconfianças. Responde Henrik
 O jovem ainda estava preocupado, o que aconteceu naquela manhã, deixou a consciência pesada, e transtornada.
 Todos voltam as aulas, troca de professores, e assim o dia vão passando e muitos vão dando Graças a Deus, torcem para a chegada do Fim de semana. Dois dias de fuga da escola, sem levar faltas.
 Voltando para casa, a garoa já não era muito presente, o tempo havia mudado, e o vento fazia com que todos apertavam seus braços sobre o tórax. Henrik estava com a bolsa nas costas, ao contrário de como tenha ido, na volta ele estava só. Ainda preocupado e desatento, ele  não pensava em muita coisa.
 O semáforo estava aberto, o jovem para, em segundo o semafaro fecha, ele ia atravessando... Quando um caminhão vinha...
...

 Ao ver o caminhão vindo em sua direção, Henrik se espanta, sem reação nenhuma, mais uma vez a morte o chamava. Devido ao susto, ele ficou paralisado... Não escaparia. Fechou os olhos... Alguém o puxou, com força, ele se assustou, ele cai sobre a calçada... A tempo... Quase seria atingido. Ele se levantou, e assustado . Ao ver quem acabará de salvar sua vida...
...

 Capitulo Vinte e Dois


 Julie salvou a vida de Henrik, aquilo o deixava sem palavras ele devia a vida a garota, para a mesma garota que ele devia respeito.
– Você? Estou com pressa. Explica o jovem
 – Sua perna acabou de melhor, não tente.
 – A pressa, é inimiga da perfeição. Comentou a jovem
 – Tá, posso esperar.
 Passado alguns minutos, daquela surpresa salvação, Henrik teria ido para casa. Onde iria se preparar, para ir até a casa de Julie, onde iria estudar para prova.
 Ele não dispensou um banho de vaidade, tinha tomado banho, outra roupa, perfume, será mesmo que Henrik iria a casa de Julie ou iria a outro lugar? Fazia parecer que iria ao concurso de charme.
 Em menos de uma hora, o jovem chegaria na casa de Hanson antes de subir os degraus, olhou para os lados, queria ter a certeza de que ninguém o via entrar ali. AO subir os degraus, e bater na porta. Estava distraído. Um carro passava pela aquela rua, o que ele temia, acontecia. Seus amigos o via.
 Em meio a ensinamentos e outros, depois de um certo tempo, ambos ainda estavam estudando.
 – Não é tão burro, quanto pensei.
 – Tenho essa mania de surpreender as pessoas. Brinca o jovem
 – Tá, tive a prova viva.
 – Você sabe muita coisa, é ruim por que quer. Esclareceu Julie
 – Talvez.
 – Não precisa ser prejudicar e nem afastar as pessoas de você, só por que é popular.
 Mas tarde, no mesmo dia, Henrik foi para casa. Estudar? Até parecia que o deserto ficava frio, muitas pessoas não acreditariam se alguém contasse isso a ela, só vendo. Ao chegar na porta de casa. Via que os amigos o esperava, exceto Lígia. Ele estava inocente, de que tinha certeza, de que ninguém o viu na casa de Hanson.
 Lino não esperou o amigo se aproximar.
 – Meu Deus, o que você fazia na casa da Julie.
 – "Aí eu só estava brincando de nerd com ela". Brinca Larissa
 – Ah, ah ah. Não estava estudando. Explicou o jovem
 – Cara, você esta bem? Perguntou Lino
 – Por que? Perguntou sem entender
 – Você estava 'estudando'. Você deve estar doente. Febre, sei lá, esta delirando. Disse Lino em risos
 As brincadeiras foram crescendo, e Henrik não sabia como fugir, mas buscava a resposta enquanto estava sozinho.
 Talvez ele não devesse dar ouvidos as brincadeira, por que, aquilo o beneficiava, e lhe dava satisfação, mas ele, não via assim.


Capitulo Vinte e Três


A maior preocupação de Henrik era ser chamado de Vira Casaca, e se tornar alvo de gozações por estar na casa de Julie Hanson. Ele teria sido pego pelos amigos, e aquilo já o deixava mais aflito que estava. Em casa, enquanto buscava uma saída de mestre, Bastian, pensava, dava atenção em ter medo de ser alvo de gozação, por pessoas do seu grupo sem juízo, por ser o assunto de toda a escola e que te beneficiaria.
 Henrik desceu devagar as escadas, após deixar o isolamento, o seu quarto, foi caminhando em direção à sala, e via sua mãe conversando com alguém, não se deu ao luxo de saber quem era não era de seu interesse. Ele foi para a cozinha, sentou-se, ligou a televisão, uma bem pequena, onde alguns assistiam. Via ali o noticiário daquela manhã, que trouxe como uma noticia a chuva.
 Passado pouco mais de uma hora, Henrik caminhou em direção à sala, e avistou sua mãe, abrindo a porta para alguém sair, que ainda caminhava em direção à porta, ter visto aquela pessoa, foi um susto enorme... Era Julie, ele foi para perto da mãe, ninguém teria percebido sua presença. Até aquele momento não.
 – Visita surpresa? Perguntou surpreendentemente
 Ambas se assustaram com a presença de Henrik, por tanto, o mais surpreso de todos, era o jovem. A simplicidade de Hanson era maior, assim como sua dignidade e respeito.
 – A sua presença que foi surpresa. Comentou a jovem
 – E onde eu deveria estar? Pergunta Henrik
 – Eu já estou indo, tenho que estudar.
 Julie partiu após dizer tchau aos Levon, ao desnotar de Julie, Natalie fechou a porta, ela olhou para Henrik, e fez uma careta de insatisfação, Henrik percebeu, a mãe passou por ele, e subiu para o quarto, e o jovem foi correndo atrás da mãe, ainda na escada, ele a para. Henrik podia não saber quem seria Martim Lutero ou Galileu, mas ele não era tão burro quanto parece. Eu tenho essa mania de surpreender as pessoas.
 – Insatisfeita? Por quê?
 Natalie voltou, arrumou sua postura, ela olhou para Henrik.
 – É essa daí? Pergunta a mãe
 – O que é que tem a Julie?
 – A sua nova namoradinha, uma pobretona? Que não tem onde cair morta? Implicou a mãe
 – Eu não tenho nada com ela. Mas seu tipo de desfeita é bem curioso, talvez medo de mais. Reclama o jovem
 – Você é do tipo que só anda com gente que não presta. Fala a mãe
 – É mesmo, e o que faz você ter certeza?
 A mãe caminhou em direção ao jovem, caminhou lentamente, seria possível que até mesmo uma Tartaruga, ou algo lento como uma lesma, fazia a disputa ser acirrada e bem competitiva. Ao estar próximo, mas não demais, ela olhou para Henrik. Sua sinceridade, tinha sido puxado pelo filho.
 – Um colega seu, já morreu por causa disso. Responde Natalie
 O que Natalie disse, refletiu algo na mente de Henrik, seria culpa, mas ele sempre fugia e dizia que ‘morreu – morreu, não volta mais’. Ouviu calado, olhou para sua mãe.
 – Vou para a escola.
 Novamente o jovem ia para a escola a pé. Como já se tornava uma rotina. Ele ficou calado, e até sido tocado pelo o que ouviu da mãe. Ele não tinha ouvida nada do tipo, da mulher que mais o defendia. Algo fazia parte dessa rotina, um encontro com Julie. Dessa vez não foi diferente, ele foi até a casa de Julie, de longe ele via que a garota, já o esperava. Ela estava sentada numa cadeira de balanço, aquela garota era linda... Até demais.
 Aproximando-se. Henrik não trazia nada bom. Nada mesmo.
 – Olá. Simpática como sempre.
 – O que foi fazer em minha casa? Intimou o jovem
 Julie não sabia por que a tamanha ignorância na pergunta.
 – Fui só fazer uma visita a sua mãe... Dizia a jovem
 – Ela não gosta de você, ela não gosta de pobres! Alertou o garoto
 Julie ficou sentida com o dito, Henrik só olhou para a garota, sério, friamente, os olhos dela ficaram paralisados como ela. Até ela entrou para sua casa, talvez não fosse ir para a escola, Henrik virou-se, e sem olhar para trás, seguiu seu caminho.
 O dito de sua mãe teria dito ao jovem, acorda, você não suporta ela e por pior das coisas, naquele dia, ele alertou, e voltou a ser o mesmo que antes, não suportava pobre. Enquanto Julie, em seu quarto, sua fortaleza da solidão, onde lágrimas caíam, suspiro se ouviam, e tristeza se via. Isolada? Jamais, não ali, Julie se levantou, e pegou sua bolsa, para onde ia? Só basta seguir seus passos, e veremos onde nos levará.
 Minutos antes de todos entrarem para a sala, Henrik se reuniu no corredor com Lino, conversavam logo neste corredor se ajuntou a Larissa. Neste momento, o papo ia envolvendo os jovens.
 – Esta de casinho com a Julie?
 O jovem Henrik riu levemente, até forçado e oculto, e responde:
 – Não, nada disso.
 – Não negue que estava na casa dela. Lembra Lino
 – Ela só estava me ajudando, eu preciso me recuperar na escola, buscar notas, entende? Responde Henrik
 – Não. Disse Lino e Larissa simultaneamente
 – Qual é, vocês não acham... Dizia Henrik
 – Nós viu, a Grazi, Lígia, eu e o Lino, você entrando na casa dela.
 – Não estou negando que não entrei. Estou dizendo que eu jamais irei ter um caso com ela.
 – Pelo amor de Deus, nós vamos saber... Dizia o jovem Lino
 – Tá legal. Interrompe Henrik
 No momento, Julie se aproximava para conversar com Henrik, mas ele não a vê, Lino e Larissa viram, mas esperava a resposta do amigo, interromper, seria perder algo, esperaram a resposta.
 – Eu estou só usando ela, não é uma curtição, nem mesmo um casinho, eu preciso dela, e por isso eu a uso. Responde Henrik
 No momento desta frase, ao mesmo tempo, nem um segundo a menos ou a mais, Julie, acidentalmente ouve isso, Lino olhou além de Henrik, Julie, que, em seu lindo rosto liso, e macio, com alguns fios de cabelos batendo na face, e ainda sem Henrik se virar, ela surpreende este jovem:
 – Então era só isso?
 Nesse momento, Henrik virou-se, surpreendido, sem resposta, ele nada disse, engoliu por querer e até mesmo pelo susto, engoliu as palavras. Julie passou por Henrik, e foi para a sala de aula. O jovem, na frente dos amigos, nada pode fazer, nem demostrar a dor da perda de alguém.
 Ele sofre calado, se dizer algo ao alguém, será alvo de gozação, mas apesar de tudo, deveria ser sincero, como ela foi como ele mesmo foi com sua mãe, dizendo aquilo, a ponto de proteger Julie Henson, aquela garota.

Capitulo Vinte e Quatro


 Passado aquele dia, caso olhar para o relógio, poderia ver que já passavam das sete da noite, o jovem Bastian não sabia o que fazer como em uma rua sem saída, buscava uma solução, mas sempre pensava em pensamento negativo, para ele até podia dar certo, mas seria difícil, quase impossível. Portanto, sozinho, isolado por conta própria, naquele quarto com as cortinas azul escuro fechado, sentado em um banco, perto a mesa do computador de última geração, ligado, mas nele não fazia nada, observava apenas uma foto, que conseguiu pelo site do Teatro da Escola, no qual a jovem Julie participava, e para ela, mais do que uma atividade extracurricular. Era a foto de Julie.

 Capitulo Vinte e Cinco


 Falando em Julie Hanson, a jovem por sua vez não estava em casa, mas perto dali, uma praça a uma quadra dali, onde estava deitada sobre a grama verde, que seria um tapete para as árvores antigas já inclinadas, raras de cair, e outra prantadas em algumas décadas próxima, ou mesmo poucos anos, ou no ano passado. O que importa além do verde, e da preservação, era os pensamentos e ações de Hanson, deitada sobre a grama, não se importava com a sujeira da terra, e nem com as formigas que poderia passar por ali, lágrimas caíam pelo belo rosto de Julie, a tristeza estava em seus olhos lindos e de morrer, os pensamentos estavam longe, em Bastian Henrik Levon, a jovem ficou ali deitada, por algumas horas, até que, Lígia, a ex-namorada de Henrik passou pela praça, e viu Julie, caminhou em direção a jovem, que se assustou e se levantou, e disse:
 – Pensei que fosse alguém
 – E eu sou o que? Pergunta Lígia
 – Desculpa alguém estranho, a fim de fazer maldade. Responde Julie
 – Talvez você queira morrer, depois do que aconteceu. Disse Lígia
 – E o que aconteceu? Ignora Julie
 – Fiquei sabendo, que você e Henrik não se falam mais.
 – Seu grupo deveria abrir um jornal, são rápido. Responde Julie
 – Julie, eu não estou comemorando nada, eu conheço o Henrik, ele faz de tudo, para não ser prejudicado... Dizia Lígia
 – Por isso, tem que prejudicar alguém, magoar alguém, desculpe, tenho amor pela minha vida e pena dele. Responde Julie
 – Isso é verdade, e olha que o namorei por três anos... Dizia quando interrompida
 –  ___... Nossa durou, raro, não é. Brinca a jovem Hanson
 – É, mas o que eu quero dizer, que ele não é machista, ele se faz, e pelo que eu vejo, ele não está usando você. O que ele faz por você, ele nunca faz por ninguém, nem pela própria mãe. Disse Lígia
 – E você espera que eu volte a falar com ele, só por que você vem me dizer isso, não sou burra. Disse a jovem
 – Não sou sua mãe, nem sua mestra, faça o que quiser, a vida é sua, faz dela o que quiser, foi legal falar com você. Disse Lígia.
 Nada daquilo parecia ter refletido em Julie, nada. E a noite passa lenta, mas passa, com a linda lua, estampada real no céu. Quem teria pressa?

Capitulo Vinte e Seis


 Chegou à manhã, parecia fazer uns vinte e sete graus, ou até trinta, uma chuvinha no fim do dia, depois das seis da tarde. Julie ia saindo, quando avistou Henrik do outro lado da rua, esperava por ela, ela caminhou, atravessou a rua correndo.
 – O que esta fazendo?
 – Parado, como pode ver. Responde ele
 – Eu sei, mas se quer conversar, perdeu seu tempo, mesmo aí parado, como pode ver. Disse Julie
 – Eu não fiz por mal. Disse Henrik.
 – Eu me senti muito mal. Responde Hanson.
 – Olha, eu poderia ser alvo de gozação, e até mesmo apanhar, por isso eu disse aquilo.
 – É mesmo, eu sofro este bullying desde a quarta série, nunca apanhei, e corrigindo, nuca foi bullying, por que não me intimidei, por que nunca liguei. Eu sou assim e isso. Retribui a jovem
 – Eu te peço desculpas, por favor. Pede o jovem
 – Não, e mais, diga para sua namoradinha, não me procurar mais, e nem ao menos falar comigo... Dizia Hanson quando interrompida
 – Espera aí, um ela não é mais minha namorada, e dois eu não falo mais com ela. E nem pedi nada a ela.
 – Tá sei, e outra, você é filhinho de mamãe e papai, por tanto, sei que vocês não suportam pobre, nem sei como sua mãe falou comigo, acho que foi obrigada por você. Disse ela
 – Eu nem sabia que você estava lá. Explica o jovem
 – É lamentável como o tempo passa, tenho que ir embora.
 Julie voltou para sua casa, abriu a porta, e fechou-a, nem olhou para trás, nem mesmo pela janela, Henrik correu desesperado e desatento, atravessando a rua, quase foi atropelado, foi por sorte, bateu na porta de Julie, bateu, se repetiu por cinco vezes.
 O jovem foi para casa, caminhava como um homem chorando, e cansado, ao chegar em casa, abriu a porta e subiu correndo, sua mãe que tinha visita viu o jovem triste, Henrik foi se refugiar no quarto, trancou a porta. O jovem pegou o computador, e com um aparelho especial, refletiu tudo na parede, colocou a foto de Julie, deitou na cama.
 Passado alguns minutos, a visita tinha ido embora, Natalie subiu até o quarto do jovem, bateu na porta, ele negou a abrir, ela desceu, e trouxe um banco, sentou encostada a porta do quarto e disse:
  – Não sou burra, Henrik, quando conheci seu pai, eu nem sabia o que dizer para ele, nem como dizer a ele o que eu sentia. Mas tudo se saiu bem, como num conto...
 – Me poupe disse.
 – Assim, como não sei o que dizer para você, além de, você ficando nesse quarto, não vai adianta nada. O tempo vai passar, e você corre o risco de perder muita coisa.
 Natalie conseguiu. Henrik foi até o computador, tirou a foto. Em seguida foi até a porta, abriu-a, sua mãe iria insistir, pois até estava sentada.
 – Entre.
 A mãe entrou e agradeceu o filho pela chance, caminhou até a cama e se sentou, viu a posição do computador.
 – Pode colocar a foto.
 O jovem se espantou, como ela sabia? Foi e colocou a foto de volta, olhou para mãe, que sorriu.
 – Tudo começa aqui.
 – O que devo fazer? Pergunta o jovem
 – Primeiro não a pressione. Mas tenta satisfazê-la, tente mudar, sendo quase igual a ela, não estou pedindo para ser outra pessoa, como uma falsa, não, mude, e maior que tudo, não se desfaça das pessoas, e nem ligue para as chateações.
 Muitas pessoas diriam. Ouça a voz da experiência. E era o certo a fazer. Mas uma coisa ainda não tinha sido explicada, e seria complicado a entender. Por que Levon tinha uma foto de Hanson? Se dissessem que Levon e Hanson eram amigos, todos ficariam abismados, surpresos... Mas não acreditariam, Hanson sempre foi humilhada por Henrik, não importava se ela tinha perdido alguém, ou se algo tinha acontecido.
 Mãe e filho ficaram ali conversando, por uma ou duas horas. De tanto tempo, passou-se o dia, e caiu àquela chuva notificada, chegava o sábado do teatro. E ali, estavam se a conhecer melhor, não se agrada ninguém, sem não agradar ninguém.

Capitulo Vinte e Sete


 O jovem Henrik ouviu a voz da experiência, mas ainda não tinha deixado o quarto, pensava, ainda pensava. Quem diria como o tempo passa, algumas pessoas dizem, Muito, muito, muito tempo ou Pau que nasce torto, caí torto, mas o que não vimos durante todo a história, o que não conseguimos compreender. Quando a gente erra espera uma segunda chance, mas quando outra pessoa erra, é tão difícil, pensar e deduzir Errar é humano.
 A jovem Julie, linda Julie Hanson, sentada no sofá da sala, diante a televisão desligada, ao lado do som mudo, acima, na parede o quadro, um retrato de sua mãe, já se podia dizer, de quem Julie puxou a beleza. A jovem tinha em suas mão, um bando de papel, com marcas de digitação, era o roteiro dela, para a peça de Teatro, lia tão atentamente, ao olhar a concentração de Hanson, via realmente com ela era linda sem maquiagem, imagine com ela.
 Passasse aquela sexta-feira, chegava o sábado, dia da peça, Julie naquela sexta estava ansiosa, bastante, mas não podia ficar muito, para não cometer erros. Mas muito diriam Quando você subir ao palco, e não sentir mais aquele frio na barriga, desista. Não vale mais nada. Enquanto Henrik, em fim tinha deixado o quarto, caminhou até o fim do corredor, desceu a escada, e foi até a cozinha, atacou à geladeira, pegando o leite, quando olhou para mesa, tudo já estava pronto, o café da manhã, ou seja, era sábado. E mais uma vez, ele perdeu a noção do tempo.
 Se servindo, Henrik vê sua mãe parada e te observando na porta da entrada da cozinha, ele sorriu, dessa vez com vontade, o que seria tão raro nas manhã.
 – Eu vou a casa dela?
 A mãe balançou a cabeça, informando um não, caminhou até a mesa, sentou-se, Henrik ficou chateado com a decisão da mãe. Um susto para ele.
 – Julie estará na peça de Teatro.
 Henrik tinha se esquecido da peça, seria naquele dia, em algumas horas... Por que esqueceria?
 – É hoje. Acha que eu devo ir lá? Pergunta o jovem
 – Você pensa demais. Comenta a mãe
 A alegria daquela manhã estava começando, Levon, olhou para a mãe, se debruçou e deu um abraço na mãe, coisa rara desde os quinze anos.
 Julie levantou, no horário certo, pegou o seu roteiro, colocou na bolsa, tomou um banho, e trocou de roupa, estava fabulosa, foi para a cozinha, onde lanchou, e saiu, indo para o último ensaio.
 O que muitos diriam? A juventude de Henrik, foi marcadas por coisas erradas, muita curtição, pouco isolamento cultural, foram marcadas por dias embriagados e de ressaca, por noitadas e uma vida após meia noite, por atos irresponsáveis e inconsequente, com fins dramáticos, e mal convívio entre família, sem paz no lar, discursão todos fins de semanas, até a separação da união materna e paterna. Na escola foram baixas notas, auto índice de chamadas de atenção e de erros, brincadeiras, e até mesmo influenciador e praticado do fenômeno mundial, o bullying. Mas esses atos errados, que não leva a nada, a não ser até a morte de um amigo, ou o arrependimento.
 O que acontecia com ele?
 Ele e ela estavam sim em uma rua sem saída, mesmo? O fato de ele ter errado com Julie o deixa cego, o seu pensamento esta voltado em como resolve se torna obsessão, e são nessas horas que veem a palavra amiga, e percebemos que a saída, sempre teve nessa rua, dita não ter, ela é por onde entra, a saída é a entrada.
 Aquele dia seria especial para Hanson, ela ia em fim colocar todo seu trabalho em prática, foram meses de preparação, estar ali significava ter lutado muito contra objeção, algo que sua mãe compartilhou com a filha, foi Parar talvez, desistir Nunca.
 Ao chegar ao teatro, Julie se depara com a professora, ambas se cumprimentam, estavam ansiosas, aquilo era bom.
 – Seja bela, mas do que é.
 – Obrigado. Melhor ir ao ensaio. Responde Hanson
 Julie vai ao ensaio, onde estava o resto do elenco. Foram informados que a casa estaria lotada, e conseguiu o alvo, alimentos para caridade, que seria doados para aqueles que tinha condições mais tensas do que de alguns deles ali, essa atitude, essa ideia é do tipo Julie Hanson.
 Ainda em casa o jovem Henrik estava, se arrumava, queria estar apresentável, mais do que bem-vestido, o clássico terno preto, abaixo uma camisa azul, clara, mas não motorista, com os dois primeiros botões abertos. O cabelo tinha sido empurrado para frente, liso, estava, mais do que apresentável, parecia que ele iria ao Teatro Kodak, assistir a Premiação do Academy Alwards, mas não. Ele saiu do quarto, e desce as escadas, sua mãe o esperava no fim da escada, ela só iria mais tarde. Aos últimos três degraus, um elogio de bom dia.
 – Magnifico.
 – Estou honrado pelo elogio. Responde ele
 – Bom, então fique mais, com o este presente. Disse ela
 No mesmo tempo da frase, Natalie entrega a Henrik, a chave do carro, um novo, e mais de passeio. O jovem riu, estava feliz, muito... Ele percebia que conseguia a confiança da mãe, só faltava uma.
 – Parece o dia do meu casamento.
 – Espero que cheguem lá. Comenta mãe
 – Você estará lá?
 – Sim estarei, e você tem que ir agora.
 O jovem beijou a mãe na bochecha, e em seguida abraçou-a e sai correndo para a garagem.
 Chegando lá, Henrik vê o carro, era lindo, tinha sido comprado ontem, e a visita que estava na casa, era o representante da concessionaria, alegria de monte, talvez não merecesse tanto, mas confiança era algo que se conquista.
 Passado alguns minutos, Henrik já estava no teatro, estacionou o carro, que tinha uma surpresa, nem ele mesmo sabia o que. Deixou o carro, e foi para dentro do teatro, tinha chegado cedo, ainda no ensaio, ele sentou na mesma fileira da última vez, e assistiu o ensaio, belo.
 Pessoas mudam? Talvez sim, talvez não, mas para mim, as pessoas não mudam, elas são sempre as mesma, temos e somos algo que ainda não sabemos, e certas atitudes, fazem com que elas deixam de ser oculta. Henrik Bastian Levon, pode não ser exatamente uma prova, ainda não, mas pode se tornar uma.
 A linda e a bela atuação antes da peça foram boas. Lino e Lígia estavam juntos na praça, esperavam por Larissa e por Grazi, e Lino. Para que? Por quê?
 – O Henrik está louco, eu não o reconheço mais.
 – Eu falei com ela... Dizia Lígia
 – Julie Hanson? Pergunta espantado o jovem Lino
 – É, e ela gosta dele... Não precisou nem ela dizer, mas pelo jeito dela falar mal dele, é que ela se magoou muito pelo que ele disse. Explica Lígia
 – Como você pode? Pergunta Lino rindo
 – Quero estar fora dessa, é até bom, melhor assim, deveria ser antes do que aconteceu... Dizia a jovem interrompida
 – Como é? Ora, por favor... Disse Lino
 – É, perdemos uma grande pessoa, e quer saber, tchau. Disse Lígia
 Lígia saiu do local, deixando o ‘homem-absurdo’ sozinho, rezaria para que ‘ZAP!’ E ele sumisse. Simples assim; Ali sozinho ficou. Disse a si mesmo.
 As coisas podiam mudar Lino, teria somente Grazi e Larissa, e estavam sozinhos, dois saíram com vida, Henrik e Lígia, um, Bernardo, não teve a mesma sorte, faleceu no hospital, após o grave acidente.
 O dia passa, e a grande estreia estava por chegar, antes de abrir as cortinas, o suspense consumia aqueles que já esperavam a tempo, ator, diretor, plateia. Todos.

Capitulo Vinte e Oito


 Faltava muito pouco, mas muito pouco para a peça, estrelada por Julie Hanson, a jovem que sonhava ser atriz de sucesso, de fazer séries, e novelas, filmes, e até atuar em grandes nomes do teatro. A jovem ainda ensaiava, e alguns minutos estaria indo para o fundo, onde todos se reuniram.
 O jovem Bastian também estava ali, assistia tudo, não dizia nada, apenas seus olhos e pensamentos estavam em ação, passava naquele momento ser mudo. Via a bela, via Julie Hanson, que por acaso, ao virar-se avista alguém na plateia, essa pessoa era única ali, ela pediu licença aos colegas, tinha em mente quem era. Caminhou e subiu as escadas, até o rapaz, e viu exatamente quem era, ele se levantou, com o paletó bem ajeitado, com as mãos, uma sobre a outra.
 – Se incomoda, se eu assistir ao ensaio?
 – Só gostaria de saber o que esta fazendo aqui... Disse Julie
 – O que fazemos no teatro, se não atuamos, somos bastidores, ou apenas, o publico atingido, não? Responde Henrik
 – É mesmo? E desde de quando se interessa por atividades, que você mesmo considera, nerd de mais?
 – Desde que descobri que era cultura. Responde Bastian
 A jovem Julie riu, mais não de uma piada muito boa, mas de gozação, e logo responde:
 – Isso foi quando, ontem?
 – Brinque o quanto quiser, mas o fato que aqui, é um estabelecimento publico, e mais, para conseguir ingresso, é preciso trazer alimentos recomendados, e não cultura. Responde Henrik
 – Acontece, que se você não conhece a magia do teatro, a cultura, será perda de tempo continuar.
 – Se preocupe com o seu tempo, que do meu eu sei exatamente o que estou fazendo. Disse Henrik
 Hanson ficou olhando para Henrik, em seguida virou-se e desceu as escadas do teatro, voltando para o palco. Onde pegaria o livro, no qual a peça era baseada. Em seguida subiu as escadas, voltando.
 – Conhece esta história? Disse mostrando o livro
 Henrik analisou o livro, pegou-o, girou, e nada até que responde:
 – Claro que não. Mas sei que é sobre uma dama, linda, e decidida no que faz, que conhece um rapaz, sem nada, sem etiqueta, sem o menor senso de humor, e sei que foi você quem escreveu, e estou afim de conhecer, sobre linhas e versos. Responde Henrik
 Julie olhou para o jovem, olhou para o livro, e viu o seu nome, estava explicado como ele sabia de quem era, mas e a sinopse?
 – Só sabe disso por que viu o nome aqui, e olhou de relance a sinopse.
 – Mas o fato do meu interesse, não foi nem pela capa, e nem pela sinopse. Responde Henrik
 – Pelo o que então? Pergunta a jovem
 – O fim dela. Como é que iria terminar.
 Julie não acreditava, a última peça em que o jovem teria ido, foi na infância, por que não tinha uma babá, e passou a maior parte do tempo brincando. Foi a última vez.
 Passado o tempo, de exatamente duas horas e meia, e Julie e companhia estavam no fim da apresentação da peça, a casa estava lotada, inclusive o senhor Sullivan, pai de Bernardo Sullivan, amigo de Henrik, e a senhora Carter, mãe de Leandro, que não estava presente, já Ligia, ela estava, assistia a peça. Também tinha o policial Kaio, a senhora Vieira, menos o ex-marido. O pai de Hanson, o senhor Dick Fingir Hanson. Ela estava bela, em sua atuação, estava numa parte em que andava, pelo palco e gritava pelo nome ‘Bob’, gritava o seguinte, ‘Bob, onde está você não me deixa aqui sozinha, na noite escura, na noite mais escura que teve desde que estamos juntos’. Sua interpretação era espetacular.
 Passado os minutos rápidos e lentos, chega o fim da peça, o elenco é saudado pelo publico, a professora foi até o palco.
 – Esta peça foi um realização da nossa escola, escrita por Julie Hanson, produzida, por mim e por Bill Newman, dirigida por Julie Hanson, Mary e
 Johnny, com o intuito de arrecadar alimentos para caridade. Obrigada.
 Todos aplaudem a professora, os senhores e senhoras iam cumprimentar o elenco e os bastidores. Lígia foi até Julie e, esta olhou-a, nada queria ouvir, Ligia esticou a mão para um toque.
 – Parabéns, estava fabulosa. E parecia ser muito experiente.
 Quando a jovem Julie ia dizer algo, Henrik apareceu e disse:
 – Ligia, podia nos dar licença.
 – Claro. Responde a jovem
 Lígia sai do recinto, Henrik olhou para Julie, sorriu levemente, e a jovem um pouco quase o mesmo. Dick Hanson observava, e não estava satisfeito com o papo. Indo em direção de Julie.
 – Não teve nada de inexperiente. Você foi como a melhor atriz de Hollywood.
 – Tá sei, daqui a pouco a gente conversa, tá. O meu... meu pai. Pede a linda jovem
 – Sr. Vieira, pode me emprestar Julie por um minuto? Pede Dick
 – Pois é claro, senhor Hanson. Responde Vieira
 Vieira fui cumprimentar os outros do elenco, enquanto o senhor Hanson e Julie conversavam:
 –... O que esta fazendo com ele?
 – O que? Pergunta a jovem sem responder
 – Eu não quero ver você com ele. Pede o pai
 O Sr. Hanson foi embora, Henrik foi até Julie, Hanson nem se despediu dele.
 – Bem, vai embora agora?
 – Não, não agora.
 As atitudes do Sr. Vieira, o Henrik, foram de longe ao pior, sua postura de um moleque sem noção, se tornou uma ameaça ao futuro de qualquer jovem promissor num raio de milhões de quilômetros, e como um pai protetor, o senhor Hanson não queria a filha, quase perfeita, ao lado de um cara como aquele jovem. Para ele seria uma destruição familiar. Mas afinal, a principal vítima não estava nem aí, ela amava aquele jovem, e ele podia não amar, mas gostava daquela garota. E para ambos, naquela noite, a mais escura, desde que ambos estão juntos, eram noite para dois.
 Ela o ama? Tão rápido.
 Ou seja, ambos ficaram ali por horas e horas, até o fim do dia. Conversando, digamos uma ‘reconciliação’ ou algo maior que isso, de tudo.
 Henrik seguiu a lição da mãe, e com o seu pai longe de casa, nada podia fazer, mas quem saiba, o Sr. Richard Vieira gostaria de ver essa nova postura. Numa noite, quando tinha doze anos, o jovem Henrik, antes criança, sonhava, sonhava durante a noite toda, com que todos diziam, para alguém que gostasse, podendo ser ‘aquela garota’ as dos sonhos.

Capitulo Vinte e Nove


 Henrik ia leva a jovem Julie para casa, depois de passarem a  noite juntos, oh, aquela noite. Ele a levou até o carro, ela levava uma caixa, ia por no porta-malas, Henrik ao abrir, vê umas duas caixas, lotadas de mantimentos, Julie olhou para o jovem. Estava tão surpreso quanto ela.
 – O que é isso?
 –  Parece mantimentos, nossa. Replicou o jovem
 – Você esta mais surpreso do que eu, por que? Pergunta a jovem
 – Talvez que seja uma surpresa. Disse o jovem em risos
 – Levaremos para a escola depois. Disse Julie
 – Eu levo.
  Passado o dia, Henrik deixou a jovem em sua casa, e depois levou os mantimentos para a escola. Parecia o começo de uma nova rotina e não importa o que os outros diziam.

Capitulo Trinta


 Passado uma semana, Julie e Henrik, estavam numa praça juntos, era nove horas, conversavam sobre qualquer coisa. Ali passaram a noite. Na escola no dia seguinte, ambos entraram juntos na escola, de mãos dadas, ele passou por Lígia, após por Grazi, depois Larissa, e mais um pouco de Lino, até mesmo do professor que o repreendeu-o um dia. Sentaram um ao lado do outro. No intervalo, ambos se reuniram para estudarem juntos na biblioteca.
 Com a chegada do fim do dia, Henrik foi até casa de Julie, bateu, na porta foi atendido por Sr. Hanson, e disse:
 – Boa Noite, Sr. Hanson.
 – Perdoa-me por não dizer o mesmo, sua presença é tão quanto ameaçadora.       Responde Dick Hanson
 O dito do pai de Julie, foi no mínimo ignorância, e pior, deixou o jovem Vieira tanto quanto chateado, mas ele teria que correr o risco.
 – Só queria saber se a Julie está?
 No momento, Julie descia as escadas, e quando seu pai ia dizer outra coisa, Julie disse:
 – Sim, estou.
 Dick olhou para Julie e bravo disse:
 – As regras não mudaram aqui.
 – Eu sei. Responde Julie
 – O que eu te falei, No teatro? Disse o pai
 – Eu quero estar com ele. Se me compreende as coisas não mudaram, mas tem que mudar. Disse a jovem
 Julie e Henrik desceram as escadas e Henrik disse:
 – Boa noite, senhor.
 – Vai ver se tem coco em palmeiras.
 Levon e Hanson passaram a noites juntos novamente, eles foram para uma festa de lançamento de um livro, de um autor da região, o livro agradava a jovem Julie. Ao chegarem, Vieira foi até o amigo de seu pai, e disse:
 – Boa noite, Nicholas.
 – Boa Noite, Henrik. Disse o amigo
 – Minha namorada, Julie Hanson, Julie, esse é Nicholas, amigo de infância do meu pai.
 – É um prazer. Disse Julie
 – A honra é toda minha, bem aproveitem a festa. Disse Nicholas
 Nicholas se afastam, Julie se sentia pequena naquela festa, por ser de classe, e logo Henrik a acalma:
  ___ Bem, eu estou procurando ele. Mas não fique assim, seja o que você é, essas pessoas fingem serem outras. Disse Henrik
 Henrik e a namorada caminham em direção multidão, era onde estava o autor, passando e pedindo licença, ambos chegam até o homem, ao vê-lo, uma surpresa. Se levanta.
 – Henrik Bastian Vieira?
 – Sim. Responde o jovem com sorriso maroto
 – Cara eu não te vejo desde que tinha quinze anos. Prazer em vê-lo. Disse o homem apertando a mãe
 – Prazer, em vê-lo também. A proposito, quero que conheça minha namorada, Julie Hanson. Julie, esse é Bryan. Disse e apresentou o jovem
 – É uma honra conhece-lo, o que eu sempre quis.
 – Julie, Julie Hanson, a da peça da escola. Gostei da peça, pode ser grande escritora. Disse Bryan
 Julie não queria ser escritora, queria atuar em palcos, ser uma atriz, uma das maiores, e por isso se esforçava tanto.
 O trio passaram a noite conversando, sobre livros, livros, e paixões e hobbies. Quando menos se esperava, o relógio ficava indignado com as horas.
 Ao fim da festa, Henrik abri a porta do carro para Julie, em seguida, ele entra no carro. Estavam com um sorriso no auge... De canto a canto.
 – Ele me viu nascer.
 – É simpático, e um pouco mais alto pessoalmente.
 – Vou te levar para casa.
  Henrik deixou Julie em casa, nenhum beijo ou abraço, caso Dick visse, seria um ataque de nervos, e afetaria a honra e dignidade de Julie, que era virgem. No máximo um até manhã e um boa noite.
 Mãos dadas? Da para acreditar? Quando duas pessoas andam de mãos dadas, significa ajudar alguém atravessa a rua ou estavam namorando. No caso ambos não estavam atravessado rua alguma.
 Seria ele uma prova viva? Ou o que realmente somos, esta escondido em nós? Mentira, impossível, muitos não acreditavam em sua palavra, não era o de menos, o histórico do jovem não era lá muito bom. Não importava o que os outros dizia, quando ele realmente estava apaixonado.
 Nem ele mesmo acredita no que estava acontecendo. Ninguém acreditava, nem ela. Quando simplesmente queria viver, o que a vida oferece. O arrependimento bate, o amor mostra que nunca não quer dizer para sempre. Apaixonado estava e diriam que isso nunca aconteceria. Erraram.
 Minutos depois, após deixar a casa de Hanson, Henrik estava abordo do seu carro. Ele estava feliz... Nem o sabia o motivo. Nem mesmo o semáforo fechado tirou sua alegria... Ele parou. Em seguida, duas motos pararam, com quatro tripulantes, os garupas desceram tão rápido quanto a parada, sacando uma arma e apontando para o carro de Henrik. Ele ficou paralisado.

Capitulo Trinta e Um


 Logo o jovem é retirado à força do veiculo, os dois homens que desceram guardaram as armas, em seguida os dois pilotos desceram. Começaram  a agredir o jovem, Levon em um momento tentou se levantou, mas os chutes os derrubavas, ao pararem, Levon ainda estava consciente, prestes a desmaiar.
 – O que esta acontecendo?
 Com as visões embaraçadas, pouco antes do desmaio, um jovem tirou a mascara.
 – Aprende a dar valor às coisas.
 Henrik foi vitima de uma covardia, não deu para identificar, que foram os agressores, logo uma ambulância foi acionada, a família dele também. Julie viu a sirene, azul e vermelha e correu para ver. O que viu a deixou de coração partido.
 Nada tinha sido roubado, nem mesmo o carro, ou dinheiro, apenas agrediram, seria sim doloso, e mais intencional,  Covardia, não, isso é pouco, quatro contra um, seja quem for mandante, simplesmente, não se garante.




Capitulo Trinta e Dois


Naquela mesma noite, naquela rua, um carro vazio parado na rua, policiais e viaturas, também, equipe de reportagem, que diziam ‘um jovem espancado’. No hospital, Natalie estava desesperada, em alguns minutos, digamos cinco ou dez, chega a jovem Julie, que viu o desespero da mãe do jovem e foi até lá, consola-la, sentou-se ao lado. Ainda não sabia o que houve.
 – O que foi que ouve?
 A mãe chorava, estava desesperada com o estado do filho, sem noticias e entre soluços de um choro profundo.
 – Meu... Filho, foi espancado.
 Julie percebeu que eram bastante sérios, os médicos estavam analisando o jovem, por isso não podia dar noticias, mas ele teria chance de escapar de uma coisa, da morte. Casos assim se repetem no mundo, e ás vezes, as causas, é intolerância, a um grupo formado, gays, punk, negros, digamos além de intolerância, isso, não é bullying, é desumano e crime.
 O Sr. Hanson estava em casa, não sabia para onde a filha tinha ido, e pensava numa hipótese onde ela pudera ir. Por tanto, sentado, liga a tv, e um caso de última hora. O repórter dizia: “Um jovem foi espancado, num bairro nobre de São Paulo, o jovem, rico, foi vítima de covardia, ainda não se sabe a causa e nem quantos eram. O jovem segue internado no hospital.” No momento, Hanson sabia onde estava a sua filha, no hospital.
 Passado alguns minutos, o pai de Julie, da linda garota, chega ao hospital, procura pela filha, Julie avista o pai, e foi até ele, ao se aproximar, ele estava suando, com o aproximar da filha, a questão seria respondida.
 – O que esta fazendo aqui? Pergunta o pai, nervoso
 – O Henrik, esta aqui, internada.
 – Disse moleque, eu sei, mas por que está aqui, você não tem nada ver com isso. Disse o pai
 – Talvez, mas do que você imagina, e se veio me buscar, perdeu o seu tempo. Responde a jovem
 – É mesmo, mas você vai, nem que seja arrastada. Completa o pai
 – Se o senhor fazer isso aqui, nunca mais tente falar comigo, eu sou maior e posso ficar aqui. Responde a jovem
 Foi a primeira vez que Hanson via aquela reação da filha, jogando tudo o que tinha... Como podia.
 – Essa é a sua decisão? Vai ficar com ele? Este garoto sempre humilhou você, e você vinha chorando em casa, e eu consolava você, e agora... Meu Deus, só não venha chorando desta vez. Fala o pai chateado
 – Pensei que acreditasse em milagres. Responde a jovem
 – Acredito em milagre, e eles não acontecem assim a toa. Responde ele
 O pai virou as costas, e foi se embora, Natalie já estava mais tranquila. Julie voltou onde estava, logo o médico foi até ambas e disse:
 – Senhoras, o que aconteceu com Henrik, foi um pouco grave, ele esta bem. Mas descobrimos, digamos um fratura anterior, por tanto, o fará que ande auxiliado de muletas. Por três ou quatro semanas. Iremos fazer novos exames, por isso, ainda não pode ser liberado, mas podem-se visita-lo, amanhã de manhã. Disse o médico
 – Mais alguma coisa, doutor? Pergunta Natalie preocupada
 – Ele é um jovem forte, se superou uma fratura na perna antes, essa não foi nada, só cutucou a dor anterior. Isso é tudo. Responde o médico
 O doutor saiu, Natalie sentou-se, estava calma, e por sinal confiante, Julie não sabia se podia visita-lo ou não, e nem comentou com a mãe dele, por tanto esperou ser chamada.
 No dia seguinte, outro dia, era cedo, dez horas da manhã, Natalie estava já no hospital, ao olhar para a entrada, avista Julie, ela teria dormido no hospital, após e entra no hospital. Ela foi conversar com o médico, e perguntou:
 – Posso visita-lo?
 – Sim, mas é só a senhora? Pergunta o médico
 – Tem a namorada dele. Responde Natalie
 – Pode subi, a recepcionista vai lhe dar o numero do quarto.
 Natalie teria pensado em Julie? Talvez não, mas tenha pensado no filho, que possivelmente iria pedi a presença da linda moça.
 Ao chegar no quarto, Natalie percebe o estado do filho, calma, mais emocionada, ela correu para perto marca e disse:
 – Meu filho, meu Deus, o que... Aconteceu?... Pergunta a mãe
 – Eu não sei, mas tá tudo bem. Responde Bastian
 – Como você esta?
 – Eu estou bem... Só minha perna que dói. Responde o jovem
 – A policia vai vir falar com você. Você se lembra de algo, quem fez isso com você? Tenta a mãe
 – Não sei. Não me lembro. Disse o jovem tentando lembrar e com dificuldade
 – Lamento, por não ter o que falar... Deve ser... Dizia a mãe
 –... Normal. Não muito, mas é. Já vive momentos piores do que andar de muleta, de ir a escola a pé, acho que já. Disse o jovem meio alterado
 – Quer que eu chame a Julie?
 – Ela está aí? Pergunta o jovem
 – Desde que você chegou no hospital, ela discutiu com pai, e dormiu aqui. Responde a mãe
 – Se você quiser e não for incomodo. Disse o jovem
 A mãe foi chamar a Julie, para fazer companhia ao jovem, e como ela disse ‘não ter muito o que falar’, é pelo jovem já ter passado pelo mesmo procedimento, e que seria quase bimestral ou bienal. Loucura.
 A jovem Julie foi até o quarto, e ali ambos ficaram conversando, ela preocupada, e curiosa, como todos, ‘quem fez aquilo?’ Em alguns momentos ele ria, sorria, brincava, parecia não ser nada de mais. Mesmo assim, descrevendo o caso dele, um dos braços foram feridos, ao tentar se proteger, o direito, a perna esquerda foi a ferida, por tanto teria um pouco de dificuldade a andar de muletas, mas parecia ter um boa companhia, aliás, ele ainda podia dirigir.
 No dia seguinte, ele já estava em casa, em seguida estaria voltando às aulas. Numa rotina, nada atingida. Mesmo assim, casos com esses, devem ser desvendado, tem de ser resolvidos e os culpados, os verdadeiros culpados tem de ser punido.

Capitulo Trinta e Três


 O jovem, teria ido para casa, estaria melhor, não passava de um susto bem assustador. Do melhor ponto, no dia seguinte estaria voltando às aulas, as grandes complicações da física, ou até os cálculos malucos da Química.
 Henrik estava deitado na cama, bem arrumada pela bela e ajeitada emprega, por sinal, competente, bom no que faz, assistia a um filme, ainda não sabia o título, mas era conhecido. Enquanto atencioso estava, alguém batia na porta.
 – Entre, está aberta.
 Abriram a porta, e a pessoa que passou pela aquela porta, deixou Vieira espantado e até curioso, logo fala:
 – Senhor Sullivan, ao que devo a honra?
 O homem parou na porta. Sullivan na casa de Levon? Isso era tão raro, uma surpresa.
 – Posso fechar a porta?
 – Por favor, e senta-se também. Responde o jovem
 Sullivan, pai de Bernardo Sullivan fechou a porta bem devagar, caminhou em direção a uma cadeira perto do computador, e logo Henrik oferece:
 – Quer alguma coisa? Suco, água, café?
 – Não, obrigado. Eu estou aqui para conversar com você. Mas nem seí como começar. Disse o homem
 – Talvez posso te ajudar, sobre o que é?
 – Muitas pessoas colocaram a culpa em você, naquilo que aconteceu. Não vou negar que fui algumas dessas pessoas, talvez a que mais centrou nisso. Também não vou negar que não sinto muita falta do Beto, por que eu não paro de pensar nisso... Dizia o homem
 – Então, o senhor veio dividir seus sentimentos. E até mesmo desabafar, e se desculpar. Interrompe o homem
 – Não, a não ser um pedido de desculpa, e ouvi coisas, sobre você e ele, eram grandes amigos, os melhores que podiam ter, mas irresponsáveis também. Eu só vim aqui, pergunta se Esta Tudo Bem, com você? Responde o senhor Sullivan
 Henrik sentiu muito pelo homem que ao momento em que perguntaria ao jovem, venho o choro, talvez por que ambos seriam, grandes e grandes amigos, e aquilo era importante ao Beto.
 – Eu estou bem. Obrigado, senhor Sullivan.
 – Bem, era só isso, que tinha para falar, e se precisar, sabe onde me encontrar. Ofereceu o senhor Sullivan
 – O mesmo ao senhor. Responde o jovem
 Sullivan levantou-se da cadeira, foi até o jovem, um rápido aperto de mão e um abraço, depois caminhou-se até a porta, abriu-a e saiu. O jovem não tira os olhos daquela porta, a presença de Sullivan foi importante, tanto a ele quanto ao jovem.

Capitulo Trinta e Quatro


 Passado o dia, Hanson estava em casa, deitada na cama, lia um livro, mas nada adiantava novamente uma batida na porta, era o pai, Dick, ele desviou a atenção de Julie, entrou.
 – Tudo bem?
 – Sobre aquilo, no hospital. Pense comigo... (a jovem levantou-se e largou o livro)... Você e ele, ele é marcado pelas noitadas, pelas razões só de diversão. E você uma garota humilde, estudiosa, nada de sair ou beber, dirigir carros em altas velocidades, e de repente duas pessoas diferente se ajuntam e começa um namoro, isso é tão embaraçoso e complicada, e adotamos atitudes, como a minha. Disse o pai
 – Quer dizer, que para o senhor, eu sempre seria assim, jamais mudaria? Pergunta a jovem
 – Não, só fiquei sem entender.
 – Parece que ele mudou, ele não dirige mais carros em alta velocidade, no restaurante, na medida, um suco de laranja ou de manga. Talvez deixasse de acreditar que oportunidades são raras. Completa a jovem
 – Me desculpe. Pede o senhor Dick
 – Eu não motivo, você não me deu motivo, mas para ele. Responde a jovem centrada
 – Eu irei falar com ele, só me deixa me preparar. Disse o pai
 Dick e Julie Hanson devia observar uma coisa, que milagres são raros, talvez algumas pessoas morrem sem ver um, mas o que vemos, é que eles acontece, e surpreende a todos, o que eu quero dizer, que vai acontecer com alguém ou um grupo de pessoas, e o escolhido podia ter sido Henrik, e o grupo aqueles que o cerca.
 No dia seguinte, Hanson estava pronta para ir a escola, e quando ia descendo as escadas para o acesso a rua, ouvisse a buzina de um carro, era o de Henrik, ele a esperava para leva-la até a instituição de ensino, ela solta um pequeno e encantador sorriso. Ela se aproxima do carro.
 – Adoraria abrir a porta, para a dama, mas tenho meus motivos.
 Ambos riem com a brincadeira do jovem Henrik. Um gracejo que dava bom dia, ao dia.
 – Não precisa abrir um porta, para uma Lady para mostrar que é um cavaleiro, só tem que trata-la como uma dama.
 – Obrigada, professora dos bons modos. Brinca o jovem
 – De nada, garoto rico, sem etiqueta. Idem ela
 – Nossa! Brinca ele
 Logo, o jovem da partida, por tanto, ambos conversavam no caminha, era só alguns minutos, logo chegariam lá.
 Ao chegarem, Henrik teve a dificuldade de sair do carro, foi auxiliado por Julie, Lino via tudo, não desperdiçou a chance.
 – O aleijado e a enfermeira desesperada para um sexo forte, posso te dar o que quer. Disse ele
 Julie e Henrik desviaram a atenção, ele olhou para ela, seria assim por diante. Muitas pessoas não aceitariam o romance, como se fosse uma princesa com um escrevo, ou gays.
 – Não liga, tem muitas pessoas no mundo que não tem o que fazer, aí, envenena a vida dos que tem. Responde o jovem
 Ao conseguir sair do carro, o casal vão junto até a entrada da escola, e Lino os seguia, tinha uma coisa que ele queria...
 – Henrik, esta demorando em cumprir a promessa que fez a nós de traçar com a virgem Maria.
 Naquele momento, Lino foi surpreendido com um muleta no rosto, caiu ao chão, Henrik colocou a muleta sobre o pescoço de Lino, e quando ia dizer algo, o diretor aparece, o nariz de Lino sangrava, o diretor foi até Henrik, não teria visto toda a cena;
 – Mais uma né, mesmo de muletas! Disse o jovem
 Talvez Henrik pagava pelos erros do outros, talvez a influência podia ter vindo de  Lino, e assim como aquela muleta, foi como o acidente, caiu sobre ele.
 Mesmo assim, ele teria que se superar e não se rebaixar a aquele nível, o que segurou o jovem foi àquela garota.

Capitulo Trinta e Cinco


 A provocação de Lino teve êxito, missão completa, conseguiu jogar mais problemas em suas costas.  Por isso, o jovem Henrik deveria estar prontos para mais broncas. E estar preparado para aceiar as consequencias.
 Na sala do Diretor, lá estava Henrik, sentado de frente para o diretor, que batia levemente o lápis na mesa. Em seguida, o jovem olhou para o homem, e este estava sério, logo acaba com o silencio:
 – Mas uma confusão... Dizia o diretor quando interrompido pelo jovem
 – Ele quem co... Ia dizendo o jovem quando interrompido pelo homem
 – Não te perguntei nada, até então, eu falo, você escuta e procura compreender. Você não cansa de ser chamada a atenção? Você não é um aluno exemplar. Disse o homem
 – Olha, seu diretor, minhas notas melhoraram, e eu juro, ele ofendeu a honra da Julie e você mais do que ninguém deve saber, que ela não merece isso, este tratamento. Explica o jovem
 – É o que te falei desde que começou a fazer essas brincadeiras com elas. Melhor você parar, antes que ambos se machuquem.
 – Desculpa o meu desacato, mas se você é cego, tudo bem,  mas burro o senhor não, e nem surdo, não ouve as pessoas falando de nós, de que agora estamos juntos... Dizia o jovem quando interrompido
 – ... Não está me escutando. Disse ignorantemente
 O professor bateu na mesa, nervoso e assim que terminou sua frase o jovem cantou de galo.
 – Eu a amo! (Gritou ele também) Nos amamos, agora se quer me suspender, tem seus poderes, faça o que sempre quis fazer, me ver longe daqui, mas eu não vou deixa-la. Não por que você quer, por que o Lino odeia ver a gente juntos. E qualquer outros que se sente envejado por nós dois, não, e dessa vez, não cometerei erros. Disse o jovem
 O jovem levantou-se daquela cadeira, olhou firmimente para o diretor e quando ia saíndo pela aquela porta o diretor o parou com sua voz.
 Ele parou qiamno apertava a maçaneta, girou, e sem vira-se.
 – Henrik! (Disse com tom alto e o jovem parou)... Eu ainda não terminei... Dizia ele
 – Mas eu já. Responde o jovem
 Henrik saiu pela porta, e o diretor levantou-se, e falando coisas como ‘Eu sou o diretor’ e ‘Eu estou falando com você’ e repetindo o chamado para o jovem.
 Rebeldia? Vamos esclarecer algo, não, não foi, talvez o professor não queria escuta-lo, por que conhece o jovem, agora o apoio que ele tem serão de poucos. Mas uma coisa ele fez de bom, enfrentou alguém, por amor.
 Natalie foi chamada, já que o senhor Vieira estava na Espanha, e lá, ela foi notificada sobre as ações de seu filho, ela não gostou muito.
 Mentiras, pois é claro, Vieira foi um cavalheiro, foi um grande apaixonado, estava intensamente profundo, mas isso tinha acontecido, e poucos sabiam da verdadeira histórias, Natalie também foi notificada sobre Henrik e Julie.

Capitulo Trinta e Seis


 Ao chegar em casa, Vieira estava assistindo televisão na sala, era um filme de comédia, parecia ser bom, já que o jovem não ria muito. Natalie ouviu o som da Tv e foi até a sala e viu a jovem, ele não percebeu sua presença.
 – Puxa. Achei que tinha mudado.
 – Como? Diz o jovem sem entender a pauta
 – Confusão na escola, mais uma... Dizia a mãe
 – Não foi como ele te contou. Responde Henrik
 – E como foi então, me conte? Pede a mãe
 O jovem abaixou a televisão, a mãe caminhou e sentou-se no sofá, onde o jovem estava, para ouvir a versão do filho.
 – Eu e Julie chegamos a escola, ela estava me ajudando, quando o Lino começou as brincadeiras, me chamou de aleijado e a Julie de moça desesperada para um sexo forte, Depois ele ofendeu-a, e a mim, dizendo que eu tinha feito uma promeça a eles, que transaria com... com... Não conseguia dizer.
 – Com a Julie. Corresponde a mãe
 – É, aí, ele ofendeu a honra dela e eu fui para cima dele. Termina o jovem
 – Por isso também, você desobedeceu e encarou o professor, também, certo? Pergunta a mãe
 – Ele não queria saber a verdade, disse que eu só estava... Que eu e a Julie, esse lance entre nós é seria só mais uma de minhas brincadeiras, mas não é. Explica o jovem
 – Deixa-me te falar algo, Henrik, acreditar no que você é agora, é muito complicado, se nós for olhar os últimos meses, para agora, por tudo que você foi antes, deixou rasões para que muitos pensem, quase todos, que você... Não seria o que é hoje. Explica a mãe
 – Mãe! Eu sei, mas você acredita em mim... Se quiser pergunte a Julie, eu também não acreditaria, mas... Eu estou sentindo essa ligação, por isso, tenho como provar a mim mesmo. Opinou o jovem
 – Eu acredito em você... Julie é uma jovem, maravilhosa, tudo bem que eu tenho meus problemas com ela, mas não irei interferir. Por tanto. Mesmo com as dores, seria melhor se vocês dessem um tempo, um ao outra, para pensarem, se querem realmente isso. Explica a mãe
 – Você não acha que eu e Julie estamos iludidos? Pergunta o garoto
 – Não. Talvez. Porém o que eu quero dizer é. Suas amizades podem prejudicar você, ou ela, para ferir você. Sugeriu a mulher
 – Esta querendo dizer, que o que aconteceu comigo, foi... Intencional, que alguém quer me prejudicar?
 – Veja só. O seu carro ficou lá, tudo que tinha esta com você, nada foi roubado. Disse a mãe
 – Eu não me lembro, eu desmaiei.
 – É, mais o médico disse que logo você se lembrara de tudo, até o fechar os olhos. E isso nos ajudará muito.

Capitulo Trinta e Sete


 Passado o dia, o casal jovem estavam sentados no banco da praça, Julie olhava as estrelas, e Henrik pensava. Quem poderia ser? A jovem percebe que o jovem estava com pensamento longe dali, que estaria visivel, mas longe, como as estrelas que via.
 – Está tudo bem?
 – Estou, só me destrai um pouco. Responde ele
 – Se for sobre o que aconteceu na escola, o diretor vai falar comigo também. Disse a a garota
 –  Que bom. Assim esclarece tudo. Responde o jovem
 Talvez o jovem não estaria só pensando naquilo, da agressão, e nem da escola, mas em ‘dar um tempo’, isso o deixava longe da Via Lactea, longe da Terra, e dos Astros próximos, estava em um corpo lunar, desconhecido pelo homem. Mesmo assim, ele não queria fazer isso. Por isso tinha chegado a uma conclusão. Enquanto a noite passava, ambos ficaram ali namorando as estrelas, amando-se, os jovens apaixonados. Com duas rosa amarela em suas mãos. Julie as adorava.

Capitulo Trinta e Oito


 O jovem apaixonado pensava, no que tinha sua mãe dito, de que deveria dar um tempo, pôs o romance entre o dois corriam, riscos contra a segurança, ameaças, ameaças como o que fizeram com ele, de deixa-lo usando muletas, por quase um mês. Como a perseguição na escola, que pode resultar em suspensão aos jovens amigos. Mas o nosso amigo tinha um pensamento: Mesmo que ambos se separem, não vai adiantar nada. Deixaria de ser feliz para que os outros se sintam satisfeito. Quando um homem desistir de estar junto com a mulher que ama, significa que sua vida é inútil.
 Na sala do diretor da escola, o homem conversa com um aluno, sobre o inicio das provas finais, que estavam próximas, logo o jovem garoto se retirou da sala, e em seguida, entrou a jovem Julie, ela ficou de pé, por alguns segundos.
 – Sente-se, por favor.
 – Obrigada. Expôs com reação a jovem sentando-se
 – Talvez queira me contar, o por que aconteceu aquilo.
 – Assim que chegamos, o Lino começou a gozar da gente, chamou o Henrik de aleijado e eu de desesperada, e logo depois, disse que Henrik tinha feito uma promessa, que conseguiria transar comigo. Responde a jovem Julie
 – Em algum momento, passou pela sua cabeça, que você, que o que Henrik esta fazendo seja só mais uma brincadeira, a pior delas e você é o alvo? Pergunta o homem
 No momento a jovem queria disfarçar a insatisfação sobre o assunto. Mas seria como tentar colocar um cubo, numa esfera.
 – Já, mas deveria estar preocupado, com outra coisa.
 – E estou, com Henrik Bastian Vieira, e estou querendo preserva-la de um sofrimento. Responde o homem
 – Olha seu diretor, me chamou aqui, para esclarecer o caso, e contei o que aconteceu, que desta vez Henrik foi a vitima, e se por causa do passado, você não quer viver o futuro, mas abra os olhos e não prejudique ninguém. Disse a jovem
 A jovem se levantou, e seguiu caminho para fora da escola, o diretor ficou sentado em sua cadeira, quando uma funcionaria apareceu.
 – Ligue para a mãe de Leandro Carter, diga que a quero aqui antes das quatro. Pede o homem
 Passado o dia, Henrik estava se arrumando, mas para que? Seria algo fora dos planos, um jantar social, o qualquer coisa do seu nível, pelo jeito que estava vestido. Uns minutos se passaram, talvez cinco ou sete, mas não passava das sete, estava bonito, elegante, com uma camisa social azul, de terno preto, um cabelo quase arrepiado, a camisa estava com os dois primeiros botões abertos, o paletó todo aberto. Parecia estar indo a um casamento.
 Ao descer as escadas, bem devagar, Natalie observa o estilo e o charme, surpresa foi a reação da mãe do jovem, quando o rapaz estava nos últimos cinco degraus, Natalie pergunta:
 – Aonde você vai? Vai se casar e nem me avisou. Brinca ela
 – Não, a uma semana estava organizando um jantar surpresa, para a Julie, é hoje. Responde o jovem
 – Esta fabuloso. Elogiou a mãe
 – Obrigado. Agradeceu Henrik
 Quando o jovem chegava à porta, ao colocar a mão na maçaneta, a mãe o chama.
 – Henrik. O jovem olhou para a mãe – Estou orgulhosa. Completa ela
 A reação da mãe refletiu na cabeça de Henrik, ele estava se saindo muito bem, e não deixou de responder:
 – Eu te amo mãe.
 O jovem abriu a porta, saiu, fechou a porta, foi até o carro e partiu em direção a casa de Julie.

Capitulo Trinta e Nove


 Ao chegar, Henrik deixou o carro do outro lado da rua, atravessou-a, e foi até a casa de Hanson, subiu a escada de quatro degraus, bateu educadamente na porta, demorou alguns segundos e que atendeu foi o pai de Hanson, o senhor Dick, ele fala:
 – O que faz aqui?
 – Boa noite senhor Hanson, a  Julie esta? Disse o jovem
 – O que faz aqui? Insiste o homem
 – Estou procurando a Julie, ela mora aqui. Responde o jovem
 – Meu jovem, eu não sei qual é a sua, mas minha filha não é um brinquedo, muito menos somente uma acompanhante, sei qual o seu tipo de gente, mas se estiver tentando brincar com minha filha, e magoa-la eu irei caça-lo... Dizia o homem quando Julie e interrompe
 – Pai, não trata os convidados assim.
 Julie saiu para fora, Dick entrou para dentro e em seguida fechou a porta, olhou para o jovem e disse:
 – O que esta fazendo aqui?
 – Já me perguntaram isso três vezes, estou ficando enjoado. Brincando o jovem encena uma tontura.
 – Não liga para o meu pai. Disse a jovem
 Dick Hanson, não aceitava o namora de ambos, e realmente não seria fácil, assim como uma vez foi dita ao Henrik Tentar, não mataria ninguém.
 – Estou aqui por que quero te levar em um lugar, à senhorita podia me acompanhar?
 Hanson não sabia o que estava acontecendo e ficou curiosa. Para onde? Por que?
 Julie foi com Henrik, ambos entraram no carro, e seguiram em direção a um lugar ainda mantido em surpresa. Passava por lojas, casas, mercados, e até lanchonetes, Henrik estaciona em um lugar com algumas arvores, ambos saíram do carro, entraram no ambiente, lá dentro, tinha mesas, e muita gente, Julie ficou surpresa e disse:
 – Aqui é o bonito.
 – Talvez seja por causa das arvores, e por ser piso natura, um jantar a luz da lua. Disse o homem
 A atendente foi até o casal, segurava o livro de reservas.
 – Posso ajuda-los?
 – Sim, sou Henrik Bastian Vieira, mesa para dois.
 – A sim, tem organizado esse lugar durante a semana. Comenta a mulher.
 Hanson ficou louca, o que ouviu. Uma semana. Julie olhou para o namorado, esperava algo, o jovem retribui o olhar, é levados até a mesa, o lugar era a céu aberto, com o tom natural, colocaram somente mesas e cadeiras, já a cozinha era fechada, era lindo. A mesa do casal ficava em direção a lua. Julie sentou-se e apos o jovem fez o mesmo. Ali passaram a noite. Nada melhor que restaurante improvisado no jardim.
 Assim que terminaram o jantar, foram até a pista de dança, e dançaram, eram mais do que uma dupla, eram um casal, jovens namorados, namorados da noite, daquela noite. Julie não dançava muito bem, alguns erros nos paços, pois eram indeciso, mas queria melhora-lo. Os dedos de Levon Latejavam.

Capitulo Quarenta


 Depois daquela noite juntos, de um jantar a luz da lua, ele estava em sua casa, deitado sobre a cama, pensava muito, e chegava a conclusão, só daria um tempo, quando não tivesse mais tempo para nada, sabia que amar exige sacrifícios, e quem ama, pode fazer sacrifício.
 Ele jamais pensou que sentiria aquilo, quando sentiu, pensou que seria uma dor comum, não, não era... Ele estava sentindo algo, pela garota que ele não gostava, simples assim... Estranho assim... O amor é assim.
 Ele deita, só pensa nela. Torce para que o dia chegue logo, e poder vê-la. Seria ótimo se ambos se cassem, e vivessem juntos. Ele não se cansaria de passar quase todo o dia olhando para ela. Seu ronco seria o som improvável... ‘Te amo’ era o som mais provável.
 O que dizer? Ele não sabe. O que é o amor? Ele não sabe. Ele só sabe, que antes vê-la longe era melhor. Agora, ela longe, significa morrer.
 De manhã, logo cedo, umas nove da manhã, o jovem Henrik, entrou no carro, e foi para o primeiro o shopping que podia passar, entrou em uma loja, que vendia joias e alianças, sua pressa era grande.
 – Posso ajuda-lo senhor?
 – Acredito que sim, quero que encontre, o anel mais bonito que tiver, que brilha igualmente aos olhos de sua amada, que te faz ficar cego, e pensar que só existe aquilo e ela, e nada mais. Responde o jovem
 – Temos opções maravilhosas, venha ver. Pede a jovem atendente
 O jovem olhava os anéis, eram lindos, porém caros, alguns passavam de mil ou dois mil reais. Mas para ele, nada importava. Só o seu amor
 O jovem comprou um, não tinha ainda os detalhes como era, ele colocou no porta-luvas, e partiu para a casa de Hanson, ela estaria na escola, e ele sabia, mas desta vez ele foi conversar com o pai dela,
 Henrik estava em alta velocidade, queria chegar logo. Em minutos teria chegado. Ele correu e subiu as escadas em um só momento. Batendo na porta. Dick o atende.
 – Sei que será difícil acreditar no que estou fazendo agora, por causa das coisas que fiz antes, isso tornar as coisas embaraçosas.
 – Marcado pela rebeldia e irresponsabilidade, não é hora de sermão, mas isso não é juventude. Responde Dick
 – É... senhor Dick, eu não estou brincando com sua filha, é complicado até mesmo para mim explicar, mas devo estar apaixonado. Disse Vieira
 – Sei, e por isso, como já estão namorando, vai pedi-la em casamento, certo? Pergunta o homem
 – Sim, mas antes queria sua permissão.
 O pai de Hanson ficou surpreso, até assustado, foi algo impressionante, o homem não sabia o que dizer, Henrik esperaria a resposta, que não veio, Henrik levantou-se, pegou um copo d’água para Hanson. Ele só estava brincando.
 – Beba.
 O homem deu alguns goles, respirou um pouco, quase teve um ataque cardíaco e responde:
 – Não fala sério, fala?
 – Sim, muito sério, e sei que é muita responsabilidade, e que casamento não brincadeira e nem apegação. Responde o jovem
 – Desde que você faça a feliz, eu dou minha permissão. Responde o pai de Julie
 – Obrigado, senhor. Agradece o jovem
 Na escola Julie estava, ao sair, mudou o caminho, procurava, uma escola de dança.  Ela queria ser a melhor dançarina para o seu amor. Ele não podia ficar sem os pés.
 Passado uma semana, duas semanas, um mês, Julie ainda treinava os paços, o jovem Henrik estava almoçando com sua mãe, e conversavam:
 – O seu pai, vai ficar muito tempo na Espanha. Faz muito tempo que vocês não se falam.
 – Eu sei, mas... Não, não consigo falar com ele ainda. Responde o jovem
 Natalie percebe que o jovem estava sério, mais do que o costume, e ao mesmo tempo com os pensamentos longe, ficou preocupada.
 – Henrik? Esta tudo bem?
 O jovem olhou para a mãe, soltou um sorriso, era raro, foi um milagre talvez, ao mesmo tempo, lágrimas correu pelos seus olhos, passando pela face, estava emocionado, a mãe, mesmo não sabendo o que acontecia, abraçou o jovem, afagou os cabelos, outra coisa rara, o jovem, estava emocionado.
 – Como foi quando você e o pai se casaram?
 A mãe, ainda abraçando o filho sem larga-lo.
 – Quando seu pai me pediu em casamento, foi uma alegria intensa, depois, quando chegou o dia, estávamos ansiosos, muito. Ela olhou nos olhos do jovem que corresponde – A gente foi capaz de tudo, por que nos amávamos. Completa a mãe
 Ele então resolveu conta à mãe, os seus planos.
 – Hoje eu vou pedi Julie em casamento. Disse o jovem
 – Isso é ótimo, eu quero que vocês sejam muito felizes. Disse a mãe
 Foi como andar de bicicleta pela primeira vez, difícil decisão, de tirar as duas rodinhas, quando você apenas só andava de quatro rodas, foi a primeira vez que Henrik tomou aquela decisão, de subir ao altar, seria cedo de  mais, isso sem dúvida, mas ser namorados podia ser perigoso, não dizendo somente, que alguém poderia transformar esse casal a dois em a três, mas o mal que poderia ser feito para separarem ambos. Um amor ameaçado pela família, mas Natalie sabia que um dia morreria, por isso não iria interferir no romance e nem na vida do filho, Julie por ser pobre, de zona humilde, foi vítima de bullying, na verdade não por que, ela não ligava muito, alvo de gozação, sim. O amor entre estes dois jovens diferentes em algumas coisas, era grande, Julie aprendia paços de danças, para ser a melhor dançarina que Henrik poderia ter, ao seu lado. Ele por sua vez, fazia as surpresa de algo sério, uma união diante a Deus, ao Ser Maior.
 Ele não era daqueles caras que subiriam ao altar.
 No inicio, ele irresponsável, preconceituoso sobre os pobres, e arruaceiro, e seja quem for quem disse, ás pessoas mudam, de bom ao mal, ou vice versa, um dia o Homem da Lei, pode ser o Fora da Lei. Julie Hanson, sempre responsável, não importava quem, ajudava o próximo, seu sonho era fazer filmes, novelas. Talvez a razão que girou Henrik de outra forma. Parece filme de romance, ou um livro, novela, mas pode não ser só um livro, uma novela, ou um filme.

Capitulo Quarenta e Um


 Julie estava já em casa, enquanto se arrumava, praticava alguns passos de danças, colocou o seu vestido, ficou linda nele, muito linda. O pai bate na porta, ela abre, o pai se surpreende, ele entrou, calado, ela pergunta preocupada:
 – Oi pai.
 O homem não responde, ele não responde, a não ser com um choro, a filha abraça o pai, sem saber o que acontecia, o pai disse:
 – Eu te amo filha, me lembro quando tinha seis anos, você se lembra? A menina concorda, dizendo com a cabeça que se lembrava – Você queria jogar futebol com os meninos maior do que você... Eu querendo lhe dizer que poderia se machucar... Era perigoso... Eu te amo tanto, muito mesmo. Completa o pai em choro
 Quando se vira aquela cena, foi emocionante, muito, poderia desabar em choros, sem se importar, se era um homem, e Homens não chora, não, não, não é verdade. Não é. Homens sempre choram... Quando alguém não via.
 Julie estava pronta, com um vestido azul, linda, muito linda, Henrik estava fabuloso, não de social, com uma camisa polo branca, com uma calça social preta, a camisa, colocada para da calça, segurada pelo cinto, sapatos preto.
 Henrik foi buscar Julie, bateu na porta, ela mesmo atendeu, Henrik avistou o senhor Hanson sentado no sofá, Hanson piscou um olhou, e fez com os dedos o sinal de ‘ok!’. Henrik sorriu. Julie ficou feliz por ver aquilo. Mas não sabia por que, e nem queria saber. O pai estava aceitando seu namoro.
 Logo chegaram onde deveria ir, um restaurante tranquilo, fechado desta vez, com uma música suave a tocar, em som ambiente.
 Eles jantaram, conversaram, e enquanto conversa bebia algo, nada alcóolico. Ela não teria procurado uma escola de dança, só para sentar e comer um prato francês e beber algo apreciável.
 – Vamos dançar.
 – Não é uma boa ideia, da última vez, pisou mais no pé do que no chão, ainda dói. Responde o jovem brincando
 – Vamos, não vou pisar no seu pé. Insistiu com manha.
 – Tá, vamos... Aceitou ele
 Ambos dançavam, ela estava melhor do que ele, mas no ritmo, se abraçaram como dois amores unidos, e eram.
 – Algumas pessoas vão fazer de tudo para nos separar.
 – Significa, que nosso amor inveja os outros. Responde aquela garota
 – Mas, por mim, nunca deixaria fazer mal para você, e que nem nos separa. Disse o jovem
 – Eu também...
 – A minha mãe, achou que seria melhor que déssemos um tempo, para não colocar você em risco. Fala o garoto
 – E você vai dar um tempo? Pergunta ela
 Em momento algum, nos tempo de fala, eles pararam de dançar, não pararam, conversavam, discutiam a relação, mas parecia tão normal:
 – Não. Responde Bastian
 – E o que vai fazer então? Pergunta a jovem
 O jovem tirou um anel do bolso, sem que Julie percebesse, se preparou para a fala e responde:
 – Se você aceitar, quero me casar com você. Disse o jovem
  A jovem ficou espantada, e muito.
 – Não tenho permissão.
 – Que pena, talvez eu tenha que falar com o seu pai de novo.
 – Já falou com ele? Pergunta espantada.
 – Sim.
 Ela o beijou.  
 La fora caia a chuva, do lado de dentro, uma música suave, nada falavam, executavam paços, paços de dança, paço indecisos, e o casal também, se calaram e se beijaram. Na noite do pedido consciente.

Capitulo Quarenta e Dois


 Naquela noite, com aquela garota, foi a mesma garota que ele tinha pedido em casamento, minutos atrás, durante paços de danças, que deixavam de ser indecisos como antes
 O beijo, aquele beijo, calou tudo, Henrik, olhou para a jovem amada, sorriu.
 – Jamais, irei deixar que nos separem, nunca... Nem a morte, como no altar, direi aqui, que na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, eu estarei ao seu lado. O jovem ajoelhou-se e  apontou o anel de brilhante para Julie – Julie, casa-se comigo? Completa o jovem
 Certo, no momento do pedido, foi possível ver, que não seria mais apenas um romance batalhador, mas podendo ser mais do que isso, o amor entre aqueles, aquela garota, aquele garoto, era mais do que aquele romance de filmes, livros ou novelas, era mais do que aquele momento, era aquele amor.
 Em algum momento Julie ficou surpresa, mas, mesmo sendo uma decisão, que requer, total pensamento, ela já tinha respostas, bastava um ‘sim’ ou um ‘não’, mas em algumas ocasiões, gestos valem mais que palavras. Ela o beijou de novo, e ele sabia que teria que levar aquilo como um sim.
 A noite continuou e junto com ela a chuva, e a dança, e o casal, os namorados da noite.
 Sim, passou o dia, a semana, Henrik e Julie iria logo se casar, por isso, Julie teria viajado, não para longe, tinha ido para São Caetano do Sul, ali do lado, onde morava sua tia, Henrik teria depositado uma enorme quantia de dinheiro na conta de Julie, estava chegando o dia em que ambos se tornaria marido e mulher, o casamento, seria em uma igreja da cidade, onde ambos morava.
 Cada dia passava, mas perto ficava o grande dia. Henrik com a ajuda do amigo escritor, escolia a roupa que usaria, cuidava dos detalhes como buffet, coral e orquestra, do carro que buscaria a linda noiva. Em um certo dia, três dias antes do casamento, Lino procurou Henrik em sua casa, ao bater na porta, Henrik atendeu, surpreso, mas não fechou-a, Lino foi logo dizendo:
 – Eu sei que vai se casar com a Julie.
 – Isso mesmo, ninguém pode nos separar. Responde o jovem
 – Eu vim aqui te pedi desculpas... Agora que a ficha caiu que eu estava, bancando o idiota, o ciumento, você quem escolhe com quem andar e falar, não eu. Disse Lino
 – Já pediu desculpas, se sente melhor? Pergunta Henrik
 – Não... A morte do Beto ainda me deixa triste, outra coisa, que só veem valer agora. Disse o jovem Lino
 Henrik escutava, mas tinha algo que poderia mostrar um sucesso, era uma amizade desde que ambos usavam fraldas, e tomavam seu café da manhã na mamadeira. Henrik deu um abraço no amigo – Você sempre será meu amigo.
 Os dias se passaram, logo chega o casamento, Henrik estaria nervoso? Coisa que casamentos e noite de estreia faz com que não é veterano. Ansioso? Também, sobretudo Feliz, confiante, alegre.
 A igreja tinha sido decorada, o caminho da noiva, de rosas amarelas, o que ela amava. A entrada estava cheia delas. A Paróquia estava linda.
 No altar, o jovem foi tomar um copo d’agua, por conta da ansiedade, ao virar-se, uma surpresa, vê a porta da igreja se abrindo, na hora disse:
 – Julie? Pergunta o jovem
 Ainda sem poder ver a imagem de tal, esse mata o suspense.
 – Não, seu pai, Richard. Responde Richard
 O jovem desceu do altar, correndo e emocionado, abraçou o pai, fortemente, ele chorava, e muito, o pai correspondia.
 – Desculpa pai, me desculpa.
 – Eu também, me desculpa.
 Um reencontro entre pai e filho, que não tinha uma convivência como deveria ser, mais parecia que ainda teria tempo para recuperar o que foi perdido.
 Param-pam-pam, param-pam-pam, param-pam-pam, e a noiva entrava na igreja, claro que todos já estavam em seus lugares, inclusive, ele.
 Passado alguns minutos, ambos já estava na parte dos votos, estavam lindos juntos, colocaram as alianças, um casamento tradicional. Até o beijo.
 Na festa, estava o senhor Sullivan, a senhora Carter, todos até o professor, a Lígia, a Larissa, e a Grazi. Gente e amigos de sua mãe e de seu pai. O pai de Julie dançava com a filha.
 Quando o casal, estavam juntos, Henrik chama a atenção de todos, e com o tintim que era reproduzido com o a leve batida do dedo na boca da taça.
 – Pessoal, amigos, e amigas, sei que não devo dizer mais nada, desde que as alianças estejam no lugar certo, e que temos a benção de Deus, mas, fico feliz que algumas pessoas vieram, pessoas que achei ter virado as costas, como meus amigos, Lino, Grazi, Larissa, e Lígia, e até o meu pai. E que ao senhor Hanson irei faze-la muito feliz, muito. Depende dela agora.
 Todos vibram, que alegria, ninguém poderia separar, como diz a Bíblia, ‘o que Deus une, o homem não separa’ e isso é para sempre, mesmo que a olho humano dure cinco, dez ou vinte anos, mas aos olhos do Poderoso, é eterno.
 Henrik e Julie se beijaram, o segundo beijo como marido e mulher, foi lindo aquele momento, maravilhoso. Aquela mulher, sempre será Aquela Garota.

Capitulo Quarenta e Três


 O casamento, a união de um casal feliz. Foi isso o que deu a Henrik e a Julie uma nova vida, a dois, todas as noites, frias ou quentes, secas ou chuvosas. Curtas e até longas.
  A curiosidade que seria a maior seria onde iria ser a Lua de Mel. Bem o casal viajaria para Buenos Aires, ou teriam uma passeio por Londres, ou Berlim, até em Veneza ou Roma. Enquanto a casa ficaria pronta.
 Os dias foram passando, os primeiros dias de casados, Henrik ao amanhecer da primeira semana como um homem casado, estava sentado, sobre a mesa, na casa do casal, que era no mesmo bairro onde morava. Lia as noticias do dia, Julie já estava de pé. Era sábado, e ela ia tomar um ar. Julie foi até o marido, beijou-o.
 – Bom dia, quando pararam de fabricar os jornais, vai ficar na mesa com o celular na mão. Comenta a esposa
 – É mesmo. Brinca ele
 – É, aí, ira descarregar seu celular a cada duas horas.
 – Pois é. Por isso, quando inventaram o celular, junto com ele veio algo que o carregasse, chamamos de carregado. Disse comicamente
 – Nossa. Esperto hein. Eu vou à casa do meu pai, e depois irei lá ao banco, faça o almoço. Disse ela
 – É, use o carro. Por isso ele tem quatro rodas, para carregar quem tem duas pernas.
 – Daqui, até a casa do meu pai, é dez minutos, e de lá até o banco, é quinze minutos. Não preciso do carro. Responde Julie
  ___ Tá. E do banco até aqui, são quase meia hora, você quem sabe. Mas não consigo ficar longe de você. Brinca o rapaz
 Julie parou, tinha lembrado de algo, algo importante, e alerta ao marido:
 – Hoje eu terei que revisar o texto da peça da escola. Disse ela
 – Você é boa nisso. Elogia o marido
 – Até mais.
 – Até, amor. Corresponde ele
 Julie, saiu da casa, ia indo andando, a pé. Calmamente, lentamente. Como a garota, modelo de pés.
  Vida de casado, dizem que quando se casa, a responsabilidade fica maior, e você pode se sentir muito preso, parece ser verdade, mas ambos estavam muito feliz. Com aquelas algemas invisível.
 Julie chega na casa do pai, bateu levemente na porta, cinco a dez segundos, o pai abriu a porta, ambos disseram ‘olá’ se abraçaram, matavam a saudades, já que o casal tinha acabado de chegar de viagem.
 Cinco a dez minutos, pai e filha sentados na mesa, tomando a velha e boa xicara de chá, e conversavam:
 – E como foi a viagem, nesses lugares todos? Pergunta o pai
 – Eles eram lindos, mais do que pela foto, em Londres, o Big Ben é enorme, se alguém se atrasa, é burrice. Brinca a jovem
 – Que bom que se divertiu, mas permite alerta-la, vivi poucos anos com sua mãe, mas essa correria, esses beijos... Dizia o pai quando interrompido pela filha
 – Ah!, sei, eu vou ir fazer o teste, eu não tenho certeza, mas é uma benção. Responde a filha
 – Se for, tomara que seja uma menina. Linda, igual a você filha. Observou o pai
 – E se for um menino, será bom, que nem o senhor, até o chamarei de Dick, o Dick Neto. Brinca, mas falando sério
 – Eu adoraria ir com você, mas é que, ainda terei que ir a Igreja.
 – Tudo bem pai, Concorda a jovem
 – Você tem o meu numero, me liga. Disse o velho pai
 Julie mais uma vez abraçou o pai, carinho eterno, entre pai e filha, amor eterno, nunca teria algo que puderas substituir essa afeção. Julie suspeitava estar, é, pode estar grávida, por isso estava feliz, e muito, seria o fruto do amor entre jovens loucamente apaixonados, capaz de tudo para ficaram juntos, até enfrentar a morte.
 Julie foi para o consultório, onde faria a ultrassom, e poderia acabar com essa aflição.

Capitulo Quarenta e Quatro


 Henrik teria ido ao escritório do pai, conversa de homem, essa coisa, de Papo de Macho, ele sentou-se na cadeira, olhou para o pai e disse:
 – Pai, você já imaginou que poça ser vovô? Pergunta o filho
 O pai, já imaginou que Julie estaria grávida, riu para o filho, antes de ficar bobo, ele queria saber mais.
 – Julie esta grávida?
 – Não sei, mas tem essa possibilidade. Mas se estiver... Eu teria mais motivos para ser um homem feliz. Disse o jovem
 – Foi o que eu disse, quando suspeitei que sua mãe estava grávida... E quando fiquei sabendo que estava... Eu fiquei bobo... Como uma criança que acabava de ganhar o melhor brinquedo do mudo, ou um homem que tinha acertado na loteria, e fui muito feliz. E ainda sou. Responde o pai
 – Nossa! Legal! Mas eu não sou o melhor brinquedo do mundo!. Brinca o jovem
 Ambos riram. No momento em que ambos conversavam, Julie estava deitada sobre a cama, para fazer a ultrassom, a doutora já tinha despejado o gel, logo começaria.

Capitulo Quarenta e Cinco


 Passado meia, ou quarenta e cinco minuto, Julie estava sentada, esperando os papéis, o resultado. É novamente atendida pela médica, que se aproximou da jovem, com uma pasta, e disse:
 – Aqui está o resultado, Ainda não da para ter 100% sobre o sexo, mas pode ser um menino. E tem o disco, o vídeo da ultrassom, Parabéns Julie Hanson, você vai ser mãe. Disse a jovem
 – Obrigada.
 Julie se levantou, pagou a médica, desceu as escadas do consultório, caminhou pela calçada, procurava um lugar para atravessar, que tinha a faixa. Logo encontrou. Ela parou, ao lado tinha mais cinco pessoas, Julie estava tão feliz, que nem olhou para o farol, quando um homem, um único homem, ia atravessando mesmo com o farol fechado, Julie ia acompanhando, nenhum dos dois tinha visto um carro, que vinha em alta velocidade, o homem percebeu e deu um pulinho para trás, Julie, lamentavelmente quando foi ver o carro, era tarde de mais...

Capitulo Quarenta e Seis


 Caída sobre o chão, desmaiada, o impacto foi grande, chocante, uma ambulância foi chamada, Julie foi atendida, recebeu os primeiros socorros, na Igreja, o pai de Julie sentiu uma pequena pontada no peito, e ligou para a Julie, um dos médicos atenderam ao telefone. Dick Fingir Hanson, foi notificado do grave acidente. Não dito só para impressionar, mas a frente do carro, os faróis ficaram quebrados, o vidro do carro rachou, quase quebrando, apenas um dedo derrubava o vidro, e Julie passou por cima do carro, e foi parar atrás dele.
 Grave... Muito grave, a noticia do acidente, naquele dia espantou a todos.

Capitulo Quarenta e Sete


 O acidente foi sim muito grave, a jovem estava abordo da ambulância, em alta velocidade, disposta a salvar a vida da jovem. O pai da jovem entrou no primeiro taxi que passou e foi para o hospital, onde a filha estaria sendo levada.
 Henrik ainda não sabia de nada, ainda conversava com o pai, eles riam, Richard contava suas engraçada histórias
 – Aí quando, o meu ex chefe olhou para mim ele fez uma cara de perdedor e disse ‘Puts mano, você é meu chefe agora’. Disse rindo e o filho correspondendo
 – Pois é. Mas essa história é boa, o senhor de funcionário ao chefe, o Bryan, ele também trabalha para o senhor? Pergunta o jovem
 – Não, o Bryan ele foi o motivo pelo qual cresci com a editora. Quando ele escreveu um artigo de jornal, e depois um na revista.
 Quando Henrik ia dizer algo, o telefone celular de Henrik vibra, ele atende, era o senhor Hanson.
 – Henrik, você precisa vir ao hospital agora, Julie esta na emergência.
 – O que? Como? O que aconteceu? Perguntou espantado
 – Venha logo... Disse o pai de Julie
 Apavorado, e sem poder explicar ao pai o que estava acontecendo, e saiu correndo, desceu correndo, o pai logo em seguida, o senhor Levon  foi parado pela secretaria, que disse:
 – Senhor Levon, não pode sair agora, os Diretores de Ontario estão vindo aí. Alerta a moça
 – Dê seus pulos... Não posso. Acho que aconteceu alguma coisa com minha nora.
 – Mas senhor...
 – ... Fui pouco presente como pai, na vida do meu filho, faltava em aniversários. Festas da escola, reunião da mesma, e até da primeira formatura dele. Dê seus pulos ou será despedida. Disse o homem rapidamente.
 Dean desceu as escada rapidamente, a ponto de cair, mas não, entrou no seu e seguiu o carro do filho, acelerando. Henrik colocou o telefone, no viva voz, e o colocou em um segurador, o mesmo fez Dean, ambos se conectaram. Enquanto dirigiam, Richard se informava.
 – Alguma coisa aconteceu com Julie, ela deu entrada no hospital, na emergência, o Hanson não pode falar muito.
 – Você sabe o que aconteceu com ela? Pergunta o pai
 – Ainda não.

Capitulo Quarenta e Oito


 Passado alguns minutos, Henrik e Dean chegam ao hospital, vão rapidamente para a emergência, se deparam com o senhor Hanson. Henrik não deu tempo as boas educações:
 – O que aconteceu com Julie?
 – O médico disse, que ela foi atropelada... E foi grave... Responde Hanson
 – E como ela tá? Pergunta o rapaz desesperado
 – Ainda não tenho noticias. Responde novamente o pai de Julie
 Henrik, Dean e Hanson passaram minutos aflitos, Natalie estava em outro estado, de pé, andando de um lado para o outro, Henrik estava, o médico fo até o trio e disse:
 – Senhores?
 – Alguma coisa? Perguntaram ao mesmo tempo, pai, marido, e sogro
 – Calma... Infelizmente o acidente foi muito grave, o impacto com o carro, foi alto, o estado de Julie Benoy Hanson é grave, e faremos o possível, mesmo que ela sobreviva, ela corre o risco de perder os movimentos da perna... O médico Notificou
 No exato momento, Henrik apoiou a cabeça nos ombros do senhor Hanson, e começou a chorar.
 Passou algumas horas, e logo alguém poderia ficar com Julie, Hanson deixou Henrik ficar, passavam as horas, e Henrik segurava as mão de Julie, não soltava. Nos dias em que Julie ficou de coma, Henrik não saiu, por um minuto daquele quarto. Do lado de fora, Dick e Dean conversavam:
 – Ele a ama realmente. Comentou Dick
 – Sim... Ele acredita que ela estivesse gravida. Lembrou Dick
 – Quanto a isso... O médico me entregou os pertences dela... Julie estava sim, gravida, era um menino. Disse Dick
 – Quando ele saberá?... Ele estava muito feliz... Eu acredito, que ele não deve saber disso agora. Comenta o pai
 – A decisão é sua... Mas eu acho que ele deveria saber... Seria melhor se você o levasse para descansar, um pouco. Ele esta ali, a cinco dia, a cinco dias ele não sai daquele quarto. Disse Fingir, Dick Fingir Hanson
 Ele sai daquele quarto por pouco tempo, só beber e comer, ele não queria que Julie saísse de lá, e ele ficasse. Não dormia. Ele não conseguia.
 Foi passados os dias, o sol, a lua, durante as chuvas, durantes as tempestades que afogava as formigas e baratas.
 Henrik ainda estava no quarto, Dean resolveu entrar no quarto, foi até o filho apoiou a mão esquerda no ombro do filho, ele segurou uma das mão de Benoy.
 – Precisa descansar um pouco...
 – Ela sonha em ser atriz. Um dia sonhei que estava no teatro, assistindo ela ganhando o Globo de Ouro. Disse o jovem, triste
 – Eu sei como seria, e estaria lá, pode acreditar. Por tanto filho, quando ela sair do hospital e ir para a casa, você estará muito cansado, por isso, vai descansar um pouco. Disse o pai
 As horas passaram, Henrik estava em casa, na companhia do pai, ambos sentados, Henrik preocupado, não deitaria na cama, vendo a esposa em estado grave. Assim que amanhecer, voltaria ao hospital. Hanson estava com a filha, ainda em coma.
 – Você vai ficar bem, como da vez, em que caiu do palco de teatro. Disse o pai
 Passados o dia, Henrik estaria indo para o hospital, onde passaria a manhã ao lado da amada, o pai, também foi.

Capitulo Quarenta e Nove


 Ao chegar, Henrik sentou-se ao lado da cama, onde estava Julie, tinha nas mãos, uma rosa amarela, ele segurava junto com a mão de Julie.
 – Essa noite senti sua falta, foi a primeira noite que não passamos juntos, desde que casamos... Eu nem dormi, pensando em você... Eu não vejo a hora de você voltar para casa... Eu não aguento ver você aqui... Deitada, sem falar nada (Começou a chorar levemente) Eu te amo...
 No tempo de fala, em que Henrik disse, que amava ela, o aparelho de sinal vital, apita, Julie estava morrendo, Henrik levantou-se rapidamente, a rosa caía no chão, ele começou a chamar os médicos e enfermeiros. Henrik voltou ao quarto. E disse desesperadamente em choro:
 – Amor, Julie... Julie não me deixe aqui... Reagi JULIE! (Gritou)
 Os enfermeiros tiraram Henrik do quarto, e ele assistia o processo do lado de fora. Dean e Dick também. Todos preocupados.
 Os medico ainda estavam no quarto, logo o chefe saiu, foi até os parentes e amigos, sério, bastante por sinal e disse:
 – Senhores, os meus médicos auxiliares, fizeram o melhor, mas Julie, não reagiu, infelizmente, Julie Hanson, não sobreviveu... Disse o médico
 O desespero tomou conta de Henrik, gritava ‘Não, não’, o rosto ficou vermelho, Hanson estava mais calmo, é claro, abalado. Henrik foi segurado pelos médicos, e até por Dean e Dick Fingir Hanson, ele não aguentou, ele não suportou.

Capitulo Cinquenta


 A morte de Julie foi um peso na vida de Henrik, no momento em que foi notificado, da morte da amada, Henrik se desesperou, chegou a criticar Deus, dizendo que Ele não podia fazer aquilo. Foi realmente, uma dor enorme, mas nunca estarão separado.
 No enterro de Julie Hanson, amigos, parentes, e conhecidos, foram dar o último adeus, a jovem que alcançou uma benção, que presenciou um milagre, que por acaso, conviveria com ele. Tinha o Dean, o Leandro Carter, a senhora Elize Carter, o senhor Sullivan, Natalie, Larissa, Grazi, Lígia, Bryan, os professores, os amigos da escola, de classe, os tios, o pai, Dick Hanson, e inclusive, Henrik Bastian Vieira, um homem que não conseguia ver a amada, dentro de um caixão.
 O pai de Julie, Dick Fingir Hanson, tinha feito um memorado para a filha, embora não seja o bastante, mas é o que ela merece:
 – Senhores, senhoras, amigos e amigas de Julie, parentes, esposo, sogro e sogra. Julie foi uma garota feliz, isso nunca mudou, ela foi bastante clara, que jamais, deixaria alguém na pior, ajudando o próximo, auxiliando os dificultados, Julie assim como todos aqui tinha um sonho, e ela costumava dizer, em ser atriz... Sobre tudo, o maior sonho vital da linda Julie, era ser feliz enquanto podia, e fazer muita gente feliz... Não podemos mais ver o corpo de Julie se levantar, falar, abraçar, sorrir, mas as nossas memórias, permite ver esses momentos outra vez, fazendo por fim, a imagem de que Julie Benoy Hanson, minha filha, minha única filha, nunca deixará ninguém. Dick Recitou, o memorado para filha.
 No fim Henrik também iria recitar algo, uma parte de um texto que Julie Hanson preparava, uma nova peça.
 – Escolher as palavras mais lindas, fazer com que se apaixone por mim. Só por mim. Que mais ninguém e mais nada importe para nós dois. Tudo o que mais quero é estar com você... Amar você.
 No fim, quando Julie por fim, tinha tido seu caixão, coberto pelas terras, daquele lugar, algumas pessoas foram demostrar seus sentimentos. Larissa foi até Henrik e disse:
 – Eu lamento, por tudo isso ter acontecido, e logo com você e ela, que se amaram tanto...
 – Obrigado. Responde o jovem
 Henrik abraçou Larissa, o pai de Julie, abraçava Natalie, depois Grazi, que foi confortar Henrik, Lino, foi chorando até o amigo, não tinha palavras, não conseguia dizer nada. Estendeu a mão, e deram um forte aperto de mão, e em seguida, o inevitável abraço.
 Minutos rápidos, se passam logo. Henrik ajoelhou-se, do lado da placa de Julie, segurava em suas mãos, uma rosa amarela, era linda, muito linda. Ele estava triste, e pouco conseguia falar. Hanson que conversa com Dean percebe a ação do jovem, e disse:
 – Ele precisará de muito apoio, para suportar, o que aconteceu.
 Dean olhou para o lado, e viu aquele momento. Uma lágrima correu pelos olhos de Dean e disse:
 – É muito ruim lembrar, que eu me imaginei no lugar dele, enquanto ele estava descansado em paz.
 – Alguns dias, ele era um arruaceiro da pior espécie, sem nenhum compromisso com a vida, a não ser viver, o momento, e algumas pessoas costumam  dizer “Jovens!” e eu seria uma delas, mas eu acredito no que os meus olhos veem, e talvez não preciso enxergar para acreditar. Disse Dick
 – Eu sinto muito... Dizia a mãe de Henrik
 O jovem Bastian ficou ali, por horas, e quando saia dali, ia para a igreja, foi rotina para o jovem, por três meses, quando terminou a escola. Henrik se mudou de São Paulo, e foi estudar em Portugal. Acredite, ele não esqueceu Julie. Ele não a esqueceria.

Capitulo Cinquenta e Um



Sete Anos Se Passaram

 Sete anos depois da morte, de Julie Hanson, Henrik ainda vivia em Portugal, onde estudava, e terminava de se formar em medicina. Um futuro advogado, Henrik Bastian Vieira, seria o Doutor Henrik. Ele estava conversando com um amigo de Portugal, que aliás, ambos se formaram juntos. Carlos Santos, ambos conversavam, enquanto, assistia a uma partida de futebol entre Benfica e Porto, campeonato Português, Henrik torcia para o time do Porto, e Carlos pelo Benfica.
 – O que vai fazer quando voltar para o Brasil? Pergunta com o sotaque nativo
 Henrik que estava atencioso no jogo, voltou os olhares ao amigo e preste estava, a responder a pergunta do amigo:
 – Eu tenho muita coisa para fazer, já estou a muito tempo, longe de casa. Responde o jovem
 – Planeja voltar que dia, para lá?
 – Meu voo é no sábado. Ás sete da manhã. Responde o jovem
 – Vai perder a festa na casa da Amanda. Lembrou o amigo
 – Tenho anos pela frente, terei muitas festas. Disse o jovem

Capitulo Cinquenta e Dois


 Passou-se os dias, Henrik se despedia dos amigos, entrou no taxi,  que partiu, em direção ao aeroporto de Porto. Não levou muito tempo, e já tinha chegado. Henrik carregava as três malas, e numa delas, tinha um retrato de casamento.
 Enquanto o jovem estava sobrevoando o Atlântico, Natalie e Dean, que ainda continuavam separados, arrumava a casa do filho, por precaução arrumou o quarto do jovem na casa onde morou antes com sua mãe. Henrik dormia no voo.
 As horas se passaram, e logo, no aeroporto de Guarulhos, o jovem Henrik estava, desceu as escadas, e foi para fora do aeroporto, ia pegando o taxi, quando um homem o assustou.
 – Doutor Henrik, o seu carro o espera.
 Quando Henrik virou-se, e avistou aquele sujeito, acabava a saudade, o pai o esperava, ambos se abraçaram, matavam a saudade, tudo bem que Henrik esteve fora por sete anos, mas fazia só três que ambos não se viam. Quando Dean voltaria a Espanha, passou por Portugal, Henrik olhou para o pai e disse:
 – Esta ficando velho. Brincou o jovem
 – Porém. Continuo mais bonito do que você. Corresponde o pai
 – Quanto tempo. Não senti saudades. Brincou novamente
 – É mesmo, pensei que por me ver, sair correndo, e me abraçar até deslocar os ombros, seria saudades? Disse o pai
 – Não. Respondeu o jovem
 – Tá, ajudaria você a por as malas no carro, mas estou ficando velho, e você quase quebrou meus braços. Dean brinca com o filho
 Na casa onde cresceu, onde viveu seus dias mais dificeis, as alegrias mais lindas, onde ouvia sermões, onde ouvia elogio de uma mãe que amava seu filho. Onde ele guardava o que tinha, e até mesmo, onde sofreu e pensou calado, na mulher que passará amar. Estar ali, sete anos depois, foi como voltar depois de muitas décadas, ao seu país do coração.
 Mas existia alguém que Henrik queria ver, e uma das pessoas que mais importava naquele momento. Sem o carro de luxo, ele caminhou pela rua, quando o outono, o acompanhava. As velhas folhas caíam, o tempo passou, e nada mudou. Ao se aproximar da casa. Um homem via outro se aproximar. Dick Hanson estava sentado do lado de fora, na varando, ao ver Henrik ele se levanta... Espantanso... Henrik carregava contigo, um sorriso de canto a canto. Não seria impossivel não se emocionar. Chegando perto, o gracejo era o cumplimento.
 – Estou aqui, para lhe dizer a velha e boa, Boa Tarde, senhor Hanson.
 Hanson viu o homem que sempre duvidava de suas capacidades, que ele nunca confiou, até o dia, quando nada mais podia dizer, quando nada mais o deixava... Com uma pulga atrás da orelha.
 – Veja só quem apareceu. Entre. Pede Hanson
 Ambos conversavam, e muito, e ao mesmo tempo, Henrik, lembrava-se das irresponsabilidades, das noites no bar, na zoeira. Após aquela conversa e reencontro de muitos que a vida oferecia. Henrik deixou a casa de Hanson.

Capitulo Cinquenta e Três


 Henrik foi até o cemitério, carregava, um monte de rosas amarelas, foi até o canto de Julie, e novamente, sete anos depois, exatamente, sete anos, ele se ajoelhou, no mesmo canto em que se ajoelhou antes, colocou as rosas. E foi lindo. A terra manchava a sua calça cara, antes ele se importaria... Mas, não mais agora.
 – Quando disseram para dar um tempo, eu resolvi seguir... E você me acompanho nessa longa e triste estrada, até onde pudesse, para ver o fim dela, no que daria, e por que aquilo aconteceu com nós... Você pisava em meus pés, e estragava os meus sapatos... Nunca imaginei que amaria ninguém, e que fosse você... Que fosse você que me ensinaria, que as coisas mais belas e divertidas... Sei que sempre te amarei.
 Henrik colocou as rosas em cima da placa de Hanson, se levantou, virou-se e caminhou, Hanson seguiria junto, mas de outra maneira, iria junto com ele, para ver onde aquela estrada daria... Em breve viria a resposta.
 Por que continuar quando água e oleo não se junta? Henrik mantinha esse pensamento... Não tinha mais. Quando água e oleo se junto, se prapara uma coisa gosta... Como o macarrão...
 Aquela garota, ensinou, mudou a vida de Levon, o que muitos diriam, ser impossivel, e dizia que flor não nasce em deserto. Mas onde menos se espera, é que nasce bons frutos. Ao virar as costa... Uma rosa que Henrik não tinha visto, já estava grande. Nascerá ali, ao lado do túmulo de Hanson.
 Seguir a estrada era o que Henrik queria, e ver onde ela daria e saber por que... Mas ela não tinha fim.


Epílogo


 Quando se ouve falar em milagres, é certeza que se trata de algo impossível ao olhos humanos. E muito acreditavam, que ele não acontecessem assim facilmente. Dick Hanson era um deles. Outros não acreditavam em milagres. Seria uma bobeira achar que as coisas acontecessem por uma razão ou por ser maior. Deus. Henrik era um deles. Ele estava na sacada, observava os álbuns de fotos. Jamais pensou que ia se apaixonar.
 Ele virava cada folha, que tinha umas fotos, e detalhes, casamento, passeio, jantar, teatro, e dentre outros. Em seguida ele fechou o álbum e colocou sobre uma cadeira. Richard não sabia do que se tratava, e nunca tinha visto aquilo. Henrik se levantou, e saiu andando. Ao sair, Richard pegou o álbum, não viu, e foi até a janela... O filho caminhava pela rua vazia e serena. Ele olhou para o álbum... Ele leu

Nunca não quer dizer para sempre. Julie Hanson.




fim!



































André Luís S. 

Autor de "Aquela Garota"

16 Dezembro de 1994

Contribuiu em seis peças teatrais, sendo quatro escolares e duas em grupos indepedentes, sendo ambas no Rio de Janeiro. Já foi monitor Onbusdman na EMEF Prof. Quirino Carneiro Rennó, monitor de Informática, a tarde e a noite. Atualizador do blogger Seu Dia - Brasil (www.aseudia.blogspot.com) - Participou de quatro olímpiadas de Interpretação de Texto. Monitor Bibliotecário, ex-moderador da Stardelle. E 'Contos que Conto' (Contos curtos baseados). Editor de contratos de locações, vendas, e de separações de Bens.

About Unknown

0 comentários:

Tecnologia do Blogger.